Três brasileiros se classificam para as oitavas de final do GWM Sydney Surf Pro na Austrália

Alex Ribeiro usou os aéreos para superar o peruano Alonso Correa na sua bateria (Crédito: Beatriz Ryder / World Surf League)Alex Ribeiro usou os aéreos para superar o peruano Alonso Correa na sua bateria (Crédito: Beatriz Ryder / World Surf League)

O cearense Michael Rodrigues brilhou mais uma vez nas ondas de Manly Beach e Deivid Silva e Alex Ribeiro também avançaram para as oitavas de final do GWM Sydney Surf Pro apresentado pela Rip Curl no domingo na Austrália. Os três brasileiros são os únicos surfistas da América do Sul que seguem na disputa do título na segunda etapa do World Surf League (WSL) Challenger Series 2022. Além deles, tem Chloe Calmon nas semifinais do longboard no evento que tem prazo até terça-feira para ser encerrado em Sidney. A próxima chamada é as 7h00 da segunda-feira na Austrália, 18h00 do domingo no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

Nas séries de 2-3 pés com boa formação do domingo em Manly Beach, uma bateria acontecia com boas ondas e a outra era mais fraca. Foi assim durante os oito confrontos da terceira fase masculina. O catarinense Alejo Muniz perdeu por pouco no primeiro, 11,93 a 11,80 pontos para o indonesiano Rio Waida, na vitória por 12,43 do australiano Dylan Moffat. Alejo terminou em 17.o lugar no GWM Sydney Surf Pro, marcando 2.000 pontos no ranking do Challenger Series, que classifica dez surfistas para a elite do WSL Championship Tour 2023.

Michael Rodrigues entrou na segunda bateria e nessa deu boas ondas para os três competidores mostrarem o seu melhor. O marroquino Ramzi Boukhiam largou na frente com nota 7,17, enquanto o brasileiro não passava dos 4 pontos nas cinco primeiras ondas que surfou. Ramzi ainda somou 6,37 para liderar com folgas, porém não conseguiu aumentar mais esses 13,54 pontos que totalizou.

Ao contrário, seus adversários entraram no jogo, com cada um surfando muito bem duas ondas seguidas. O havaiano Brodi Sale já estava em segundo lugar com 5,83 e 6,17, que trocou por 8,07 e 7,23. Michael Rodrigues também destruiu suas ondas, acertou as manobras que arriscou e assumiu a liderança com notas 8,23 e 8,50. Ele ainda surfou outra boa no final que valeu 7,60, saindo do mar com os recordes do GWM Sydney Surf Pro, 16,73 pontos e nota 8,50. O havaiano passou em segundo com 15,30, contra 13,54 do marroquino.

As marcas de Michael Rodrigues começaram a ser batidas duas baterias depois, quando o norte-americano Jett Schilling conseguiu uma nota 8,80, para eliminar o brasileiro Edgard Groggia na disputa vencida pelo australiano Morgan Cibilic. Mas, novos recordes para esta segunda etapa do WSL Challenger Series, foram registrados mais duas baterias depois, na sexta, por Ryan Callinan. O australiano usou os aéreos para somar uma nota 9,00 na vitória por 16,77 pontos, 4 centésimos a mais do placar de Michael Rodrigues.

Nessa bateria dos recordes, caiu mais um brasileiro, Lucas Silveira, eliminado pelo taitiano Mihimana Braye. No confronto anterior, Alex Ribeiro se classificou em uma das baterias mais fracas de ondas, na variação das condições do mar no domingo em Manly Beach. Alex também usou os aéreos para ganhar por 12,87 a 11,24 pontos, a disputa pela segunda vaga do peruano Alonso Correa, com o havaiano Imaikalani Devault vencendo por 13,50.

Mais dois brasileiros competiram na batalha pelas últimas vagas para as oitavas de final e apenas um avançou. E com vitória. Deivid Silva perdeu sua vaga na elite do CT, no novo corte no meio temporada implantado esse ano, então tenta recuperar seu lugar pelo Challenger Series. Ele surfou bem para superar o indonesiano Ketut Agus e o francês Thomas Debierre, por 13,97 pontos, somando notas 7,30 e 6,67 das duas melhores ondas.

“Eu já ganhei este evento aqui em Manly Beach (2018) e sinto que posso vencer novamente esse ano”, disse Deivid Silva. “As condições do mar estão bem difíceis, mas essas ondas são muito parecidas com as que eu surfo nas praias da minha cidade no Brasil (Guarujá). Então, eu sei que posso surfar bem aqui, minha prancha é especializada para esse tipo de onda, então vamos com tudo para esses últimos dias”.

Deivid Silva conquistou a última classificação brasileira no domingo. Na bateria que fechou a terceira fase e foi daquelas com ondas melhores, o italiano Leonardo Fioravanti fez um dos maiores placares do dia, 15,40 pontos. Já o catarinense Mateus Herdy, acabou eliminado por menos de meio ponto pelo francês Jorgann Couzinet, 12,40 a 12,03. Ele e Alejo Muniz, Lucas Silveira, Edgard Groggia e o peruano Alonso Correa, terminaram em 17.o lugar no GWM Sydney Surf Pro apresentado pela Rip Curl, marcando 2.000 pontos no ranking.

OITAVAS DE FINAL – Os que avançaram para as oitavas de final, já garantiram um mínimo de 3.500 pontos no WSL Challenger Series. Quem passar para as quartas de final, aumenta esse número para 5.000 pontos. O primeiro brasileiro a tentar classificação será Michael Rodrigues, contra Rio Waida, da Indonésia, na segunda bateria. Alex Ribeiro está na sexta, com o novo recordista absoluto nas ondas de Manly Beach, Ryan Callinan, da Austrália. E Deivid Silva entra na sétima, com o francês Jorgann Couzinet.

Na categoria feminina, já foram disputadas seis baterias das oitavas de final no domingo. As duas últimas ficaram para abrir a segunda-feira, penúltimo dia do prazo do GWM Sydney Surf Pro apresentado pela Rip Curl. O primeiro duelo das quartas de final será 100% havaiano, entre Luana Silva e Keala Tomoda-Bannert. No segundo, a portuguesa Teresa Bonvalot enfrentará a sul-africana Sarah Baum. E no terceiro, já formado com os resultados do domingo, a australiana Nikki Van Dijk vai encarar a recordista do dia, Alyssa Spencer, dos Estados Unidos.

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