Previsões de ondas gigantes na Austrália

Gabriel Medina / Foto Cait Miers
Gabriel Medina / Foto Cait Miers

As previsões indicam que um swell (ondulação) enorme está encostando na região ocidental da Austrália neste fim de semana e o Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona deve começar com as maiores ondas da temporada. Os melhores surfistas do mundo já se preparam para competir em morras de 12-18 pés de altura em Main Break ou The Box, que só quebra com ondas grandes. O prazo desta quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2021 começa domingo na Austrália, noite de sábado no Brasil. O evento será transmitido ao vivo pelo Site, Facebook, Youtube e aplicativo da WSL e pelos canais da ESPN Brasil.

Alguns destaques do surfe mundial estiveram na cerimônia de abertura do Boost Mobile Margaret River Pro respondendo perguntas dos jornalistas, como o bicampeão mundial Gabriel Medina. Ele volta a vestir a lycra amarela de número 1 da World Surf League, depois de vencer o Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona, em sua quarta final seguida no Championship Tour. Medina foi finalista nas três primeiras etapas de 2021 e na que decidiu o título mundial de 2019 no Havaí. Ele igualou um recorde de Kelly Slater em 2010, com a diferença de que as quatro finais do onze vezes campeão mundial foram no mesmo ano.

“Eu nunca consegui um bom resultado aqui em Margaret River, mas estou confiante para tentar manter o ritmo deste forte começo temporada que tive até agora”, disse Gabriel Medina. “Estou ansioso para ver como ficarão as ondas que estão chegando para o evento. Eu não gosto de baterias que todos não tenham oportunidade de surfar, então com ondas sólidas todos podem ter chances de mostrarem o seu surfe. Eu estou pronto para tudo, não tenho medo de nada e só procuro ter um bom desempenho nas baterias. Só quero jogar o jogo, sempre buscando um bom resultado”.

Esta etapa entrou no calendário do World Surf League Championship Tour em 2014, no ano que Gabriel Medina foi campeão mundial e conquistou seu melhor resultado nas ondas de Margaret River, quinto lugar. Depois, não passou nenhuma bateria em 2015, ficou em nono lugar em 2016, em último novamente em 2017 e na 17.a posição em 2019. Em 2018, o evento só iniciou em Margaret River, mas foi cancelado pela presença de tubarões e terminou em Uluwatu, na Indonésia. Medina vai estrear no Boost Mobile Margaret River Pro na sexta bateria, junto com o também campeão mundial Adriano de Souza, único surfista da seleção brasileira a vencer esta etapa, derrotando John John Florence na final de 2015, no ano que conquistou o título mundial.

Ao contrário de Medina, o havaiano possui o melhor retrospecto nas ondas da Austrália Ocidental, entre todos os top-34 do CT 2021. Ele perdeu essa decisão de 2015 para Mineirinho, mas ganhou as duas últimas edições da etapa de Margaret River em 2017 e 2019 e já havia vencido lá em 2012, quando era um evento do WSL Qualifying Series. John John começou a temporada 2021 com vitória sobre Medina na final do Billabong Pipe Masters. Mas, não foi bem nas duas primeiras etapas da “perna australiana” e foi ultrapassado por Medina e pelo atual campeão mundial, Italo Ferreira, caindo para o terceiro lugar.

“Estou muito feliz por estar de volta a Western Australia”, disse John John Florence. “Tenho boas lembranças daqui e é um lugar que realmente combina com o meu surfe. Parece que as ondas estarão bem grandes nos primeiros dias da janela do evento, o que é empolgante para mim. Esperamos que dê boas ondas para surfar em cada local (Main Break e The Box), mas a expectativa é de que teremos um grande evento”.

Entre as mulheres, a brasileira Tatiana Weston-Webb também vem conseguindo bons resultados nas ondas de Margaret River. Ela ficou em quinto lugar nas quartas de final na primeira vez que competiu lá em 2015, chegou as semifinais em 2016 e foi vice-campeã na última etapa em 2019, na final com a norte-americana Lakey Peterson.

A gaúcha também ficou perto da vitória na segunda prova da “perna australiana”, mas perdeu o título do Rip Curl Narrabeen Classic para a californiana Caroline Marks. Mesmo assim, subiu para o terceiro lugar no ranking 2021 da World Surf League, voltando ao grupo das top-5 que vão disputar o título mundial no Rip Curl WSL Finals.

Esta é a batalha principal para esse ano. O caminho para o Rip Curl WSL Finals passa por nove etapas e serão computados os sete melhores resultados no ranking que vai definir as cinco vagas de cada categoria. A decisão dos títulos mundiais do World Surf League Championship Tour 2021 está marcada para a primeira semana de setembro nas ondas de alta performance de Lower Trestles, na Califórnia, Estados Unidos.

Após as três primeiras etapas, as que estão se classificando são as americanas Carissa Moore e Caroline Marks, a brasileira Tatiana Weston-Webb em terceiro lugar e as australianas Tyler Wright e Stephanie Gilmore. Entre os homens, o Brasil encabeça o ranking com Gabriel Medina em primeiro e Italo Ferreira em segundo, seguidos pelo havaiano John John Florence e o japonês Kanoa Igarashi empatado em quarto lugar com o americano Conner Coffin, finalista na vitória de Medina no Rip Curl Narrabeen Classic em Sidney.

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