Tatiana Weston-Webb começa em nono lugar no ranking de 2022

Tatiana Weston-Webb não passou pelas oitavas de final (Crédito: ©WSL / Tony Heff)Tatiana Weston-Webb não passou pelas oitavas de final (Crédito: ©WSL / Tony Heff)

A pentacampeã mundial Carissa Moore comandou o show em mais um dia épico para as mulheres, nos tubos de 4-6 pés da última quarta-feira em Pipeline. A havaiana fez os recordes femininos do Billabong Pro Pipeline nas duas baterias que disputou, enquanto a vice-campeã mundial Tatiana Weston-Webb foi barrada nas oitavas de final. A gaúcha Tatiana Weston-Webb saiu da briga do título no Havaí.

O sistema utilizado foi o “overlapping heats”, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente. Com isso, foi possível aproveitar as melhores condições do mar para realizar as oitavas e as quartas de final, já que as ondas foram baixando no decorrer do dia. Apesar do prazo do Billabong Pro Pipeline só terminar em 10 de fevereiro, ele deve ser encerrado até o fim de semana.

A brasileira Tatiana Weston-Webb enfrentou a havaiana Moana Jones Wong no terceiro confronto do dia. Ela não começou bem, mas surfou um bom tubo que valeu 5,67. No entanto, a surfista local de Pipeline pegou um melhor, saindo em pé do tubo mostrando muita intimidade. Os juízes deram nota 6,27 nessa onda, que garantiu a vitória por 10,77 a 9,44 pontos. Com a derrota nas oitavas de final, a vice-campeã mundial começa a temporada 2022 do World Surf League Championship Tour em nono lugar no ranking.

Essa foi a única surpresa do dia. Nas outras baterias das oitavas de final, as favoritas avançaram, inclusive com todas as cinco jovens estreantes na elite do CT esse ano, sendo eliminadas também em nono lugar no Billabong Pro Pipeline. Uma delas, India Robinson, sofreu uma concussão numa queda no domingo e nem entrou no mar, deixando o caminho livre para a bicampeã mundial Tyler Wright avançar para as quartas de final.

As duas estrearam na mesma bateria no domingo e nem precisariam surfar, porque uma das três componentes não competiu. Era para ser a heptacampeã mundial Stephanie Gilmore, que estava em isolamento pelo resultado positivo para Covid-19 nos testes constantes que a WSL faz nos e nas atletas, bem como em todos que trabalham no evento. Tyler segue na busca pelo bicampeonato em Pipeline, pois ganhou a etapa que abriu o CT 2021 e foi iniciada na ilha de Maui.

Neste ano, a australiana só competiu mesmo na primeira bateria das quartas de final, quando surfou um bom tubo para derrotar a havaiana Malia Manuel. Tyler Wright vai disputar a primeira semifinal com a havaiana Moana Jones Wong, que deu mais um showzinho nos tubos de Pipeline, para superar a australiana Isabella Nichols por 11,34 a 10,44 pontos. Na outra semifinal, a pentacampeã mundial Carissa Moore enfrenta Lakey Peterson.

Carissa Moore feliz fazendo os recordes femininos no Billabong Pro Pipeline (Crédito: ©WSL / Brent Bielmann)

Carissa Moore feliz fazendo os recordes femininos no Billabong Pro Pipeline (Crédito: ©WSL / Brent Bielmann)

Carissa Moore surfou os melhores tubos do dia e encabeça a lista de recordes do Billabong Pro Pipeline. Na oitava de final contra a havaiana Bethany Hamilton, surfou um tubaço espetacular nas direitas do Backdoor, que arrancou nota 9,50 dos juízes. Nessa bateria, Carissa também fez o maior placar do campeonato entre as mulheres, 14,67 pontos.

“Tenho que admitir que eu estava muito nervosa esta manhã”, disse Carissa Moore. “Eu chorei muito de nervosismo e ansiedade. Foi bom, aí o sol saiu e fiquei feliz, porque parecia um dia muito bom para nós. Você sente muita energia ali no reef. Além disso, há tanta história nesse lugar. Então, se você é surfista, é aqui que você tem que surfar e querer melhorar a si mesma”.

Depois, Carissa brilhou de novo nas quartas de final, surfando outro tubo incrível no Backdoor que valeu 8,33, a segunda maior nota da competição feminina. Com ela, derrotou a costa-ricense Brisa Hennessy por 13,33 a 4,37 pontos. Na última bateria do dia, a norte-americana Lakey Peterson conseguiu a última vaga para as semifinais no tubo que achou nos segundos finais. Com a nota 5,27 recebida, superou a francesa Johanne Defay por 8,70 a 6,90 pontos.

“Temos um bom tempo ainda na janela de espera do evento e estou animada para ver o que vem por aí”, disse Carissa Moore. “Só espero que as ondas não sejam muito grandes (risos)”.

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