Chloé Calmon perdeu nas semifinais e se manteve em quinto lugar no ranking (Crédito da Foto: @WSL / Ed Sloane)
A norte-americana Soleil Errico e o havaiano Kai Sallas conquistaram os títulos do Bioglan Bells Beach Longboard Classic apresentado por Rip Curl na Austrália. As finais do sábado foram contra a francesa Alice Lemoigne e o australiano Declan Wyton. A brasileira Chloé Calmon começou o último dia ganhando a maior nota do ano na categoria feminina – 8,70 – nas quartas de final, mas perdeu depois para Alice Lemoigne. A vitória na segunda etapa do World Surf League (WSL) Longboard Tour (LT) 2023, valeu a liderança no ranking para Soleil Errico e Taylor Jensen assumiu a ponta no masculino.
Agora só resta mais uma etapa para definir os top-8 e as top-8, que vão decidir os títulos mundiais da temporada no Original Sprout Malibu Longboard Championships, nos dias 3 a 13 de outubro no icônico pico de Malibu Beach para os pranchões, na Califórnia. O grupo de concorrentes aos títulos de 2023, será fechado no Surf City El Salvador Longboard Classic, nos dias 19 a 25 deste mês de setembro nas ondas de El Sunzal, em El Salvador.Com o terceiro lugar na Austrália, Chloé Calmon permaneceu em quinto no ranking, empatada com a havaiana Sophia Culhane, que a carioca derrotou nas quartas de final.
Foi nesta bateria contra Sophia Culhane no Bioglan Bells Beach Longboard Classic, que Chloé Calmon fez a melhor apresentação do ano na categoria feminina. Ela achou uma boa onda em Bells Beach, para ganhar nota 8,70 fazendo uma série de “hang fives” no bico do pranchão com muito estilo e belas curvas e transições. Nas semifinais, Chloé conseguiu seu maior somatório na temporada, 14,44 pontos, com notas 7,67 e 6,67. Mas, a francesa Alice Lemoigne fez o maior placar do campeonato, 15,17, com o 8,00 e 7,17 recebidos nas suas melhores ondas.
Curiosamente, foi também na Austrália onde Chloé Calmon fez os recordes femininos do World Surf League Longboard Tour de 2022. Até agora, ninguém conseguiu superar a nota 9,23 e nem os 17,63 pontos que a brasileira registrou na segunda fase do GWM Sydney Surf Pro nas ondas de Manly Beach. Naquela bateria contra as australianas Tully White e Kirra Molnar, Chloé Calmon surfou mais duas ondas no critério excelente do julgamento, que receberam notas 8,40 e 8,00. Os recordes desse ano são a nota 8,70 da brasileira no sábado e os 16,50 pontos da havaiana Honolua Blomfield e da americana Mason Schremmer na primeira etapa em Huntington Beach, na Califórnia.
CAMPEÃS MUNDIAIS – As duas recordistas de pontos do WSL Longboard Tour 2023, se enfrentaram na abertura das quartas de final do Bioglan Bells Beach Longboard Classic e Honolua derrotou Mason na Austrália. Depois, a tricampeã mundial perdeu por 14,00 a 13,40 pontos, para a bicampeã e defensora do título, Soleil Errico. A decisão da etapa australiana foi mais fraca de ondas e terminou igualmente por uma pequena diferença. A norte-americana assumiu a liderança do ranking, com a vitória sobre a francesa Alice Lemoigne, por 11,97 a 11,70 pontos.
“Isso definitivamente tira um pouco do peso dos meus ombros”, disse Soleil Errico. “O meu objetivo principal era me classificar para Malibu e consegui isso agora, então é uma sensação muito boa que estou sentindo. Estou muito animada por poder competir em Malibu Beach novamente. Definitivamente, vou trabalhar bastante para ter sucesso lá”.
NOVOS RECORDES – Novos recordes na temporada 2023 do WSL Longboard Tour, também foram registrados nas direitas de Bells Beach no sábado. Na quarta de final contra o norte-americano Tony Silvagni, o havaiano Kai Sallas fez a melhor apresentação do ano, aumentando a nota 8,70 da Chloé Calmon para 9,00, que somou com 8,17 para atingir 17,17 pontos. O recordista absoluto era o havaiano Kaniela Stewart, com nota 8,53 e 17,03 pontos nas ondas de Huntington Beach.
Nas semifinais do Bioglan Bells Beach Longboard Classic, Kai Sallas encontrou o tricampeão mundial Taylor Jensen, que tinha feito o maior somatório do campeonato na primeira quarta de final, 16,73 pontos. Os dois travaram uma grande batalha pela primeira vaga na decisão e Kai Sallas levou a melhor sobre o novo líder do ranking, por uma pequena vantagem de 15,40 a 15,17 pontos. O havaiano computou notas 7,73 e 7,67, contra 8,00 e 7,17 da lenda viva, Taylor Jensen.
Na chave de baixo, quem vinha se destacando era o australiano Declan Wyton. Ele começou o dia derrotando o inglês Ben Skinner nas quartas de final por 15,33 pontos, com uma nota 8,43. E venceu o francês Edouard Delpero na semifinal por 15,16 a 14,43, com notas 7,63 e 7,53. Já a decisão do título foi mais fraca de ondas e Kai Sallas conquistou a vitória por uma pequena diferença de 12,77 a 12,34 pontos do Declan Wyton. Kai Sallas agora divide a segunda posição no ranking, com o também havaiano Kaniela Stewart.
“Eu trabalhei bastante, treinando, trabalhando as pranchas e surfando muito, levando tudo isso a sério, para chegar aqui aonde estou hoje”, disse Kai Sallas. “Estou muito feliz. Se existisse um campeonato que eu gostaria de ganhar na minha vida, certamente seria aqui. Esse lugar é incrível, as ondas são fantásticas e estou muito feliz pela vitória”.