Peruano Alonso Correa é vice-campeão no QS 5000 de Marrocos

Alonso Correa-PER
(Laurent Masurel / WSL via Getty Images)Alonso Correa-PER (Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

Os peruanos estão começando muito bem a temporada 2020 do World Surf League Qualifying Series. Alonso Correa fez uma final de altíssimo nível no QS 5000 Pro Taghazout Bay, nas ondas excelentes da quinta-feira em Marrocos. Ele destruiu as direitas de Anchor Point com seu ataque de backside, ganhou nota 9,10 na primeira onda, mas o californiano Nat Young foi melhor ainda para vencer por 18,34 a 16,03 pontos. Era o primeiro evento deles no ano e Alonso estreia em 2020 em quarto lugar no ranking, logo abaixo de outro destaque do “Inka Team”, Lucca Mesinas, que já tinha os pontos do quinto lugar no QS 5000 da China.

“Estou superfeliz por ter feito a final neste lugar incrível para competir”, disse Alonso Correa. “Anza e Anchor são ondas incríveis para campeonatos e estou muito feliz por ter vindo para cá. O evento foi em alto nível todos os dias e é para isso que vivemos, para surfar nesse tipo de onda. Foi uma competição fantástica em tudo e espero voltar nos próximos anos”.

Os dois peruanos são os únicos sul-americanos que estão na lista dos dez primeiros do ranking, que se classificam para a elite dos top-34 da World Surf League, após a terceira etapa que terminou com um mar clássico em Anchor Point, para fechar com chave de ouro a estreia do Pro Taghazout Bay no Circuito Mundial. Alonso Correa tinha feito uma semifinal espetacular com o campeão do ranking do WSL Qualifying Series no ano passado, Frederico Morais.

O peruano já estava na frente com notas 7,83 e 7,53, mas o português top do CT 2020, conseguiu 7,80 e 8,50 em duas ondas seguidas, passando a liderar com 16,30 pontos. Só que Alonso mostrou toda a potência do seu backside nas duas últimas que surfou, que valeram 9,60 e 8,73 para se tornar o recordista absoluto do QS 5000 de Marrocos. Alonso foi o primeiro a bater os 18,00 pontos das duas notas 9 do paulista Thiago Camarão na segunda-feira em Anza, outro paraíso de direitas perfeitas em Taghazout Bay.

Na decisão do título, ambos começaram forte, massacrando suas ondas com manobras potentes, sempre buscando a parte mais crítica das direitas, para ganhar suas maiores notas na bateria. Na análise dos juízes, Nat Young superou até a fantástica apresentação de Alonso Correa nas semifinais e sua onda valeu 9,67. O peruano surfou no mesmo nível e recebeu 9,10, mas o americano pegou mais duas ondas seguidas muito boas e ganhou 8,67 na terceira, para bater o outro recorde do Alonso por 1 centésimo, com os 18,34 pontos que atingiu.

Podio em Marrocos (Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

Podio em Marrocos (Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

O máximo que o peruano conseguiu depois, foi 6,93 na sua última onda, terminando com 16,03 pontos nas duas computadas. Com a vitória no Pro Taghazout Bay, Nat Young começa o ano dividindo a liderança do ranking com o campeão do QS 5000 da China, que abriu a temporada na primeira semana de janeiro, o japonês Shun Murakami. Alonso Correa marcou 4.000 pontos e está empatado com o vice-campeão da primeira etapa, o havaiano Keanu Asing. Nat Young fez parte do CT até 2017 e no ano passado ficou em 23.o no ranking do QS.

“Estou muito feliz por começar o ano assim”, disse Nat Young. “Honestamente, só em estar aqui em Marrocos pela primeira vez e surfando ondas como essas em um campeonato, é tudo o que você pode desejar. Acho que nas quartas de final, éramos só nos dois de goofy foots (que surfam com o pé direito a frente da prancha e de costas em ondas para a direita) e essa onda combina com o nosso backhand. Eu e o Alonso (Correa), provavelmente surfamos ondas semelhantes a essas, para a direita, então pudemos fazer nosso melhor na bateria. Foi uma grande final e estou muito feliz por começar o ano com uma vitória”.

Alonso Correa tinha sido o único sul-americano a passar para as quartas de final, que abriram a quinta-feira decisiva do QS 5000 de Marrocos. O também peruano Lucca Mesinas e os brasileiros Willian Cardoso, Thiago Camarão, Victor Bernardo e Rafael Teixeira, perderam nas oitavas de final que fecharam a terça-feira de boas ondas também em Anchor Point. Os cinco terminaram em nono lugar no Pro Taghazout Bay, marcando 1.750 pontos no ranking.

Se passasse para as quartas de final em Marrocos, como no QS 5000 da China, Lucca Mesinas também igualaria os 10.000 pontos do japonês Shun Murakami e estaria dividindo a liderança com ele e Nat Young. Mas, foi barrado pelo sul-africano Shane Sykes, derrota vingada pelo o outro integrante do “Inka Team”, Alonso Correa. Essa bateria foi mais fraca de ondas e as notas 6,83 e 6,10 recebidas pelo peruano em duas ondas seguidas, foram suficientes para vencer a última vaga para as semifinais, por 12,93 a 11,53 pontos do sul-africano.

Próximas etapas – A etapa de Marrocos acabou na quinta-feira e outro QS 5000 já tinha sido iniciado na quarta-feira, o já tradicional Volcom Pipe Pro no Havaí, que elevou seu status esse ano. Também na quarta-feira, começou o QS 1000 Carve Pro na Austrália e na quinta-feira foi iniciado outro QS 1000, o SLO CAL Open em Pismo Beach, na Califórnia. Na semana que vem, ainda tem um QS 1500 nas Ilhas Canárias, antes do Circuito Mundial chegar ao Brasil pela primeira vez em 2020, para o Oi Hang Loose Pro Contest apresentado por Elétron Energy com status QS 5000 na semana de 11 a 16 de fevereiro em Fernando de Noronha.

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