Sophia fatura duas categorias

Foto: Divulgação/ Caco Reis/IGMFoto: Divulgação/ Caco Reis/IGM

Com a presença de Gabriel Medina na premiação, Sophia Medina foi o grande destaque da etapa final do Circuito Medina de Surf 2018, encerrada neste domingo (11), na Praia de Maresias, em São Sebastião, em frente ao Instituto Gabriel Medina (IGM). A irmã caçula do primeiro campeão mundial venceu duas categorias no evento e garantiu o título geral na sua faixa etária, a sub13, com 100% de aproveitamento e foi a vice na sub15.

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Outro grande nome da competição foi Murillo Coura, também atleta do Instituto, que faturou o título da sub11, invicto, e bateu todos os recordes do evento, com a melhor nota do final de semana, 9,5 para levar a Rip Curl Best Wave, e a maior somatória, 18,25 pontos. Sob muito sol e poucas ondas, a etapa definiu os campeões da temporada e além de Sophia e Murillo, ergueram os troféus de melhores do Circuito: Diego Aguiar, de Ubatuba, e Isabela Saldanha, de São Sebastião, na sub15; e Guilherme Fernandes, mais um talento que treina no IGM, na sub13 masculina.

A etapa ainda teve como destaques Luana Reis, de São Sebastião, e Ryan Coelho, surfista da equipe do Instituto, que chegaram a duas decisões. Luana foi a segunda na sub13 e a terceira na sub15, enquanto que Ryan foi o quarto na sub11 e sub13. Outra atração foi a participação de quatro surfistas europeus, da equipe Rip Curl, que estão fazendo estágio no IGM. O espanhol Kai Odriozola faturou a sub13 e o português Matias Canhoto foi o terceiro na sub11.

Além das disputas pelas vitórias e títulos, a etapa final contou com uma bateria, para lá de especial, formada por surfistas autistas, sob organização do projeto Onda Azul, empolgando e emocionando o público. A ação contou com vários voluntários ajudando os surfistas nas ondas, entre eles Simone e Sophia Medina. Os 15 surfistas participantes subiram ao pódio e ganharam medalhas e kits oferecidos por Armarinhos Fernando.

Prestigiando a premiação de todas as categorias, Gabriel Medina falou da satisfação e orgulho de ver os resultados práticos de seu projeto. “Obrigado a todos! Mais um final de semana incrível. Estou muito feliz de poder ver o Instituto fazer esse tipo de trabalho. Parabéns a todos envolvidos e aos atletas. É uma honra receber todos vocês aqui, para mim é um orgulho. É um projeto que sempre sonhei com a minha família e poder ajudar essa nova geração e dar oportunidades”, falou Gabriel, ao lado da mãe, Simone Medina.

“Foi mais um circuito bem realizado, graças a vocês. Isso que me motiva a ir para as etapas do Mundial. Estou indo para mais uma disputa de título em Pipeline e, se Deus quiser, vou fazer o meu melhor e vou trazer esse troféu. Só tenho de agradecer a força que me dão. Vou lá e tentar fazer meu melhor”, reforçou o atual líder do ranking da WSL.

Presidente do IGM, Simone Medina também falou da satisfação em colaborar diretamente com o Onda Azul, junto ao Circuito, fazendo uma menção especial às mães dos atletas. “Para mim aqui vocês são as maiores, as melhores e as mais fortes. Deus as escolheu porque ele podia contar com vocês. Não foi à toa. Fazer um campeão saudável, com tudo certo é muito fácil, eu quero ver fazer um campeão na situação de vocês”, elogiou emocionada.

FINAIS

Com poucas ondas, a etapa quase foi adiada, mas a organização decidiu manter as disputas e os atletas garantiram boas performances. A primeira final no mar foi da feminina sub13. Sophia Gonçalves saiu na frente, mas Sophia Medina virou o resultado e confirmou a sua terceira vitória.

“Foi um final de semana incrível. Nunca tinha vencido das categorias nesse Circuito e foi em casa, com a família, meu irmão aqui, meus amigos. Cheguei sem esperar nada, o mar estava difícil, mas achei onda boa, dei meu melhor e surfei bem”, vibrou Sophia, que também foi campeã em 2018 no Rip Curl Grom Search e na estreia da categoria feminina no Hang Loose Surf Attack.

Na sequência foi a vez da sub13, que já tinha definido Gui Fernandes como campeão. Quem surfou melhor foi o espanhol Kai Odriozola. Ele abriu com 6,25 e depois um 7,5, para administrar o resultado. “Foi muito legal vencer aqui, ter mais essa experiência. Esse lugar é incrível”, comemorou Kai. “Não esperava esse título, estava muito difícil e quando os rivais perderam fiquei mais instigado. Foi para terminar bem o ano”, festejou Guilherme Fernandes, que esse ano também foi campeão do Rip Curl Grom Search e vice no Hang Loose Surf Attack.

Depois, as meninas voltaram para o mar. Isabela Saldanha competiu com grande vantagem no ranking para ser campeã e na etapa chegou a liderar, mas Sophia em perfeita sintonia com o mar, conseguiu superar a prima para ter a sua segunda vitória no dia. Para Isabela o título simbolizou a reviravolta na carreira, porque no início do ano, ela chegou a pensar em parar de competir. “Ganhar o Circuito foi muito legal, na frente de casa e agora dei a volta por cima e vou continuar. Quero disputar o QS, seguir adiante”, falou Isabela.

Na categoria sub15, a disputa era entre Diego Aguiar e Ryan Kainalo, mas na final o melhor foi Rodrigo Saldanha, atleta do IGM e conhecedor das ondas locais. Ryan terminou em segundo, mas o terceiro lugar de Diego foi suficiente para levar o título, por uma diferença de apenas dez pontos. “Foi bem difícil essa final, o mar estava com poucas ondas, mas estou amarradão de ser campeão, por ser um circuito forte”, destacou Didi.

Os caçulas fecharam as finais e Murillo Coura, que já havia sido o grande nome no primeiro dia, voltou a surfar bem. “Estou muito feliz. Estava difícil surfar, mas consegui pegar umas ondinhas. E sair campeão, com a melhor nota. Nem esperava sair um 9,5. Felizão”, falou o surfista de 11 anos.

Quem também demonstrava muita felicidade e satisfação era Sandrinha Lamb, uma das coordenadoras do Onda Azul em São Sebastião, pela receptividade do Circuito ao projeto. “Não tenho nem palavras para falar o que foi esse domingo. Quinze surfistas entrando no mar, a Simone, a Sophia ajudando a gente, o Gabriel entregando as medalhas. A Simone dando um depoimento emocionante para as mães. Fantástico”, destacou.

Por Fábio Maradei

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