Ítalo, Adriano e Medina avançam em Fiji

Italo Ferreira (RN) (@WSL / Ed Sloane)Italo Ferreira (RN) (@WSL / Ed Sloane)

O domingo amanheceu com o swell bombando séries de 6 pés sólidos em Cloudbreak para abrir o Outerknown Fiji Pro na ilha de Tavarua. As condições do mar estavam desafiadoras para competir, com os tubos fechando rápido na maioria das baterias da primeira fase classificatória, mas alguns proporcionando grandes momentos durante o dia. O potiguar Italo Ferreira ficou três meses se recuperando de uma contusão no tornozelo e retornou ganhando a primeira bateria. Os campeões mundiais Adriano de Souza e Gabriel Medina também passaram direto para a terceira fase. Já os outros seis brasileiros perderam, mas terão outra chance para avançar no quinto desafio do World Surf League Championship Tour 2017.

Gabriel Medina (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Gabriel Medina (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Dois deles foram derrotados em confrontos com participação dupla do Brasil. Convocado na última hora para substituir o contundido Caio Ibelli, o baiano Bino Lopes não conseguiu sair dos tubos que pegou na sua bateria com Adriano de Souza e ficou em último lugar. Mineirinho é um dos três surfistas que dividem a vice-liderança no ranking e venceu por apenas 10,83 pontos, contra 7,43 do norte-americano Kanoa Igarashi e 3,30 de Bino Lopes. “Eu usei uma estratégia de tentar pegar o maior número possível de ondas e deu certo”, disse Adriano de Souza. “Acho até que o Bino (Lopes) e o Kanoa (Igarashi) pegaram ondas melhores do que eu, mas eu consegui as pontuações para vencer. Eu só tento fazer o meu melhor em cada onda que surfar e ficar focado na competição. Infelizmente, eu tive que competir com um brasileiro hoje, o Bino, mas espero que ele vença a próxima”.

Depois de Mineirinho, Gabriel Medina foi o outro único brasileiro a estrear com vitória no domingo em Cloudbreak. Ele já foi campeão da etapa de Fiji em 2014 e 2016, sempre surfando tubos incríveis que arrancavam notas 10 dos juízes nas duas vezes. Medina também buscou os tubos a cada onda que dropava no domingo, até achar um que valeu nota 7,5 para totalizar 12,00 pontos, contra 7,43 do californiano Nat Young e 5,63 do também paulista Wiggolly Dantas. “É bom começar com vitória na primeira fase, mas foi realmente muito difícil de competir hoje (domingo) aqui”, disse Gabriel Medina. “Está difícil de ler a onda. Eu peguei uma que pensei que ia rolar um tubo bom quando entrei, mas não consegui sair. Está difícil até de saber o que fazer na onda, se manobras ou tubos. Ainda bem que consegui pegar um tubo ali mais pro final da bateria pra vencer. Eu adoro essa onda e espero continuar avançando no evento”.

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Ed Sloane)

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Ed Sloane)

Com um placar parecido, o potiguar Italo Ferreira marcou com vitória o seu retorno às competições na bateria que abriu o Outerknown Fiji Pro. Foi logo após a final feminina, vencida pela norte-americana Courtney Conlogue, com ela e a havaiana Tatiana Weston-Webb não conseguindo mostrar o seu surfe nas condições inconsistentes do mar no início do dia. Italo ainda achou um tubo rápido e tirou a maior nota da bateria, 6,10, que foi decisiva para superar o californiano Kolohe Andino por 11,43 a 11,00 pontos. O francês Joan Duru terminou em último com apenas 3,94 nas duas notas computadas.

Seis brasileiros vão ter que disputar o tudo ou nada da repescagem. Depois do catarinense Yago Dora abrir o segundo dia do Outerknown Fiji Pro, o baiano Bino Lopes enfrenta o havaiano Sebastian Zietz na terceira bateria da segunda fase. Na sétima, tem um duelo verde-amarelo do paulista Wiggolly Dantas com o potiguar Jadson André e só um seguirá vivo na competição.

Yago Dora (SC) (@WSL / Ed Sloane)

Yago Dora (SC) (@WSL / Ed Sloane)

O pernambucano Ian Gouveia está na décima bateria com o norte-americano Kanoa Igarashi e o paulista Miguel Pupo entra na seguinte com o australiano Jack Freestone. Nesta rodada, a vitória vale passagem para a terceira fase e os derrotados terminam em 25.o lugar, recebem 10.000 dólares pela participação e marcam apenas 500 pontos no Jeep WSL Ranking.

Por João Carvalho

Compartilhe.