Tatiana Weston-Webb já está nas quartas de final do Billabong Pro Pipeline no Havaí

Tatiana Weston-Webb buscou os tubos nas direitas do Backdoor (Crédito da Foto: @WSL / Tony Heff)Tatiana Weston-Webb buscou os tubos nas direitas do Backdoor (Crédito da Foto: @WSL / Tony Heff)

Depois de um dia só de baterias da categoria masculina, a quinta-feira ficou só as mulheres competirem nas ondas de 4-6 pés de Pipeline e Backdoor no Havaí. Foram realizadas a primeira fase, a repescagem e as oitavas de final, com a brasileira Tatiana Weston-Webb sendo uma das classificadas para as quartas de final do Billabong Pro Pipeline. Foi um dia de muitas surpresas e a nova geração se destacou, deixando a octacampeã mundial Stephanie Gilmore e a também experiente Courtney Conlogue em último lugar no primeiro desafio do ano.

Mas, Tatiana Weston-Webb confirmou o favoritismo contra a portuguesa Teresa Bonvalot e vai disputar com a bicampeã mundial Tyler Wright, a segunda vaga para as semifinais da etapa que abre o World Surf League Championship Tour 2023 e o ciclo olímpico para os Jogos de Paris 2024. A seleção brasileira tem mais nove surfistas na terceira fase masculina do Billabong Pro Pipeline, que está sendo transmitido pelo WorldSurfLeague.com e pelos canais SporTV e Globoplay. A próxima chamada para as duas categorias será na sexta-feira as 7h45 no Havaí, 14h45 no Brasil.

Na quarta-feira, Miguel Pupo competiu na primeira bateria do dia e o mesmo aconteceu na quinta-feira, com Tatiana Weston-Webb abrindo a temporada feminina em Pipeline. A bateria foi fraca de ondas, com a maioria fechando rápido e a brasileira buscou os tubos nas direitas do Backdoor. Mas, conseguiu avançar direto para as oitavas de final, com os 4,84 pontos que totalizou. A norte-americana Caroline Marks venceu por 6,36 e Teresa Bonvalot ficou em último, com apenas 2,04 nas duas notas computadas.

A portuguesa depois passou pela repescagem, derrotando a também jovem australiana Isabella Nichols, com ambas eliminando a experiente Courtney Conlogue. A nova geração já tinha surpreendido no confronto anterior, com as norte-americanas Caitlin Simmers de 17 anos e Alyssa Spencer de 19, deixando a octacampeã mundial Stephanie Gilmore em último lugar no Billabong Pro Pipeline. A australiana completou 35 anos de idade no domingo e já perdeu a lycra amarela de número 1 do ranking, para quem vencer no Havaí.

Após o término da repescagem, foi iniciada as oitavas de final no sistema “overlapping heats”, com duas baterias de 40 minutos de duração, sendo realizadas simultaneamente. Outra surpresa aconteceu logo no segundo duelo, com a “Rainha de Pipeline” sendo barrada pela californiana Lakey Peterson. A havaiana Moana Jones Wong ganhou a primeira etapa completa do CT feminino nos tubos de Pipeline no ano passado, mas dessa vez terminou em nono lugar.

As duas chegaram a dividir o “line up” com Tatiana Weston-Webb, que disputou o confronto seguinte com a portuguesa Teresa Bonvalot. A brasileira também está na história de Pipeline, por ter vencido a primeira bateria do CT feminino no maior palco do esporte em 2021, na continuação da etapa iniciada na ilha de Maui. No ano passado, Tati perdeu nas oitavas de final para a própria Moana Jones, mas agora avançou derrotando a portuguesa Teresa Bonvalot por 9,10 a 5,00 pontos.

“Eu sabia que ia ser uma bateria difícil, então tentei me manter ativa desde o início. A Teresa (Bonvalot) é uma excelente surfista e eu estava torcendo pra ela ganhar uma vaga no CT, mas não conseguiu infelizmente”, disse Tatiana Weston-Webb. “Eu sabia que teria uma chance de vencer, se eu pegasse uma onda boa de backside e acabou dando tudo certo. Nessas férias eu consegui passar bastante tempo com meu marido (Jessé Mendes), me divertindo, curtindo a vida. Mas, voltei a treinar forte mais cedo esse ano, porque tenho minhas metas para 2023. Quero me qualificar para as Olimpíadas, para representar bem o Brasil e manter minha consistência no CT. Sei que sou uma boa surfista e confio no meu talento”.

A próxima adversária de Tatiana Weston-Webb em Pipeline é a bicampeã mundial Tyler Wright, que venceu a oitava de final australiana com Sally Fitzgibbons, por 10,24 a 7,27. Tati e Tyler já se enfrentaram 22 vezes em etapas do CT e o placar está 12 a 10 para a australiana, mas a brasileira ganhou as quatro últimas baterias que elas disputaram. A última foi na grande final do Corona Open J-Bay no ano passado na África do Sul, quando Tatiana fez o maior placar feminino da temporada 2022, 17,50 pontos somando notas 9,00 e 8,50 com seu ataque de backside nas direitas de Jeffreys Bay.

Quem vencer este 23.o confronto entre Tatiana Weston-Webb e Tyler Wright no Havaí, vai disputar a primeira vaga para a grande final do Billabong Pro Pipeline com quem passar do duelo entre a costa-ricense Brisa Hennessy e a americana Lakey Peterson. Na chave de baixo, a vice-campeã em Pipeline no ano passado, Carissa Moore, enfrentará na terceira bateria a australiana Molly Picklum, que tirou as maiores notas da quinta-feira, 8,00 e 7,67. Já a última quarta de final será entre duas jovens havaianas, Gabriela Bryan e Bettylou Sakura Johnson.

Enquanto a categoria feminina já definiu as quartas de final, a masculina ainda tem 32 surfistas para disputar classificação para as oitavas de final na terceira fase. A seleção brasileira tem nove concorrentes ao título do Billabong Pro Pipeline. O campeão olímpico, Italo Ferreira, vai abrir o próximo dia com um dos estreantes da temporada, Ian Gentil. Na chave de cima, que vai apontar o primeiro finalista, tem também Caio Ibelli na sétima bateria contra outro havaiano, Ezekiel Lau, depois Samuel Pupo na oitava com o australiano Ryan Callinan.

O atual campeão mundial, Filipe Toledo, abre a chave de baixo enfrentando o costa-ricense Carlos Munoz na nona bateria. Na décima, Yago Dora encara o defensor do título em Pipeline, Kelly Slater. Na 12.a, tem o recordista de nota na quarta-feira, João Chianca, contra o japonês Kanoa Igarashi. Na 13.a, está Michael Rodrigues com o australiano Jack Robinson. Na disputa seguinte, entra Gabriel Medina com o norte-americano Jake Marshall. Depois, Miguel Pupo disputa a última vaga para as oitavas de final com o francês Maxime Huscenot.




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