Jadson André e Michael Rodrigues foram os recordistas do sábado

Jadson André estreou fazendo os recordes do sábado na Austrália (Crédito: Matt Dunbar / World Surf League)Jadson André estreou fazendo os recordes do sábado na Austrália (Crédito: Matt Dunbar / World Surf League)

O Boost Mobile Gold Coast Pro abriu o Challenger Series 2022 no sábado de boas ondas de 2-3 pés nas direitas de Snapper Rocks, na Gold Coast, Austrália. Foram realizadas 18 baterias, com quinze dos vinte participantes do Brasil e dois peruanos estreando no primeiro dia. Apenas oito brasileiros e Lucca Mesinas se classificaram, com Jadson André e Michael Rodrigues sendo os recordistas de pontos no sábado, com 17,50 e 17,47, respectivamente.

“É muito bom estar de volta aqui em Snapper Rocks”, disse Jadson André. “Este sempre foi um dos meus lugares favoritos no Tour e a onda é incrível, que eu gosto bastante. Tem muita gente do Brasil que mora na Gold Coast, então sempre sentimos muito apoio da torcida nos eventos aqui. Foi bom pegar algumas ondas boas hoje e poder surfar do jeito que eu queria. A previsão é de que continue assim por alguns dias, então estou animado para a próxima bateria”.

Jadson André está competindo sem qualquer pressão por resultados no Challenger Series, pois conseguiu confirmar sua permanência no CT, com a vitória sobre Kelly Slater na terceira fase do Margaret River Pro. Ele entrou na quinta bateria do sábado, fazendo as marcas a serem batidas no Boost Mobile Gold Coast Pro. Com notas 9,00 e 8,50 nas melhores ondas que surfou, atingiu imbatíveis 17,50 pontos no primeiro dia. Outro brasileiro estreou junto com ele, Edgard Groggia, que acabou eliminado pelo neozelandês Billy Stairmand.

A nota 9,00 do potiguar foi igualada por Imaikalani Devault no confronto seguinte e só foi superada na 11.a bateria, pelo 9,43 que o australiano Jordan Lawler recebeu em outra disputa sem brasileiros. O cearense Michael Rodrigues também conseguiu uma nota maior de 9,00 na 14.a bateria e foi quem chegou mais perto do outro recorde do Jadson André. Ele somou 9,07 com 8,40 para totalizar 17,47 pontos, em outro confronto com participação dupla do Brasil. Michael venceu, mas Robson Santos foi barrado pelo japonês Reo Inaba.

Isso aconteceu cinco vezes no sábado. Na terceira bateria do dia, o indonesiano Rio Waida também impediu uma dobradinha brasileira. Na briga pela segunda vaga para a próxima fase, os aéreos do jovem Mateus Herdy, fizeram a diferença para superar Deivid Silva, um dos tops do CT 2022 que saíram da elite com o novo corte no meio da temporada, implantado esse ano. O DVD, o João Chianca e o peruano Lucca Mesinas, agora têm que tentar recuperar suas vagas pelo Challenger Series.

Mais dois brasileiros competiram juntos na quarta bateria e o resultado se repetiu, com Marco Fernandez ganhando de Jessé Mendes, a disputa pelo segundo lugar na vitória de mais um top do CT cortado da elite, o norte-americano Conner Coffin. O confronto seguinte foi o do Jadson André com Edgard Groggia sendo eliminado. Depois, teve o do Michael Rodrigues com Robson Santos e outro na última bateria do dia, vencida por João Chianca com Peterson Crisanto sendo eliminado pelo mexicano Alan Cleland.

Chumbinho foi um dos destaques da primeira metade do World Surf League Championship Tour, fez as melhores baterias do ano contra o bicampeão mundial John John Florence, porém não conseguiu ficar entre os 22 primeiros do ranking e foi cortado da elite. Ele agora tenta se classificar novamente pelo Challenger Series, como no ano passado. Já seu grande amigo, Samuel Pupo, confirmou a permanência dele e se classificou na bateria que abriu o Boost Mobile Gold Coast Pro no sábado.

Samuca avançou em segundo lugar para a segunda fase, assim como Mateus Herdy na terceira bateria, Marco Fernandez na quarta, Willian Cardoso na nona que o peruano Alonso Correa terminou em último e Thiago Camarão na 15.a. Apenas três brasileiros estrearam com vitórias no Challenger Series 2022, João Chianca e os recordistas Jadson André e Michael Rodrigues. Oito se classificaram, enquanto sete não passaram das suas primeiras baterias na Gold Coast, Deivid Silva na terceira, Jessé Mendes na quarta, Edgard Groggia na quinta, Wesley Leite na 13.a, Robson Santos na 14.a, Ian Gouveia na 17.a e Peterson Crisanto na 18.a e última do dia.

O peruano Lucca Mesinas também começou bem na busca para recuperar sua vaga na elite. Ele despachou o australiano Matt Banting e o havaiano Koa Smith, para avançar em segundo lugar na 16.a bateria, vencida pelo marroquino Ramzi Boukhiam. Lucca Mesinas competiu depois do outro surfista do Peru ser eliminado, Alonso Correa. Já o outro participante da América do Sul na abertura do Challenger Series 2022, o argentino Santiago Muniz, vai estrear na bateria que ficou para abrir o domingo, junto com Alex Ribeiro.

Mais quatro brasileiros vão competir nos confrontos da primeira fase que ficaram para o segundo dia, Eduardo Motta na vigésima bateria, Alejo Muniz na 21.a, Lucas Silveira na 22.a e Matheus Navarro na 23.a. Os que passaram pelo sábado, já estão escalados na segunda fase. Mateus Herdy e Marco Fernandez ficaram juntos na primeira bateria, Samuel Pupo entra na segunda, Jadson André na terceira, Willian Cardoso na sexta, na sétima tem Michael Rodrigues junto com Thiago Camarão e o peruano Lucca Mesinas e João Chianca está na nona bateria.

Na categoria feminina, seis surfistas da América do Sul vão participar do Boost Mobile Gold Coast Pro, quatro brasileiras e duas peruanas. A brasileira Summer Macedo ganhou um convite da World Surf League e vai enfrentar três havaianas na primeira bateria, a vice-campeã do Margaret River Pro, Gabriela Bryan, Zoe McDougall e Keala Kennelly.

Na segunda, estreia a atual campeã sul-americana da WSL Latin America e irmã do tricampeão mundial, Sophia Medina. Depois, tem a peruana Arena Rodriguez Vargas na sexta bateria, as brasileiras Laura Raupp na nona com a bicampeã mundial Tyler Wright e Tatiana Weston-Webb na 11.a, com outra peruana fechando a participação sul-americana, Daniella Rosas na 13.a bateria, encabeçada pela heptacampeã mundial Stephanie Gilmore.

O Challenger Series é o novo caminho para a elite do World Surf League Championship Tour. Em sete das oito etapas confirmadas para 2022, participam 96 surfistas na categoria masculina e 64 na feminina. As duas primeiras serão na Austrália, depois passa pela África do Sul, Estados Unidos, Portugal, França e a do Brasil é a penúltima, com o Corona Saquarema Pro apresentado pelo Banco do Brasil nos dias 5 a 13 de novembro, sendo decisivo na batalha pelas vagas para o CT 2023. Apenas na última etapa, no Havaí, o número de competidores é reduzido para 80 homens e 48 mulheres.

Para definir os dez classificados para completar o grupo dos top-34 que vão disputar o CT em 2023 e as cinco últimas vagas para a elite feminina das top-17, os rankings irão computar apenas os cinco melhores resultados de cada surfista. Os top-34 e as top-17 deste ano, têm participação garantida em todas as oito etapas, mas quem já está garantido para o CT 2023 e terminar entre os dez primeiros colocados, ou entre as cinco melhores do Challenger Series, dispensam a vaga para os próximos dos rankings. Já os que não competirem nos eventos, seus lugares serão ocupados por surfistas convidados pela World Surf League. Quem não é top do CT, para chegar neste novo campo de batalha por vagas na elite, tem que se classificar pelos rankings regionais do Qualifying Series dos sete escritórios da WSL no mundo.

O da WSL Latin America indicou dez homens e quatro mulheres na temporada 2021/2022, encerrada no LayBack Pro apresentado pela Prefeitura de Florianópolis na Praia Mole. Os classificados foram o argentino Santiago Muniz e os brasileiros Michael Rodrigues, Alex Ribeiro, Wilian Cardoso, Eduardo Motta, Wesley Leite, Marco Fernandez, Robson Santos, Matheus Navarro e Raoni Monteiro, que não foi para a Austrália e Jessé Mendes entrou no seu lugar. Na categoria feminina, foram duas brasileiras, a campeã sul-americana Sophia Medina e Laura Raupp, e duas peruanas, Daniella Rosas e Arena Rodriguez Vargas.

Compartilhe.