Atual campeão mundial júnior, Weslley Dantas garantiu a sua primeira vitória no Maresia Paulista de Surf Profissional, neste domingo (30), na Praia Grande, em Ubatuba. Com grandes atuações desde a primeira apresentação, Wiggolly Dantas, o surfista de 19 anos faturou R$ 8 mil, dos R$ 30 de premiação, e assumiu a liderança do Circuito, além de marcar importantes 3 mil pontos no ranking da Abrasp.
Além de Weslley, Geovani Ferreira, o Tchuca, segundo colocado, e Tales Araújo, terceiro, representaram Ubatuba na final, com o baiano de Itacaré, Yagê Araujo em quarto lugar. “Na primeira etapa, em Itamambuca, eu achava que ia ganhar. E vim confiante para esta etapa para dar tudo certo. Treino bastante aqui. É uma onda performance, boa para os aéreos e o meu surf se destacou”, comemorou o novo líder, que ao sair do mar, foi carregado nos ombros por Wiggolly, campeão paulista em 2014. “Há três anos eu carreguei o Guigui no ombro quando foi campeão paulista em Itamambuca e agora ele me levantou. É uma coisa impressionante. Espero estar no WCT e levantar ele e ele me levantar, quando ganharmos etapas. Quero estar om ele lá dentro representado o Brasil”, disse Weslley, único atleta a chegar nas duas finais e agora com 1.730, contra 1.470 pontos de Geovani.
A competição contou com boas ondas de 1 metro e a participação de 93 surfistas de 11 estados. Entre eles, o paranaense Peterson Crisanto, campeão do Circuito em 2016, com 100% de aproveitamento, e neste final de semana o dono da melhor média, 18,85 pontos de 20 possíveis, e da única nota 10. Apesar dos shows de surf, Urso, como é conhecido, parou na semifinal. Leandro Bastos, do Rio de Janeiro, foi outro surfista de fora de São Paulo que foi muito bem e também parou na semi. Na lista dos destaques, Thiago Guimarães, de Peruíbe, o melhor atleta no primeiro dia de disputas, e que mais um ‘barrado’ na semifinal. Na lista dos recordes do evento, Geovani Ferreira garantiu quase uma nota perfeita, com 9,80 pontos, Tales Araújo, teve um 9,65, e Weslley Dantas, 9,5. Mas foi de Peterson Crisanto a grande nota. Nas quartas-de-final, ele fez uma série de manobras fortes, finalizando com um layback, para ter um dez unânime dos juízes.
Na mesma bateria ainda tirou um 8,85 e descartou duas notas 8,5 e uma 7. Tudo isso, sentindo dores na coxa direita por uma contratura sofrida durante a fase anterior. “Doeu bastante, me incomoda. Mas o fisioterapeuta que a Maresia disponibilizou (João Rafael) no evento, que ajudou bastante a amenizar a dor”, disse. Fora da final, Peterson ainda se destacou na Overboard Expression Session, uma bateria sem regras, valendo a manobra mais radical, mais uma grande atração e tradição do evento. Vários surfistas se revezaram na frente, até ele executar a ousada manobra ‘Sex Change’, um aéreo trocando de base no ar, para faturar o prêmio extra de R$ 1.000,00. O público, tanto na areia, quanto na transmissão ao vivo pela internet, também garantiu prêmios nos sorteios realizados pela Maresia.
Por Fábio Maradei