Rip Curl Pro Bells Beach abre fase decisiva do WSL 2023 na Austrália

As longas direitas de Bells Beach serão o próximo desafio do WSL CT 2023 (Crédito da Foto: @WSL / Kelly Cestari)As longas direitas de Bells Beach serão o próximo desafio do WSL CT 2023 (Crédito da Foto: @WSL / Kelly Cestari)

O tradicional Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy vai realizar a sua 60.a edição esse ano, abrindo uma fase decisiva do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023. Só restam esta etapa e a de Margaret River, também na Austrália, para o corte da elite do meio da temporada. Dos top-34 e das top-17 que iniciaram o ano, ficarão apenas os 22 primeiros colocados no ranking masculino e as 10 melhores do feminino. Este grupo já estará garantido para o CT 2024 e vai seguir disputando vagas para as Olimpíadas de Paris e para o Rip Curl WSL Finals.

O prazo do Rip Curl Pro Bells Beach começa terça-feira na Austrália (noite da segunda-feira no Brasil) e vai até dia 14 de abril. Dos 11 titulares da seleção brasileira, apenas dois estão abaixo da linha de corte, Michael Rodrigues que retornou para a elite este ano e Jadson André, que se contundiu no primeiro desafio da temporada, em Pipeline, no Havaí. Quatro estão entre os top-5 do ranking, grupo que no final das 10 etapas, vai disputar os títulos mundiais no Rip Curl WSL Finals em Trestles, na Califórnia: Filipe Toledo, Caio Ibelli, João Chianca e Tatiana Weston-Webb.

João Chianca, o Chumbinho, saiu da elite no corte de 2022, mas recuperou a vaga pelo Challenger Series e agora chega na Austrália com sua permanência praticamente garantida. Ele venceu sua primeira etapa do CT em Portugal e está na vice-liderança do ranking. O campeão mundial Filipe Toledo, badalou o sino do troféu da vitória no Rip Curl Pro Bells Beach no ano passado e ocupa a terceira posição, com Caio Ibelli em quarto lugar. Já Tatiana Weston-Webb, divide a quinta posição com a havaiana Gabriela Bryan.

Também bem colocados, estão Yago Dora em sétimo e o tricampeão mundial Gabriel Medina em nono lugar. Outros três surfistas da seleção brasileira do CT 2023, se encontram numa zona mais perigosa, precisando de bons resultados em Bells Beach e em Margaret River. O campeão mundial e medalha de ouro na estreia do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira, está empatado com Miguel Pupo em 13.o lugar e Samuel Pupo ocupa a 18.a posição.

Michael Rodrigues está na 27.a e Jadson André na 34.a, ambos fora do grupo dos top-22 que serão mantidos na elite, para a segunda metade da temporada. No Rip Curl Pro Bells Beach, Jadson será substituído pelo australiano Dylan Moffat e o costa-ricense Carlos Munoz seguirá entrando na vaga do outro lesionado, Ramzi Boukhiam, de Marrocos. Já a francesa Johanne Defay se recuperou e fará sua estreia no CT 2023. E a grande novidade é Owen Wright, que ganhou uma vaga de convidado, para encerrar oficialmente a sua carreira.

PRIMEIRA FASE – O australiano é um dos adversários do atual campeão mundial e defensor do título do Rip Curl Pro Bells Beach, Filipe Toledo. O outro componente desta quinta bateria é um dos estreantes deste ano, Ian Gentil, do Havaí. A seleção brasileira começa a se apresentar na terceira bateria da primeira fase, com Caio Ibelli enfrentando o australiano Ryan Callinan e outro havaiano, Ezekiel Lau. Na quarta, entra o vice-líder do ranking, João Chianca, com o sul-africano Matthew McGillivray e o substituto de Jadson André, Dylan Moffat.

A bateria seguinte é a do Filipe Toledo e outro campeão mundial estreia na sétima, Italo Ferreira, com o australiano Connor O´Leary e o norte-americano Kolohe Andino. Na oitava, está Michael Rodrigues com o sul-africano Jordy Smith e outro australiano, Callum Robson. Na décima bateria, tem participação dupla do Brasil, com Yago Dora e Samuel Pupo disputando duas vagas diretas para a terceira fase com o californiano Jake Marshall.

O tricampeão mundial Gabriel Medina está na 11.a, com o japonês Kanoa Igarashi e o australiano Liam O´Brien. E na 12.a e última da primeira fase, Miguel Pupo encara dois havaianos, o bicampeão mundial John John Florence e Barron Mamiya. Já Tatiana Weston-Webb foi escalada na quarta das seis baterias da rodada inicial feminina, com a norte-americana Caroline Marks e a australiana Isabella Nichols.

BRAZILIAN STORM – Diferente dos últimos anos, a “perna australiana” do WSL Championship Tour vai começar com surfistas da Austrália vestindo a lycra amarela no Rip Curl Pro Bells Beach. Jack Robinson e Molly Picklum estão na frente dos rankings das três etapas já disputadas, mas seguidos de perto por João Chianca e Caitlin Simmers, que vêm de vitórias em Portugal. A adolescente californiana de apenas 17 anos de idade, estreia na elite do CT este ano e já divide a vice-liderança com a pentacampeã mundial, Carissa Moore.

Jack Robinson foi vice-campeão na final do MEO Rip Curl Pro Portugal contra João Chianca e é a grande aposta australiana para acabar com a hegemonia do Brasil, que venceu seis dos oito últimos títulos mundiais. O último da Austrália foi 10 anos atrás, com Mick Fanning em 2013, antes da invasão da geração Brazilian Storm. Gabriel Medina ganhou o primeiro do Brasil em 2014 e Adriano de Souza repetiu o feito no ano seguinte.

O havaiano John John Florence ainda conseguiu dois títulos seguidos, em 2016 e 2017, mas depois só deu Brasil. Medina igualou o tricampeonato de Mick Fanning em 2018 e 2021, Italo Ferreira venceu o de 2019 e Filipe Toledo conquistou o quarto consecutivo do Brasil em 2022. Na categoria feminina, Stephanie Gilmore se tornou a primeira mulher a ganhar oito títulos no ano passado, mas está fora do grupo das top-10 no momento. Ela tem duas chances para entrar na lista das que irão continuar no CT, na segunda metade da temporada.

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