Silvana Lima se destaca na abertura do WSL Challenger Series 2023 na Austrália

Silvana Lima começou bem a busca por vaga para retornar a elite do CT (Crédito da Foto: @WSL / Andrew Shield)Silvana Lima começou bem a busca por vaga para retornar a elite do CT (Crédito da Foto: @WSL / Andrew Shield)

O Boost Mobile Gold Coast apresentado por GWM abriu o World Surf League (WSL) Challenger Series 2023 nesta terça-feira e Silvana Lima se destacou nas direitas de Snapper Rocks, em Queensland, na Austrália. A cearense fez os recordes femininos – nota 8,00 e 14,33 pontos – do dia e a peruana Sol Aguirre também avançou para a segunda fase. Na primeira fase masculina, seis surfistas da América do Sul estrearam e apenas três passaram suas baterias, o peruano Miguel Tudela e os jovens brasileiros Ryan Kainalo de 17 anos de idade e Leo Casal com 18.

A próxima chamada para a continuação do evento, que dá a largada na disputa por vagas para a elite do World Surf League Championship Tour (CT), foi marcada para as 7h15 da quarta-feira na Austrália, 18h15 da terça-feira no Brasil. A competição pode ser assistida ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo e Youtube da WSL. O prazo do Boost Mobile Gold Coast apresentado por GWM foi aberto no sábado, mas somente na terça-feira as ondas apareceram em Snapper Rocks, com séries de 2-3 pés para iniciar a competição.

No primeiro dia, foram realizadas as 16 baterias das primeiras fases, começando pelas 8 da categoria feminina, depois as 8 da masculina. A primeira participação sul-americana foi logo no segundo confronto da terça-feira, com a equatoriana Dominic Barona terminando em último lugar. No terceiro, entraram duas sul-americanas para disputar duas vagas para enfrentar as cabeças de chave que estreiam na segunda fase e somente uma se classificou.

O maior nome do surfe feminino do Brasil em todos os tempos, a duas vezes vice-campeã mundial, Silvana Lima, mostrou a potência do seu frontside nas direitas de Snapper Rocks e fez os recordes femininos do dia, com a nota 8,00 que recebeu em sua melhor onda e os 14,33 pontos que totalizou. No entanto, a peruana Daniella Rosas acabou sendo eliminada pela havaiana Moana Jones Wong. Foi em Snapper Rocks, onde Silvana ganhou uma nota 10 completando um aéreo reverse incrível, em uma etapa do CT na Gold Coast anos atrás.

“Eu tenho uma grande história com este lugar e é ótimo estar de volta aqui, depois de tanto tempo”, disse Silvana Lima. “Tem muitos brasileiros que moram aqui na Gold Coast, então eles sempre nos dão muito apoio durante as baterias. Para mim, Snapper é uma das melhores ondas do mundo, então é um grande prazer competir aqui. Eu me senti superbem na bateria, mas sinto que posso fazer melhor ainda, então já estou ansiosa para competir mais vezes nestas ondas perfeitas”.

Com a vitória, Silvana Lima vai enfrentar as cabeças de chave da terceira bateria na segunda fase do Boost Mobile Gold Coast Pro, as australianas Sophie McCulloch e India Robinson, que também já fizeram parte da elite mundial do CT. A japonesa Nanaho Tsuzuki é a outra adversária. Já a peruana Sol Aguirre, passou em segundo no confronto vencido pela francesa Tessa Thyssen e foi para a sexta bateria da segunda fase, da norte-americana Alyssa Spencer, da francesa Vahine Fierro e da carioca Carolina Mendes, que compete representando Portugal, onde mora há muitos anos.

Depois das mulheres estrearem no Challenger Series 2023, foi iniciada a primeira fase masculina do Boost Mobile Gold Coast Pro na terça-feira em Snapper Rocks. Apenas dois surfistas conseguiram ultrapassar os 14,33 pontos da Silvana Lima, com os novos recordes sendo registrados logo nas primeiras baterias. O japonês Hiroto Ohhara chegou a igualar o somatório da brasileira no primeiro confronto masculino do dia. No segundo, o sul-africano Adin Masencamp atingiu 15,17 pontos com uma nota 8,00. E no terceiro, o australiano Sheldon Simkus somou a maior nota do campeonato – 8,50 – na vitória por 14,83 pontos.

LÍDER DO CT – A participação sul-americana começou na bateria seguinte, com o jovem Ryan Kainalo, de apenas 17 anos de idade, eliminando os australianos Jordan Lawler e Cooper Davies na disputa pelo segundo lugar. O vencedor foi John Mark Tokong, das Ilhas Filipinas. Ryan Kainalo acabou completando a oitava bateria da segunda fase, encabeçada pelo melhor surfista do mundo esse ano, o líder do CT 2023, João Chianca. Os dois vão enfrentar o australiano Joel Vaughan e o norte-americano Jett Schilling.

Depois de Ryan Kainalo, apenas mais dois surfistas da América do Sul se classificaram, com o peruano Miguel Tudela e o brasileiro Leo Casal estreando com vitórias no Boost Mobile Gold Coast Pro apresentado por GWM. Na bateria do Miguel Tudela, o chileno Guillermo Satt perdeu para o havaiano Shion Crawford, a briga pela segunda vaga. E na do Leo Casal, Rafael Teixeira também foi eliminado em terceiro lugar, enquanto Ian Gouveia ficou em último na bateria dele.

14 SUL-AMERICANOS – Na segunda fase, serão 14 sul-americanos disputando classificação em 11 das 16 baterias, os 3 que passaram pela rodada inicial e 11 que fazem parte da lista dos 48 cabeças de chave, o peruano Lucca Mesinas e 10 brasileiros. Dois estão na primeira bateria, Caio Ibelli e Lucas Silveira. Depois, tem Alejo Muniz na quinta e Jadson André na sétima, voltando a competir depois da contusão em Pipeline. A oitava é a do João Chianca e do Ryan Kainalo. Miguel Tudela, que também passou pela primeira fase, entra na nona bateria.

Na 11.a, tem dois cabeças de chave do Brasil, Samuel Pupo iniciando a busca para recuperar a vaga no CT perdida no corte do meio da temporada e Edgard Groggia. O peruano Lucca Mesinas está na 12.a bateria, Deivid Silva na 13.a e na 14.a tem Michael Rodrigues, que também foi cortado da elite em Margaret River. Leo Casal estreou com vitória na terça-feira e foi para a 15.a bateria e Mateus Herdy entra na 16.a e última da segunda fase.

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