Maria Eduarda Cesar reforça o time Rip Curl com uma pitada de tempero baiano

Maria Eduarda / Foto Pablo JacintoMaria Eduarda / Foto Pablo Jacinto

O time Rip Curl no Brasil ganhou mais um importante reforço da nova geração. Um dos grandes talentos do surf feminino de base, Maria Eduarda Cesar passou a representar a marca a partir da 2ª etapa do CBSurf Rip Curl Grom Search, em Guarujá, no último final de semana, começando muito bem. A surfista que acaba de completar 15 anos já mostrou seu “cartão de visitas”, fazendo duas finais no Brasileiro de Base, com o terceiro lugar na sub16 feminina, para manter a liderança do ranking, e o quarto na disputa acima, a sub18, onde é a vice-líder da categoria.

Ela passa a integrar a equipe que também conta com o maior surfista brasileiro de todos os tempos, o tricampeão mundial Gabriel Medina, seu ídolo, Samuel Pupo, que atualmente disputa o Challenger Series da WSL, em busca de seu retorno à elite mundial, a atual campeã sul-americana WSL, Sophia Medina, o surfista de ondas gigantes e vice-presidente da Confederação Brasileira de Surf, o experiente Paulo Moura e o outro super talento da nova geração, Pablo Gabriel. “Muito especial para mim. Depois dos meus 15 anos, ganhar esse patrocínio da Rip Curl está sendo incrível. Desde pequena eu sempre via Gabriel Medina, Tyler Wright. Estou muito feliz de entrar para essa família”, vibrou Maria Eduarda.

“É um sonho de todo atleta fazer parte de uma marca tão grande como a Rip Curl”, falou a surfista top do CBSurf Rip Curl Grom Search. “Tenho planos de ser campeã brasileira e me classificar para o ISA Games e agora vou contar com mais estrutura para isso. Também tenho o sonho de entrar para a elite mundial de surf e ser campeã representando a Rip Curl”, revelou a atleta, que foi informada do novo patrocinador minutos antes da sua bateria em Guarujá, pelo gerente de marketing e e-commerce da Rip Curl, Fernando Gonzalez. “Isso só meu deu mais incentivo”, destacou.

Surfista desde os três anos de idade e decidida a seguir no surf, a partir dos nove, Maria Eduarda apesar de representar a Bahia nas competições nasceu longe do mar, em Gramado, no interior do Rio Grande do Sul, mas ainda bem pequena seu pai, Eduardo Felippe, decidiu morar na Bahia, e foi onde tudo começou. Eles moram em Serra Grande, no litoral sul do estado, uma pequena cidade entre Ilhéus e Itacaré, com boas ondas. Surfista, o pai colocou a filha em cima da prancha e ela foi pegando jeito.

“Eu a colocava para ver filmes desde pequena. Fui construindo a paixão. Surfo há 40 anos e passei para ela tudo que queria para a minha vida. Antes, o surf não era tão evoluído, tão profissional”, contou Eduardo, que também deu outro passo importante para o futuro da filha. “Quando ela decidiu que queria ser surfista, convidei um amigo meu, que morou dez anos no Havaí para ensinar inglês. Hoje ela fala fluente, que vai ser muito importante para o seu futuro”, relatou o pai.

Maria Eduarda já tem uma trajetória vencedora, apesar da pouca idade. Tricampeã baiana open, campeã baiana sub12 masculino (na época competia com os meninos), terceira no Brasileiro sub14. Neste ano, fez finais nas duas etapas do CBSurf Rip Curl Grom Search, tanto na sub16, com vitória na etapa de abertura, quanto na sub18, na expectativa de garantir vaga para o ISA World Junior Championship.

Outro resultado importante no currículo foi a vitória no 1º Campeonato Caça Talentos, organizado por Adriano de Souza, na Bahia. Então com nove anos, venceu a sub16, quando definiu que seguiria como competidora. “Foi quando realmente decidi. A partir daí, o foco foi total”, contou, mas sem deixar de lado os estudos.

“Quando volto de viagens, tem muita coisa da escola para fazer, recuperar o que perdi. Nunca deixo de estudar. Eu gosto!”, acrescenta Maria Eduarda, que tem Gabriel Medina com ídolo no surf e sua avó paterna, Ivanir, de 78 anos, com referência na vida. “Ela é filha de escravo e índia, tem muita força e me incentiva como mulher. Surfa comigo. Vai para o mar”, completa.

Fernando Gonzalez ressaltou a importância da nova contratação para o time Rip Curl. “Estamos muito felizes em poder ter a “Dudinha” na nossa equipe, em nossa família! Ela vem sendo destaque nas competições de base Brasil afora há alguns anos. É atual líder do ranking no CBSurf Rip Curl Grom Search na categoria sub-16, vice na sub-18 e chega no time para trazer mais diversidade e uma pitada do tempero Baiano à nossa marca”, falou.

“Além da habilidade em cima das ondas e nas competições, sua história fora d´água também é muito impressionante. É uma menina dedicada aos estudos, com inglês fluente desde os 13 anos de idade e ótima aluna. Mora num local com altas ondas na Bahia e possui a família toda ao seu lado, suportando sua decisão de ser surfista profissional. Tenho certeza que vamos conquistar nossos objetivos juntos e que ela vai ser uma ótima representante da Rip Curl dentro e fora d´água”, completou o gerente de marketing e ecommerce na Rip Curl.

 

JOGO RÁPIDO

NOME – Maria Eduarda Andrade Cesar

NASCIMENTO – 07/08/2008, em Serra Grande Bahia

PRAIA ONDE TREINA – Praia da Engenhoca

MELHOR ONDA QUE JÁ SURFOU – Saquarema

ONDA QUE SONHA SURFAR – Nias, Indonésia

PLANO PARA O FUTURO – entrar pra elite mundial de surf

SONHO – Ser campeã mundial

ÍDOLO NO SURF – Gabriel Medina

ÍDOLO NO ESPORTE – Kobe Bryant

ÍDOLO NA VIDA – minha vó (Ivanir, 78 anos)

COMIDA – Sushi

BEBIDA – água

QUANDO NÃO SURFA – estudo, ando de skate e malho

SE NÃO FOSSE SURFISTA, SERIA – modelo ou atriz

OUTRO ESPORTE – basquete

SER ATLETA RIP CURL SIGNIFICA – que eu tenho potencial

IMPORTÂNCIA DOS PAIS – é a base para minha carreira

CHAMPIONSHIP TOUR – meta para o futuro

JOGOS OLÍMPICOS – sonho de qualquer atleta

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