Quinta etapa do TOUR começa pela categoria feminina na Austrália

Tatiana Weston-Webb atendendo as fãs após a classificação na quinta-feira (Crédito da Foto: @WSL / Aaron Hughes)Tatiana Weston-Webb atendendo as fãs após a classificação na quinta-feira (Crédito da Foto: @WSL / Aaron Hughes)

O Western Australia Margaret River Pro começou pela categoria feminina, mas só rolou a primeira fase na Austrália. O mar estava muito inconsistente na quinta-feira em Main Break, com ondas de 3-4 pés e ventos fortes, então foi decidido adiar o início da competição masculina. Esta quinta etapa do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2024 vai determinar o corte na elite, a dos homens de 34 para 22 surfistas e de 17 para 10 mulheres. Todos os surfistas da seleção brasileira estão ameaçados e precisam de bons resultados para confirmar suas permanências no restante da temporada.

A brasileira Luana Silva estreou na primeira bateria do campeonato e o dia já começou com poucas ondas boas entrando para dividir entre três competidoras. Luana retornou ao CT este ano e chegou em Margaret River em nono lugar no ranking, em penúltimo na lista das 10 que serão mantidas na elite.

Ela enfrentou uma concorrente direta, a norte-americana Alyssa Spencer, uma das novatas na divisão principal da World Surf League esse ano. Além dela, a finalista nos dois primeiros desafios da temporada no Havaí, que liderava o ranking até a etapa passada em Bells Beach, Molly Picklum. A australiana confirmou o favoritismo e venceu a bateria por 11,33 pontos. Luana e Alyssa só surfaram três ondas e a californiana conseguiu a maior nota, com o 6,33 decidindo sua classificação por 10,66 a 8,67 pontos.

Luana Silva terá uma segunda chance de avançar para as oitavas de final e seguir defendendo sua vaga entre as top-10 na repescagem, contra a costa-ricense Brisa Hennessy e a australiana India Robinson. A brasileira precisa chegar na final em Margaret River para confirmar sua permanência, sem depender de outros resultados. Luana já caiu uma posição e passou a fechar o grupo das top-10, sendo ultrapassada por Lakey Peterson. A californiana venceu o segundo confronto do dia, mandando para a repescagem a vice-líder do ranking, Johanne Defay, da França.

A outra brasileira, Tatiana Weston-Webb, conquistou a última vaga direta para as oitavas de final na bateria que fechou a primeira fase e a quinta-feira na Austrália. Tatiana já foi campeã do Margaret River Pro em 2021, junto com Filipe Toledo, mas passou sufoco em sua primeira apresentação esse ano. Foi mais um confronto de poucas ondas e a australiana Isabella Nichols surfou a melhor, para confirmar a vitória com a nota 6,67 que recebeu.

Isabella é a 13.a do ranking e precisa chegar nas quartas de final para entrar no grupo das top-10, ou seja, tirar a vaga da brasileira Luana Silva. Tatiana Weston-Webb ocupa a sétima posição e confirma seu nome quando passar para as quartas de final também, ou vencer sua próxima bateria em Margaret River. Nos últimos minutos, ela mandou para a repescagem a costa-ricense Brisa Hennessy, que está em sexto no ranking e já garantida entre as top-10 que seguirão disputando o CT até o fim da temporada.

A prova de que foi acertada a decisão de paralisar a competição na quinta-feira, devido a inconsistência do mar, foram os números dos resultados das baterias. A maior nota do dia foi 7,00, que apenas duas surfistas conseguiram. A primeira foi a estreante na elite, Sawyer Lindblad, que nessa onda garantiu o segundo lugar no confronto vencido pela líder do ranking, a também norte-americana Caitlin Simmers. A outra foi a havaiana Bettylou Sakura Johnson, que fez o maior somatório da quinta-feira, 12,33 pontos.

ESTREIA DOS HOMENS – Agora fica a expectativa para o início da competição masculina. O tricampeão mundial Gabriel Medina conquistou o título do Western Australia Margaret River Pro no ano passado e vai estrear na segunda bateria, junto com o Deivid Silva e o vencedor desta etapa em 2022, Jack Robinson. O australiano já está garantido entre os 22 primeiros do ranking que serão mantidos na elite, mas os brasileiros não. Medina ocupa a vigésima posição e o DVD está em 32.o lugar.

Para não depender dos resultados de ninguém, o tricampeão mundial confirma sua permanência se chegar nas quartas de final, então tem que passar três baterias em Margaret River. É a mesma situação do Yago Dora em 16.o no ranking e do campeão olímpico Italo Ferreira em 18.o. Para o Deivid Silva, as chances são mais remotas para escapar do corte. Ele já precisa chegar nas semifinais para entrar nos top-22 e tem que vencer o campeonato para não depender de outros resultados.

Mais três brasileiros estão abaixo da linha do corte, que no momento tem o havaiano Ian Gentil fechando a lista dos 22. Os irmãos Samuel e Miguel Pupo, assim como Caio Ibelli, só conseguem ultrapassar a pontuação do havaiano quando passarem para as oitavas de final. Já para confirmar seus nomes sem precisar de combinações de resultados, os três precisam chegar na grande final do Western Australia Margaret River Pro.

Depois da participação dupla com Gabriel Medina e Deivid Silva, o próximo brasileiro a competir será Italo Ferreira na sétima bateria, com o japonês Kanoa Igarashi e o australiano Callum Robson. Caio Ibelli estreia na oitava, contra o californiano Cole Houshmand e outro australiano, Ryan Callinan. Na nona, tem Yago Dora com o norte-americano Crosby Colapinto e o português Frederico Morais. Na 11.a está Samuel Pupo, com o indonésio Rio Waida e o japonês Connor O´Leary. E na 12.a, Miguel Pupo fecha a primeira fase com o australiano Liam O´Brien e o italiano Leonardo Fioravanti.

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