Dominic Barona e Alonso Correa vencem a Copa Sails of Change QS 1000 Galápagos

Alonso Correa e Dominic Barona campeões da Copa Sails of Change Galápagos (Crédito da Foto: Kevin Moncayo)Alonso Correa e Dominic Barona campeões da Copa Sails of Change Galápagos (Crédito da Foto: Kevin Moncayo)

A equatoriana Dominic Barona e o peruano Alonso Correa, conquistaram os títulos da segunda edição da Copa Sails of Change QS 1000 Galápagos no Equador. As vitórias sobre a peruana Arena Rodriguez Vargas e o brasileiro Daniel Adisaka, nas finais do sábado na Ilha San Cristóbal de Galápagos, valeram a liderança nos primeiros rankings sul-americanos de 2023/2024 da WSL South America. A segunda etapa da temporada começa quarta-feira na Argentina.

Pela primeira vez na história, um evento da WSL Latin America terminou pela categoria feminina. E a Copa Sails of Change QS 1000 Galápagos foi fechada com chave de ouro, com a primeira vitória do Equador em eventos do World Surf League (WSL) Qualifying Series (QS) realizados no país. Dominic Barona chegou na decisão do ano passado, mas perdeu o título para a peruana Sol Aguirre. Agora, ainda teve Maximiliano Saenz conseguindo o melhor resultado do Equador na categoria masculina, o terceiro lugar nas semifinais.

“A Arena (Rodriguez Vargas) vinha mostrando um nível muito sólido, é uma competidora super boa dentro d´água, começou na frente nas esquerdas, mas eu estava tranquila. Eu sabia que uma ou duas manobras fortes numa onda, estavam dando notas altas, então a estratégia foi essa, de surfar forte”, disse Dominic Barona. “Na verdade, estou muito agradecida, porque era um sonho ganhar aqui em casa. San Cristóbal é um lugar incrível, cheguei aqui meio doente, mas o carinho de todos aqui fez me sentir tão bem. Ver todos meus companheiros de equipe também me motivando para melhorar, foi incrível e estou muito feliz”.

Para chegar na final, Dominic Barona teve que fazer sua melhor apresentação na Copa Sails of Change Galápagos 2023. No duelo de campeãs sul-americanas com a brasileira Sophia Medina nas semifinais, ela registrou os recordes femininos do campeonato, 14,25 pontos somando notas 7,25 e 7,00 com seu ataque vertical nas direitas da Playa La Lobería. Na segunda semifinal, a peruana Arena Rodriguez Vargas derrotou outra brasileira, Julia Duarte, que competiu com uma contusão no pé sofrida na sexta-feira.

DECISÃO FEMININA – A decisão do título começou com Arena mirando as esquerdas e a peruana largou na frente com nota 6,25. A equatoriana seguiu apostando nas direitas de La Lobería, para usar a verticalidade do seu backside. Ela faz duas manobras fortes para ganhar 6,10 e passar à frente. Mimi Barona pega outra boa nas direitas e joga água pra cima com um batidão incrível. Ela recebe nota 6,90 dos juízes e aumenta vantagem sobre a peruana.

Arena fica precisando de 6,76 nos 15 minutos finais e segue tentando a vitória com suas manobras de backside nas esquerdas. A peruana teve algumas chances, porém o máximo que conseguiu foi nota 6,00. Dominic Barona então festejou o título que escapou no ano passado contra a também peruana Sol Aguirre, se tornando campeã da Copa Sails of Change Galápagos 2023, por uma pequena diferença no placar encerrado em 13,00 a 12,25 pontos.

“Galápagos nos premiou com boas ondas, a organização foi incrível e muito obrigado a todos por apoiar este evento”, agradeceu Dominic Barona. “Eu tenho treinado bastante para isso, logo mais vem os Challenger Series, o Panamericano, então só quero aproveitar cada dia, porque é uma benção podermos fazer o que amamos. Agradeço meus patrocinadores por todo o apoio, meus amigos, a família que está em casa e que eu amo. Sei que estão felizes e orgulhosos e vou seguir sempre dando o melhor de mim, então vamos com fé para a próxima”.

VITÓRIAS APÓS 5 ANOS – Curiosamente, Dominic Barona e Alonso Correa não ganhavam etapas do World Surf League (WSL) Qualifying Series (QS) desde 2018, quando também dividiram o alto do pódio num evento em San Bartolo, no Peru. Foi a última vitória do peruano, antes da Copa Sails of Change Galápagos. Já a equatoriana ainda venceu mais duas naquele ano, na Argentina e no Brasil, para conquistar o seu segundo título de campeã sul-americana da WSL South America. O primeiro foi em 2011.

Alonso Correa foi o grande destaque nas ondas perfeitas da Playa La Lobería. Ele conseguiu as maiores notas e fez maiores somatórias do evento, a cada bateria que participou. Na sexta-feira, usou a potência do seu backside nas direitas, para ganhar três notas excelentes, 8,00, 8,50 e 8,75, nas duas vitórias por 16,50 e 14,50 pontos. No sábado, venceu a semifinal com o equatoriano Maximiliano Saenz por 14,55, somando 7,30 e 7,25. Na outra, Daniel Adisaka ganhou o duelo brasileiro com Samuel Joquinha por 12,60 a 11,30 pontos.

DOMÍNIO PERUANO – Na grande final, Alonso Correa deu outro show para sacramentar o domínio peruano nas duas edições da Copa Sails of Change QS 1000 Galápagos. No sábado, mostrou nas esquerdas de La Lobería, um frontside tão agressivo como o backside nas direitas. Daniel Adisaka fazia a sua primeira final em etapas do WSL Qualifying Series e demorou 13 minutos para surfar sua primeira onda, mas a bateria começou com notas baixas. Até o peruano conseguir 6,75 com três manobras de frontside.

Alonso acha outra esquerda muito boa, que arma a parede para mandar dois ataques explosivos, abrindo grandes leques de água. Os juízes dão nota 8,00 e ele repete a dose na onda seguinte, para ganhar 8,25. A melhor do brasileiro valeu 6,00 e Alonso Correa festejou o segundo título do Peru em Galápagos. Assim como Miguel Tudela contra Ryan Kainalo no ano passado, ele derrotou um brasileiro bem mais jovem, Daniel Adisaka, por 16,25 a 10,40 pontos.

“Estou muito feliz por poder ganhar o campeonato. Esse era o objetivo quando vim para cá e é um sentimento incrível”, disse Alonso Correa. “As ondas são muito boas aqui em Lobería, o clima é bom também e esse lugar é incrível, então só tenho que agradecer a todos que fizeram esse campeonato. Hoje, as condições estavam mais difíceis, entravam algumas ondas grandes, mas fechando rápido. Então, minha estratégia foi surfar o máximo que podia, para ir construindo o resultado. Estou feliz que funcionou e obrigado a todos pelo apoio”.

A segunda edição da Copa Sails of Change QS 1000 Galápagos foi realizada com patrocínios da Sails of Change, El Club Formativo San Cristóbal, CNT, GAD San Cristóbal, do Ministerio de Deporte, do Consejo de Governo de Régimen Especial, da Universidad San Francisco, Narturagua e GEA. Mais informações, notícias, vídeos, fotos e todos os resultados no site do evento no WorldSurfLeague.com.

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