Brasil segue forte no Tahiti Pro

Jessé Mendes-SP (Matt Dunbar / WSL via Getty Images)Jessé Mendes-SP (Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

O Brasil quase seguiu com força máxima para a terceira fase do Tahiti Pro Teahupo. Três passaram pela repescagem no domingo de ondas menores, mas com mais tubos nas séries de 3-5 pés para registrar novos recordes na sétima etapa do World Surf League Championship Tour. O paranaense Peterson Crisanto surfou o melhor tubo do campeonato para vencer sua primeira bateria na bancada mais temida do mundo. O paulista Caio Ibelli já tinha passado no confronto anterior, mas na última do dia o californiano Conner Coffin bateu todos os recordes com um tubo nota 8,33 e os 15,43 pontos da vitória sobre dois brasileiros. O paulista Jessé Mendes ficou com a última vaga para a terceira fase, enquanto o cearense Michael Rodrigues acabou sendo a única baixa do Brasil.

Caio Ibelli foi o primeiro brasileiro a competir no domingo de apenas quatro baterias disputadas nas ondas melhores do que no sábado em Teahupoo. Ele teve que batalhar bastante para superar o havaiano Tyler Newton por 8,74 a 6,57 na repescagem vencida pelo australiano Ryan Callinan por 12,50 pontos. Com a passagem para a terceira fase do Tahiti Pro, Caio retomou o 22.o lugar no ranking, que tinha perdido para o francês Joan Duru, e vai enfrentar o novo recordista absoluto, Conner Coffin, no penúltimo duelo da terceira fase.

O paranaense Peterson Crisanto entrou na bateria seguinte e ficou em último lugar até os minutos finais, quando achou um tubaço incrível, ficou entocado lá dentro e saiu limpo para receber nota 8,17 dos juízes, a maior do campeonato até ali. Com ela, Petersinho saltou da terceira para a primeira posição com 11,50 pontos. O taitiano Michel Bourez estava vencendo por 11,33 e o português Frederico Morais acabou sendo eliminado com 10,17.

“Estou muito feliz por ter conseguido surfar um bom tubo na bateria, porque é muito difícil enfrentar um local-hero como o Michel (Bourez) e eu precisava de um high-score (nota alta) pra me classificar”, disse Peterson Crisanto. “A bateria foi meio devagar de ondas e eu estava muito nervoso, porque ontem (sábado) eu já não tinha conseguido surfar nada e ficava pensando se isso iria acontecer de novo. Mas, felizmente veio aquele tubo e eu consegui fazer ele, então estou feliz pela vitória. Eu nunca tinha competido aqui e sei que vem umas bombas por aí, então é me preparar e tentar ficar mais tranquilo na próxima bateria”.

No último confronto do domingo, dois brasileiros disputaram as últimas vagas para a terceira fase e o paulista Jessé Mendes largou na frente com notas 5,00 e 4,60 nas primeiras ondas. O cearense Michael Rodrigues não conseguiu achar as melhores, enquanto o californiano Conner Coffin se encaixou com as séries e passou a surfar um tubo atrás do outro. O primeiro valeu 6,67, o segundo foi bem mais profundo e os juízes deram a maior nota do campeonato para ele, 8,33. Ele ainda surfou outro muito bom no final que recebeu 7,10 para fazer o maior placar do Tahiti Pro apresentado pela Hurley esse ano, 15,43 pontos de 20 possíveis.

Com a combinação dos primeiros resultados do domingo, já foi formado um duelo brasileiro na quinta bateria da terceira fase, entre o potiguar Italo Ferreira que está na briga direta pela ponta do ranking e o campeão mundial Adriano de Souza. Apenas um deles poderá passar para as oitavas de final, assim como no outro confronto direto da 13.a bateria, entre o vice-líder Filipe Toledo e o último classificado do domingo, Jessé Mendes. Já os outros sete brasileiros enfrentarão adversários de outros países.

A terceira fase vai começar com o potiguar Jadson André encarando o número 5 do ranking, Kanoa Igarashi, do Japão. O paulista Deivid Silva entra na segunda bateria com o australiano Adrian Buchan. Depois, vem o duelo verde-amarelo do Italo com o Mineirinho na quinta bateria e na sexta tem o catarinense Willian Cardoso contra o francês Joan Duru. A chave de cima do evento, que vai apontar o primeiro finalista do Tahiti Pro, será fechada com outro catarinense, Yago Dora, enfrentando o vice-campeão mundial Julian Wilson, da Austrália.

Na chave de baixo, a primeira participação brasileira será com o bicampeão mundial Gabriel Medina, fazendo sua segunda defesa do título da etapa taitiana contra o havaiano Ezekiel Lau na 12.a bateria. Na 13.a, tem mais um duelo verde-amarelo do vice-líder do ranking, Filipe Toledo, com o também paulista Jessé Mendes. Peterson Crisanto está na 14.a com o havaiano Seth Moniz e Caio Ibelli na 15.a e penúltima com o californiano Conner Coffin.

A passagem do norte-americano Kolohe Andino para a terceira fase, aumentou a dificuldade para os surfistas que têm chances de lhe tirar a lycra amarela de número 1 do Jeep Leaderboard no Tahiti Pro. A briga com o vice-líder, Filipe Toledo, segue fase a fase, ou seja, ficará na frente quem obtiver o melhor resultado nos tubos de Teahupoo. Os demais terão que conseguir uma posição a mais do que precisavam antes do campeonato.

O potiguar Italo Ferreira em quarto no ranking, o japonês Kanoa Igarashi em quinto e o sul-africano Jordy Smith em sexto, tinham que chegar nas quartas de final para ultrapassar a pontuação do californiano. Agora, só conseguem isso se passarem para as semifinais. Já para Gabriel Medina, o único resultado passou a ser a vitória no Tahiti Pro, onde já foi campeão duas vezes. Além disso, Kolohe Andino não pode passar nenhuma bateria a mais, ou seja, tem que perder para o taitiano campeão da triagem, Kauli Vaast, na terceira fase.

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