Carissa Moore é Tetra

Carissa Moore
(Cat Miers / WSL via Getty Images)Carissa Moore (Cat Miers / WSL via Getty Images)

A havaiana Carissa Moore conquistou seu quarto título mundial no World Surf League Championship Tour 2019, nas quartas de final do lululemon Maui Pro nesta segunda-feira no Havaí. O tetracampeonato foi confirmado quando a heptacampeã Stephanie Gilmore, derrotou a californiana Carolline Marks nas ondas de 4-6 pés em Honolua Bay, na ilha de Maui. Depois, a australiana carimbou a faixa de Carissa Moore nas semifinais e venceu o lululemon Maui Pro, no outro confronto de campeãs mundiais que fechou a última etapa do ano, com Tyler Wright. A brasileira Tatiana Weston-Webb perdeu para Tyler nas semifinais e dividiu o terceiro lugar com Carissa Moore, subindo para o sexto lugar no ranking final de 2019.

“Eu só estava tentando manter meu foco e as emoções sob controle, mas é uma loucura ser campeã mundial de novo”, disse Carissa Moore. “É incrível, porque foram anos de muito trabalho, anos de aprendizado e de crescimento. Cada título foi um pouco diferente e este, talvez, tenha sido o mais difícil. Disputar o título com a Caroline (Marks) e a Lakey (Peterson) foi incrível. As duas realmente me pressionaram e eu não estaria aqui sem a minha equipe de trabalho, então agradeço a todos e estou muito feliz em poder compartilhar isso com eles, com minha família e com meus amigos que estão aqui”.

Carissa Moore entra agora, para um seleto grupo das surfistas que conquistaram quatro títulos mundiais na World Surf League. Eram cinco, as australianas recordistas com sete cada, Stephanie Gilmore e Layne Beachley, as norte-americanas Lisa Andersen e Freida Zamba e a sul-africana Wendy Botha. A surfista de Honolulu tem 27 anos e vai participar de um momento histórico, da estreia do surfe nas Olimpíadas de Tokyo 2020, representando os Estados Unidos junto com a vice-campeã mundial de 2019, Caroline Marks, de 17 anos apenas.

“Eu sonhei com este momento por muito tempo”, continuou Carissa Moore. “Seguir os passos do Duke (Kahanamoku, surfista havaiano que disputou natação numa Olimpíada), me dá até arrepios só de pensar nisso. Mas será, certamente, muito especial para mim. Espero poder levar nosso espírito Aloha para Tóquio e fico realmente orgulhosa e honrada, em representar os Estados Unidos e o Havaí nas Olimpíadas”.

A havaiana tinha sido a melhor surfista do mundo em 2011, 2013, 2015 e conquista seu quarto título com um incrível índice de 74,9% de aproveitamento, nas oito etapas computadas no Jeep Leaderboard da WSL. Os dois piores resultados que Carissa descartou, foram os que ela perdeu nas quartas de final, de Bells Beach (AUS) e de Keramas (IDN). Ela somou as vitórias no Corona J-Bay Open da África do Sul e no Roxy Pro France, os segundos lugares nas finais da Gold Coast (AUS) e no Oi Rio Pro de Saquarema (RJ) e mais quatro terceiros lugares nas semifinais de Margaret River (AUS), do Surf Ranch (EUA), Portugal e agora em Maui.

Vagas nas Olimpíadas – A relação das oito classificadas pelo ranking da World Surf League, foi finalizada no lululemon Maui Pro. Silvana Lima vai representar o Brasil, junto com Tatiana Weston-Webb. Caroline Marks tirou a vice-liderança no ranking de Lakey Peterson em Honolua Bay e a segunda vaga no time dos Estados Unidos, para ir para o Japão junto com a agora tetracampeã mundial, Carissa Moore.

Além delas, também vão participar da estreia do surfe como esporte olímpico em Tóquio, Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons pela Austrália, Johanne Defay pela França e Brisa Hennessy pela Costa Rica. Entre os homens, são dez que se classificam e os três brasileiros que vão brigar pelo título mundial no Billabong Pipe Masters, também disputam as duas vagas do Brasil para as Olimpíadas, Italo Ferreira, Gabriel Medina e Filipe Toledo.

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