Distante cerca de 75 quilômetros do litoral e considerada a maior cidade do Hemisfério Sul, São Paulo compete com as principais surf cities do mundo (Los Angeles – EUA – e Rio de Janeiro) pelo protagonismo no que se refere ao lifestyle da praia, embora tenha caráter genuinamente cosmopolita.
Esse protagonismo reluz em várias vertentes do segmento, como na indústria de confecção e no varejo, e resulta também em um circuito forte e exclusivo para moradores da região.
Logo de cara, os números do SP Contest impressionam, assim como essa cidade conhecida superlativos. A começar pela longevidade de quase duas décadas, precisamente há 16 anos, o circuito percorre todo litoral paulista totalizando mais de 500 participantes.
Diferente da maioria do litoral brasileiro, 90% consumidor de São Paulo (e também do Rio de Janeiro) é praticante do surfe, segundo pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Na linha de frente do circuito está Eduardo Nascimento, idealizador do evento e presidente da Associação de Surf da Grande São Paulo, que atua em parceria com empresas líderes do segmento. Pelo quarto ano consecutivo, a rede de lojas Surf Trip – pertencente ao grupo formado ainda pelas redes KYW e Super Tubes, além de as marcas MCD e …Lost, consideradas Top of Mind do mercado. “São empresas que mesmo com a retração do mercado seguem investindo no esporte”, explica Marcio Bernardinello, proprietário da rede de lojas.
Embora o mercado esteja retomando o fôlego, os números no que se refere ao segmento são expressivos. O Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae apontam três milhões de praticantes de surfe no Brasil e 30 milhões de consumidores de surfwear. Com um crescimento médio de 10% ao ano, o faturamento desta indústria é R$ 9 bilhões (7% do produto interno bruto, sem incluir os setores de equipamentos e acessórios – chegando a 13%). O segmento responde por 15% da produção da indústria têxtil, em conjunto com moda urbana (streetwear) e moda praia (beachwear).
Por Nancy Geringer