As previsões estão se confirmando e a terça-feira foi mais um dia com o vento maral agindo negativamente na formação dos tubos em Banzai Pipeline. Mas, a expectativa é muito boa para abrir a temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) nesta quarta-feira no Havaí.
A seleção brasileira da WSL está preparada para iniciar a corrida pelo oitavo troféu de campeão mundial esse ano. O Brasil vem dominando o esporte na última década, conquistando 7 dos 9 títulos disputados, desde que Gabriel Medina colocou o país na Galeria de Campeões da World Surf League em 2014. O segundo já veio no ano seguinte, com Adriano de Souza. O havaiano John John Florence ainda conseguiu o bicampeonato em 2016 e 2017, mas depois só deu Brasil!
O fenômeno Gabriel Medina também foi bicampeão em 2018 e Italo Ferreira impediu o tri vencendo a decisão brasileira no Pipe Masters em 2019. Mas, Medina conquistou seu terceiro título em 2021, em outra final verde-amarela na estreia do WSL Finals com Filipe Toledo, que se tornou o primeiro brasileiro bicampeão consecutivo, em 2022 e 2023. No ano passado, o Brasil já igualou um feito dos Estados Unidos na história do Circuito Mundial, que ganhou 5 títulos seguidos com Kelly Slater, de 1994 a 1998.
Agora, a seleção brasileira de 2024 vai tentar ultrapassar esta marca e se aproximar do recorde da Austrália, que venceu 7 títulos consecutivos no início do Circuito Mundial, com Wayne Bartholomew em 1978, Mark Richards sendo tetracampeão de 1979 a 1982 e Tom Carroll bicampeão em 1983 e 1984. O time para buscar o sexto título seguido do Brasil, é formado pelos já campeões Gabriel Medina, Filipe Toledo e o primeiro medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira, além de João Chianca, Yago Dora, Caio Ibelli, os irmãos Miguel e Samuel Pupo e a novidade na seleção deste ano, Deivid Silva.
Mas, a Austrália e os Estados Unidos se reforçaram para tentar acabar com a hegemonia brasileira esse ano. O Brasil repete a maioria na elite dos top-34 no CT 2024 com 9 surfistas, contra 6 australianos e 6 norte-americanos, mesmo número de havaianos, que representam sua bandeira no Circuito Mundial e não a dos Estados Unidos. A lista é completada por 2 surfistas da África do Sul, 2 do Japão, 1 de Portugal, 1 da Itália e 1 da Indonésia.
Nestas duas primeiras etapas do Havaí, a seleção brasileira da WSL estará desfalcada de João Chianca, o Chumbinho, que permaneceu em casa em Saquarema, se recuperando do acidente sofrido no final do ano passado nos mesmos tubos de Banzai Pipeline. Com isso, o Brasil terá então 8 surfistas e entra um de Marrocos, Ramzi Boukhiam, para substituir o número 4 do mundo em 2023. Agora é só esperar a batalha começar no templo sagrado do esporte.