Dan Sabino / Julio Detefon/Divulgação STU
“Muito prazer! Sou Dan Sabino, tenho 15 anos, sou de São Bernardo do Campo e skatista profissional. Ando de skate desde um ano de idade e acabei de ganhar minha primeira etapa do STU National”. Foi assim que, com um largo sorriso, aparelhos nos dentes, cara de menino, Dan se apresentou para todos que ainda não o conheciam logo após conquistar o título da etapa de abertura do circuito brasileiro, em Florianópolis, no Skate Park do Abraão, no domingo (04/02). Mas, na cena, todos já conhecem muito bem o potencial desse paulista, um dos grandes nomes da nova geração, o mais novo dentre os finalistas do Park.
A temporada 2023 já tinha terminado de forma promissora para Dan Sabino, com o terceiro lugar da última etapa, no Recife, seu único pódio até então numa etapa de STU National. No novo formato de disputa da competição, a final passou a ter apenas seis skatistas, e não mais oito, afunilando o número de concorrentes e aumentando o sarrafo rumo à conquista. Ao lado de Dan, o gigante Pedro Barros, medalhista olímpico, Augusto Akio, hoje segundo do ranking mundial na corrida rumo a Paris-2024, Luiz Francisco, outro representante do Brasil nos Jogos de Tóquio, o experiente Murilo Peres e o jovem promissor Kalani Konig.
“Uma final de gigantes, né?! Vou ser sincero que vim aqui dar o meu máximo, claro, mas não esperava essa vitória. É a realização de um sonho de criança, meu primeiro título no STU. E disputei com skatistas que, além de amigos, são meus ídolos, como o Pedro Barros. Loucura! Estou feliz demais. O público de Floripa é irado. A torcida maior era para Pedro e Kalani, que são daqui, mas o carinho que recebi foi sensacional. Nem sei o que dizer. É um dia especial. Treinei muito para essa etapa e estou feliz que deu tudo certo. Quero aproveitar para agradecer ao meu pai, a toda minha família e a Deus”, desabafou Dan.
Dan Sabino / Pablo Vaz/Divulgação STU
Só para se ter uma ideia, Dan Sabino, atualmente, ocupa a 72ª posição do ranking mundial. Ele mesmo sabe que é bem difícil e quase improvável que consiga uma vaga para disputar os Jogos de Paris. Ainda faltam três torneios da modalidade Park que valem pontuação na corrida olímpica, em Dubai, na Hungria e na China. Enquanto houver chance e esperança, ele diz que vai lutar, assim como lutou e brilhou na nova pista de Florianópolis. E espera continuar traçando pelo mundo o que realizou na capital catarinense. Dan fala sobre o seu feito na final deste domingo:
“É sempre bom tentar garantir uma nota alta nas primeiras voltas, para tirar um pouco do nervosismo que vem com a gente. Depois que acertei uma grande volta, pude arriscar uma manobra mais difícil na sequência, sempre buscando elevar o nível para surpreender. E foi o que aconteceu. Ainda consegui aumentar a nota na terceira volta, que acabaria me concedendo o título”, relatou Dan, que, nas duas sessões de 20 minutos da final, valendo a melhor nota, tirou 75,00 na primeira, 84,00 na segunda e 85,00 na terceira. Nas outras três vezes que entrou na pista, não conseguiu aumentar, mas nenhum outro foi capaz de superá-lo.