Seleção brasileira sai da briga pelo título masculino do Lexus Pipe Pro no Havaí

Yago Dora festejando a única vitória brasileira nas baterias da terça-feira (Crédito da Foto: @WSL / Tony Heff)Yago Dora festejando a única vitória brasileira nas baterias da terça-feira (Crédito da Foto: @WSL / Tony Heff)

Depois de cinco dias aguardando por boas ondas em Pipeline, o Lexus Pipe Pro apresentado por YETI retornou na terça-feira e já definiu as primeiras quartas de final da temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) no Havaí. Surpreendentemente, pela primeira vez desde 2016, não tem nenhum brasileiro entre os oito finalistas. A maioria dos concorrentes ao primeiro título do ano é do Havaí, com quatro surfistas e John John Florence sendo o destaque do dia.

A brasileira Luana Silva está na primeira bateria e Tatiana Weston-Webb estreia na quinta e penúltima da rodada inicial feminina do Lexus Pipe Pro apresentado por YETI. Nas quartas de final definidas na terça-feira, o australiano vice-campeão mundial em 2023, Ethan Ewing, enfrenta o japonês Connor O`Leary na primeira bateria. A segunda será entre o sul-africano Jordy Smith e Barron Mamiya, do Havaí. A terceira é 100% havaiana, com Ian Gentil e Imaikalani deVault. E John John Florence entra na última com o italiano Leonardo Fioravanti, vice-campeão em Pipeline no ano passado.

Após vários dias de chuva e vento maral, a terça-feira amanheceu com boas condições especialmente nas direitas do Backdoor, para retomar a competição iniciada na quarta-feira da semana passada. Para recuperar o tempo, foi utilizado o sistema “overlapping heats”, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente. Com isso, foi possível realizar os 16 duelos da terceira fase e as oitavas de final. Mas, o dia já não começou bem para o Brasil, com Samuel Pupo quebrando sua prancha na primeira onda que tentou surfar.

Samuca até conseguiu pegar alguns tubos depois, mas foi eliminado por 12,17 a 11,83 pontos pelo australiano Liam O´Brien. O segundo a competir foi Italo Ferreira, que arrancou a primeira nota excelente do dia, num tubaço espetacular no Backdoor. O 8,87 que recebeu foi a maior nota da sua carreira em Pipeline. Só que o máximo que conseguiu para somar depois, foi 3,17. E no último minuto, o sul-africano Jordy Smith achou um bom tubo para ganhar nota 7,00 e vencer por 13,67 a 12,04 pontos. Italo Ferreira conquistou a última vitória brasileira na etapa de Pipeline em 2019, quando ganhou o título mundial decidido na final verde-amarela com Gabriel Medina.

ÚNICA VITÓRIA – Depois dessas duas derrotas, Yago Dora salvou a pátria despachando o australiano Jacob Willcox por 14,10 a 12,20 pontos. A única vitória brasileira na terceira fase, veio também nos minutos finais, quando o catarinense achou um belo tubo no Backdoor que valeu nota 7,83. Depois, Yago não conseguiu achar nada para surfar nas oitavas de final contra o havaiano Barron Mamiya, que levou a melhor por um baixo placar de 9,50 a 1,74 pontos. Yago Dora repetiu o nono lugar em Pipeline do ano passado, quando perdeu para Filipe Toledo também nas oitavas de final.

A série de derrotas verde-amarelas na terceira fase, recomeçou com o tricampeão mundial Gabriel Medina também não conseguindo achar boas ondas no duelo contra um dos novatos na elite deste ano. Ele até botou para dentro dos tubos, tanto em Pipeline como no Backdoor, mas eles acabaram fechando a porta de saída. O norte-americano Crosby Colapinto só surfou sua primeira onda quando restavam 12 minutos e foi um tubaço que valeu 8,33. Essa foi a única que ele pegou, mas foi suficiente para derrotar Gabriel Medina por 8,86 a 2,73 pontos.

Na disputa seguinte, Miguel Pupo perdeu por pouco para o havaiano Imaikalani deVault, 10,46 a 10,10 pontos. E o último brasileiro a competir foi Deivid Silva, que não teve qualquer chance contra o bicampeão mundial John John Florence. O havaiano já começou pegando um tubo incrível, que arrancou a maior nota do campeonato até ali, 9,17. Ele ainda surfou outro que ganhou 8,17, para registrar um novo recorde de 17,34 pontos no Lexus Pipe Pro.

A última vez que somente um surfista da seleção brasileira passou pela terceira fase no CT, foi na última etapa de 2016 nas mesmas ondas de Pipeline. O único a se classificar naquele ano, tinha sido o hoje bicampeão mundial Filipe Toledo e foi vencendo um duelo verde-amarelo com Wiggolly Dantas. Assim como Yago Dora agora, Filipe também terminou em nono lugar, perdendo para o taitiano Michel Bourez, que depois foi campeão do Pipe Masters de 2016.

 

Compartilhe.