Silvana Lima e Alejo Muniz vencem a última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe em Ubatuba

Silvana Lima e Alejo Muniz com os troféus das vitórias em Ubatuba (Crédito: Daniel Smorito / World Surf League)Silvana Lima e Alejo Muniz com os troféus das vitórias em Ubatuba (Crédito: Daniel Smorito / World Surf League)

As principais estrelas da última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe, confirmaram o favoritismo nas boas ondas do domingo ensolarado na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, São Paulo. O maior nome do surfe feminino brasileiro, Silvana Lima, festejou sua segunda vitória nas três etapas, derrotando a peruana Daniella Rosas na primeira decisão de título. Depois, o número 5 no ranking do World Surf League (WSL) Challenger Series 2022, Alejo Muniz, liquidou o argentino José Gundesen nas primeiras ondas que surfou na última bateria do dia.

O Circuito Banco do Brasil de Surfe estreou esse ano com o conceito de descobrir novos talentos no surfe brasileiro, promovendo etapas do WSL Qualifying Series nas três principais regiões do país, em Garopaba (SC), Salvador (BA) e Ubatuba (SP). A meta foi atingida com o ubatubense Gabriel Klaussner, de apenas 17 anos de idade, sendo o campeão do ranking computando os três resultados, junto com a experiente Silvana Lima. Como prêmio, ganharam convites para participar do único Challenger Series na América Latina esse ano, o Corona Saquarema Pro apresentando pelo Banco do Brasil, que será realizado de 1 a 8 de novembro em Saquarema.

“Estou amarradão com meu primeiro título da WSL e foi aqui em casa né. Não tem sentimento mais especial do que esse, na frente da minha família e dos meus amigos”, disse Gabriel Klaussner, após receber o seu troféu de campeão do Circuito Banco do Brasil de Surfe no pódio em Itamambuca. “Estou amarradão pela oportunidade de poder competir em um evento do Challenger Series. Esse era o meu objetivo desse ano, de conseguir a vaga. Eu vim pra esse campeonato para vencer o circuito e, Graças a Deus, eu conquistei”.

A pentacampeã brasileira de surfe profissional e duas vezes vice-campeã mundial, Silvana Lima, é patrocinada pelo BB Asset, carteira de investimentos do Banco do Brasil. A cearense coroou a conquista do título de campeã do Circuito Banco do Brasil de Surfe, com vitórias nas duas últimas etapas. A primeira foi na Praia de Stella Maris, em Salvador (BA), agora na Praia de Itamambuca fazendo os recordes de pontos da categoria feminina em Ubatuba, 16,26 na semifinal com Melanie Giunta e 16,17 na decisão com a também peruana Daniella Rosas.

Gabriel Klaussner e Silvana Lima campeões do Circuito Banco do Brasil 2022 (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)

Gabriel Klaussner e Silvana Lima campeões do Circuito Banco do Brasil 2022 (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)

“Essa teve um gostinho de revanche, porque a Daniella tinha ganhado de mim lá no QS da Prainha (RJ), que é praticamente a minha casa. Mas, eu sabia que não ia ser fácil, porque ela surfa muito bem”, destacou Silvana Lima. “Graças a Deus, eu comecei bem a bateria e deu tudo certo, o título ficou em casa. Estou muito feliz e só tenho que agradecer principalmente ao Banco do Brasil, por dar a oportunidade de a gente ter um circuito com três etapas. Só gratidão também por esse momento incrível que estou vivendo. Já vou fazer 38 anos esse ano, mas a garra de vencer e querer evoluir no surfe, é a mesma de quando eu comecei”.

Alejo Muniz é o brasileiro mais bem colocado no Challenger Series esse ano, está em quinto no ranking que vai classificar dez surfistas para o WSL Championship Tour de 2023. Ele já fez parte da elite por alguns anos e tinha vencido a primeira etapa da temporada 2022/2023 da WSL Latin America, em Mar del Plata, na Argentina. Esta do Circuito Banco do Brasil de Surfe foi a segunda que ele participou, então manteve a invencibilidade no continente esse ano. Mas, sua única vitória em etapas do WSL Qualifying Series no Brasil aconteceu 11 anos atrás, em 2011 em Fernando de Noronha (PE).

“Pois é, faz bastante tempo, mas é emocionante vencer em casa, no seu país”, disse Alejo Muniz. “Meu filho que está aqui, nem tinha nascido ainda (risos) quando venci lá em Noronha. E eu fiquei impressionado com a quantidade de bons surfistas bem jovens que vi aqui. Certamente, o surfe brasileiro vai continuar sendo bem representado nos próximos anos. E eu continuo aí brigando, batalhando, e feliz demais com meu resultado aqui. A vitória era realmente o que eu vim buscar e agora é aproveitar para festejar com a família”.

A etapa de Ubatuba foi a melhor do Circuito Banco do Brasil de Surfe, com novos recordes sendo registrados nas boas ondas da Praia de Itamambuca, como as sete maiores somatórias e as três maiores notas dos três eventos. O catarinense Matheus Navarro atingiu 18,17 pontos somando 9,17 com 9,00 na sexta-feira.

Na grande final, Alejo Muniz conquistou o título por 17,10 a 16,77 pontos de José Gundesen, com o campeão ganhando a segunda maior nota do ano, 9,27. Ela só ficou abaixou do 9,33 que o paulista Igor Moraes conseguiu nas quartas de final, quando fez a segunda maior somatória das três etapas, 17,83 pontos.

Igor Moraes parou nas semifinais, perdendo para o argentino José Gundesen. O surfista de São Sebastião subiu para a décima posição no ranking regional da WSL Latin America. Ele dividiu o terceiro lugar na etapa de Ubatuba do Circuito Banco do Brasil de Surfe com o último campeão mundial Pro Junior da World Surf League, Lucas Vicente. No duelo catarinense da segunda semifinal, ele estava se classificando até o último minuto, quando Alejo Muniz conseguiu uma nota 6,50 para ganhar de virada, por 13,73 a 13,34 pontos.

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