Brasileiros são maioria entre os finalistas na Espanha

Jadson André-RN (Laurent Masurel / WSL via Getty Images)Jadson André-RN (Laurent Masurel / WSL via Getty Images)

O QS 10000 Abanca Galicia Classic Surf Pro teve um longo dia de competição na quinta-feira (5) de condições desafiadoras para competir nas ondas de 4-6 pés na Playa Pantin, em La Coruña, na Espanha. Foi realizada toda a terceira fase e metade da rodada classificatória para as oitavas de final, com três brasileiros já conquistando suas vagas, o potiguar Jadson André que retomou a ponta do ranking do WSL Qualifying Series e os paulistas Jessé Mendes e Deivid Silva, que usou os aéreos para ganhar as duas maiores notas do dia, 9,07 e 9,40. Mais quatro paulistas estão na segunda metade da quarta fase, que vai abrir a sexta-feira (6), Alex Ribeiro e Marcos Correa na primeira bateria do dia e os irmãos Miguel e Samuel Pupo na terceira.

Os brasileiros são maioria com sete surfistas entre os vinte que continuam na disputa do título do QS 10000 da Espanha, contra cinco australianos, três franceses, dois norte-americanos, um português, Frederico Morais, um sul-africano e um da Costa Rica. O argentino Leandro Usuña tinha completado uma dobradinha sul-americana com Jessé Mendes na terceira fase, mas foi eliminado depois pelo francês Timothee Bisso e pelo australiano Matt Banting na primeira disputa por duas vagas nas oitavas de final, ficando em 17.o lugar no Galícia Surf Classic Pro.

Entre os brasileiros, os primeiros a se classificar foram os tops da elite do CT, Jadson André e Jessé Mendes. O potiguar já defendia a liderança do ranking nesta sua segunda participação na quinta-feira. Na primeira, ele ganhou uma bateria com três brasileiros, mas o australiano Matt Banting acabou eliminando os outros dois, o paranaense Peterson Crisanto e o baiano Marco Fernandez. A dobradinha brasileira foi concretizada depois, com Jessé Mendes, que venceu mais uma e Jadson passou em segundo lugar, despachando o francês Charly Quivront.

A disputa seguinte foi bem mais intensa e o paulista Deivid Silva, também da elite do CT, teve que arriscar tudo em um aéreo full-rotation que arrancou a maior nota do dia dos juízes, 9,40. Com ela, superou o francês Gatien Delahaye por 15,67 a 14,30 pontos, mas não conseguiu tirar a vitória do californiano Jake Marshall por 16,10, somando 8,17 com 7,93. Isso já tinha acontecido com Deivid na bateria anterior, quando também teve que tirar a maior nota da bateria, 9,07, para avançar em segundo na vitória do havaiano Imaikalani Devault. Foi nessa que caiu o francês Jorgann Couzinet, que liderava o ranking.

“Eu não tive escolha, a não ser arriscar ao máximo para me classificar”, disse Deivid Silva. “O Jake (Marshall) começou forte (com notas 7,00 e 8,17) e o Gatien (Delahaye) estava surfando muito bem também, então eu tive que fazer algo grande, diferente. Eu lembro de já ter conseguido uma nota 10 aqui há alguns anos e sabia que era quase isso que eu precisava pra passar. Eu treino bastante nesse tipo de onda e estou feliz por ter conseguido esse notão. A onda foi perfeita e o vento segurou a prancha nos meus pés até completar a manobra”.

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