Início do Tahiti Pro é adiado para a sexta-feira!

Gabriel Medina-SP (Poullenot / WSL via Getty Images)Gabriel Medina-SP (Poullenot / WSL via Getty Images)

O big swell que entrou perfeito na bancada de Teahupoo no último fim de semana, já passou e agora é esperar o próximo para dar a largada no Tahiti Pro apresentado pela Hurley. O prazo da etapa que abre a segunda metade da temporada 2019 do World Surf League Championship Tour, vai até 1.o de setembro e começou na quarta-feira, mas com ondas muito pequenas na bancada mais perigosa do mundo. Na quinta-feira continuará assim e a próxima chamada foi marcada para as 7h00 da sexta-feira na Polinésia Francesa, 14h00 no fuso de Brasília.

Com um retrospecto impressionante nos tubos mais temidos do planeta, o bicampeão mundial Gabriel Medina fez quatro finais nos últimos cinco anos do Tahiti Pro e ganhou duas delas. A primeira foi em 2014, quando bateu o recordista de títulos no Taiti, Kelly Slater, num mar clássico com altos tubos em Teahupoo. No ano seguinte, perdeu a decisão para Jeremy Flores, em 2016 parou nas semifinais e em 2017 o australiano Julian Wilson lhe tirou a vitória nos últimos minutos. Mas, no ano passado, Medina conseguiu seu segundo título contra outro australiano, Owen Wright, que impediu uma final brasileira ao barrar o atual vice-líder do ranking, Filipe Toledo, nas semifinais.

“Eu amo o Taiti e sinto que é um dos melhores eventos para mim”, disse Gabriel Medina. “Eu sempre venho começando as temporadas meio devagar, mas acredito haver boas oportunidades ainda até o final do ano para lutar pelo título. Foi ótimo vencer em J-Bay e o objetivo é sempre de ganhar todos os eventos, todos os anos, então este não é diferente. Eu estou aqui no Taiti há uma semana e já tivemos ondas excelentes para surfar. Estamos ansiosos pelo evento e esperamos que Teahupoo bombe altas ondas”.

O bicampeão mundial vai defender o título no Tahiti Pro e em mais duas das outras quatro etapas que restam para fechar a temporada 2019 do WSL World Tour. No ano passado, ele também ganhou a próxima, o Freshwater Pro na piscina de ondas do Surf Ranch, de 19 a 22 de setembro na Califórnia, além do Billabong Pipe Masters, que fecha o ano nos dias 08 a 20 de dezembro no Havaí.

Medina vem de uma vitória histórica no Corona Open J-Bay da África do Sul, onde desde 1984 nenhum goofy-footer (que surfa com o pé direito à frente da prancha) tinha conseguido vencer surfando de backside (de costas para a onda) as direitas de Jeffreys Bay. O Brasil quebrou esse tabu em dose dupla, na final verde-amarela igualmente inédita na África do Sul, com o potiguar Italo Ferreira, que também tem posicionamento goofy-footer na prancha.

Com a vitória, Medina subiu para o sétimo lugar no ranking e reuniu chances matemáticas de brigar pela lycra amarela do Jeep Leaderboard no Tahiti Pro. Mas, a possibilidade para ele é a mais difícil entre os sete surfistas que vão disputar a liderança em Teahupoo, pois já precisa chegar na final e o número 1, Kolohe Andino, não poderá passar da terceira fase. Além de Gabriel Medina, mais dois brasileiros tentarão tirar o norte-americano da dianteira na corrida pelo título mundial de 2019 no Taiti.

O paulista Filipe Toledo, que mora na Califórnia, é o vice-líder e a disputa entre ele e Kolohe é fase a fase, ou seja, ficará na frente quem obtiver o melhor resultado nos tubos de Teahupoo. O potiguar Italo Ferreira é o quarto colocado e suas chances são iguais ao do japonês Kanoa Igarashi em quinto lugar e do sul-africano Jordy Smith em sexto. Os três só ultrapassam a pontuação atual do líder, Kolohe Andino, se chegarem nas quartas de final.

Dos sete candidatos para vestir a lycra amarela do Jeep Leaderboard no Freshwater Pro na piscina do Surf Ranch em setembro, o primeiro a estrear no Tahiti Pro será justamente o defensor do título. Gabriel Medina foi escalado na primeira bateria com dois novatos na elite que nunca competiram nos tubos de Teahupoo, o paranaense Peterson Crisanto e o australiano Soli Bailey. Nesta rodada inicial, os dois primeiros colocados avançam direto para a terceira fase, mas os últimos terão outra chance de classificação na repescagem.

O sul-africano Jordy Smith entra na segunda bateria com o australiano Adrian Buchan e o potiguar Jadson André. O japonês Kanoa Igarashi está na terceira com dois brasileiros, os paulistas Caio Ibelli e o campeão mundial Adriano de Souza. Na quarta tem o potiguar Italo Ferreira com o havaiano Sebastian Zietz e o francês Kauli Vaast. O vice-líder, Filipe Toledo, estreia na quinta com o francês Joan Duru e o havaiano Tyler Newton. E na sexta, o californiano Kolohe Andino começa a defender a liderança do ranking contra o catarinense Yago Dora e o convidado desta etapa, o taitiano Matahi Drollet.

Os brasileiros são maioria mais uma vez entre os 36 participantes das etapas do WSL World Tour, com doze surfistas escalados para competir no Tahiti Pro. As únicas baterias com participação dupla são as do Medina com o Peterson e do Mineirinho com o Caio Ibelli. Os demais estão sozinhos contra dois adversários de outros países. Oito deles já foram relacionados acima, nos seis primeiros confrontos do desafio nos tubos de Teahupoo.

O estreante na elite deste ano, o paulista Deivid Silva, abre a segunda metade da primeira fase com Kelly Slater e o português Frederico Morais na sétima bateria. Depois, tem o catarinense Willian Cardoso na oitava, o cearense Michael Rodrigues na nona e o paulista Jessé Mendes na 11.a e penúltima da rodada de apresentação dos melhores surfistas do mundo no Taiti.

Compartilhe.