Luana Silva e Daniella Rosas estão nas oitavas de final do EDP Vissla Pro Ericeira

Luana Silva segue na busca pelo bicampeonato no EDP Vissla Pro Ericeira (Crédito da Foto: © WSL / Laurent Masurel)Luana Silva segue na busca pelo bicampeonato no EDP Vissla Pro Ericeira (Crédito da Foto: © WSL / Laurent Masurel)

A brasileira Luana Silva e a peruana Daniella Rosas, passaram para as oitavas de final da etapa portuguesa do World Surf League (WSL) Challenger Series. Elas venceram suas baterias na tarde da quinta-feira só de competição feminina em Ribeira D´Ilhas. Luana segue defendendo o título do EDP Vissla Pro Ericeira e Daniella já faz seu melhor resultado no circuito de acesso para o WSL Championship Tour. Nesta sexta-feira, seis brasileiros e um peruano vão disputar classificação para as oitavas de final, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com. A primeira chamada será as 7h30 em Portugal, 3h30 da madrugada no Brasil.

Depois de um dia parado por falta de ondas, um novo swell chegou na quinta-feira e a expectativa é de altas ondas para os próximos dias, no pointbreak de direitas de Ribeira D´Ilhas, na Reserva Mundial de Surfe de Ericeira. Mas, o dia ainda amanheceu sem boas condições. A comissão técnica do EDP Vissla Pro Ericeira ficou aguardando melhorar e decidiu só realizar as oito baterias da segunda fase feminina, começando as 14h45 em Portugal.

A atual campeã da etapa portuguesa do WSL Challenger Series, Luana Silva, competiu na terceira bateria do dia e não começou bem. A brasileira está em nono lugar no ranking e enfrentou a oitava colocada, Teresa Bonvalot. Então, era um confronto direto por vagas no grupo das top-5, que se classifica para a elite do CT 2023. A portuguesa largou na frente com nota 6,50, mas Luana assumiu a ponta com o 7,00 recebido em sua segunda onda.

Teresa retomou a dianteira com 5,83 na terceira que surfou, enquanto a brasileira falhou em duas seguidas. A surfista de Barbados, Chelsea Tuach, chegou a ficar entre as duas primeiras que avançariam para as oitavas de final, com notas 5,00 e 5,07. Até Luana Silva achar uma direita boa, que abriu mais parede para ela combinar batidas e rasgadas de frontside, que arrancaram nota 7,37 dos juízes. Com ela, venceu a bateria por 14,37 pontos e Teresa Bonvalot passou em segundo com 12,33. Chelsea Tuach terminou em terceiro com 10,07 e a portuguesa Mafalda Lopes ficou em último com apenas 3,20 pontos.

“Fiquei um pouco nervosa no início da bateria, mas eu sabia que podia me classificar se surfasse bem”, disse Luana Silva. “Aí consegui aquela nota 7,00, depois errei algumas ondas, mas consegui fazer outro 7 e pouco, que me deixou mais tranquila. Eu não passei dessa fase nos dois últimos eventos, então estou feliz por ter avançado. Estou me sentindo bem, com confiança, surfando bem e mais animada com a previsão das ondas, que está boa pra mim. Quero agradecer todo mundo do Brasil pela torcida e vamos pra próxima”.

Luana Silva agora vai enfrentar a sul-africana Sarah Baum, no terceiro duelo das oitavas de final. Se passar, pode voltar a competir contra a portuguesa Teresa Bonvalot, ou com a norte-americana Caitilin Simmers, que lidera o ranking do Challenger Series. As duas disputarão a bateria seguinte a da brasileira. Já a outra representante da América do Sul, Daniella Rosas, está na chave de baixo, que vai apontar a segunda finalista do EDP Vissla Pro Ericeira.

Daniella Rosas com a também peruana Arena Rodriguez Vargas (Crédito da Foto: © WSL / Damien Poullenot)

Daniella Rosas com a também peruana Arena Rodriguez Vargas (Crédito da Foto: © WSL / Damien Poullenot)

A peruana teve uma bateria mais tranquila na quinta-feira, garantindo a vitória nas primeiras ondas que surfou. Daniella acertou as manobras, atacando os pontos mais críticos das ondas, para ganhar notas 6,50 e 6,00 logo no início. Ninguém conseguiu superar os 12,50 pontos que totalizou e a espanhola Ariane Ochoa passou em segundo com 11,60. As duas despacharam as australianas que eram as favoritas, por estarem mais próximas da briga por vagas no G-5, Zahli Kelly e a ex-top do CT, Bronte Macaulay.

“Nossa, não estou nem acreditando, porque era uma bateria muito difícil. A Bronte sempre ganha de mim e as outras meninas também surfam muito bem. Mas, fiz o meu melhor e estou feliz por ter avançado”, disse Daniella Rosas. “Eu tive sorte de pegar boas ondas no início e acabei fazendo uma bateria incrível. Ainda estou tentando entender essas ondas, que são bem complicadas. Mas, minhas pranchas estão ótimas, estou me sentindo bem confiante e espero que continue assim. Nesses dias sem competição, fui para Lisboa com minhas amigas fazer um turismo. Eu adoro a Europa e estou curtindo bastante o meu tempo aqui”.

Essa foi a primeira vez que Daniella Rosas chega nas oitavas de final em etapas do WSL Challenger Series. Com a classificação na quinta-feira, a peruana já subiu do 47.o para o 29.o lugar no ranking, ficando apenas 100 pontos abaixo da brasileira Summer Macedo. Sua adversária no sexto confronto das oitavas de final é a havaiana Zoe McDougall, que divide o nono lugar no ranking com a brasileira Luana Silva, que defende o título desta etapa.

Um peruano também vai tentar chegar nas oitavas de final do EDP Vissla Pro Ericeira nessa sexta-feira. Assim como Luana Silva, Lucca Mesinas começou o ano na elite do CT, mas saiu no corte da metade da temporada. Ele e o brasileiro Matheus Navarro, disputarão duas vagas com o francês Maxime Huscenot, na segunda bateria da terceira fase. Na primeira, Michael Rodrigues defende a última vaga no grupo dos dez que se classificam para o CT 2023, contra o havaiano Ian Gentil e Te Kehukehu Butler, da Nova Zelândia.

Além de Michael Rodrigues e Matheus Navarro, mais quatro brasileiros vão brigar por vagas nas oitavas de final na manhã dessa sexta-feira, que promete ser de altas ondas em Ribeira D´Ilhas. Deivid Silva está na terceira bateria, com o australiano Ryan Callinan e o mexicano Alan Cleland. Na sexta, tem Edgard Groggia e Willian Cardoso tentando uma dobradinha verde-amarela sobre o australiano Jacob Willcox. E Lucas Silveira disputa as últimas vagas com o francês Joan Duru e o espanhol Adur Amatriain.

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