Brasil na briga do título no Havaí no segundo evento da Tríplice Coroa

Jessé Mendes-SP
(Tony Heff / WSL via Getty Images)Jessé Mendes-SP (Tony Heff / WSL via Getty Images)

Um novo swell chegou no North Shore da Ilha de Oahu no último domingo, bombando ondas de 10-12 pés para o retorno da Vans World Cup em Sunset Beach, com altos tubos e grandes paredes para as manobras das principais estrelas que estrearam na terceira fase, já disputando vagas para as oitavas de final. Um total de quinze sul-americanos competiu em dez das dezesseis baterias e seis avançaram, os brasileiros Jadson André, Jessé Mendes, Weslley Dantas, Alejo Muniz, João Chianca e o peruano Alonso Correa. Destes, Jessé e Alonso são os únicos com chances matemáticas na briga pelas últimas vagas do WSL Qualifying Series para o CT 2020 e Jadson pode recuperar a primeira posição no ranking, porque o líder perdeu no domingo.

O paulista Jessé Mendes foi o primeiro a enfrentar o mar pesado de Sunset Beach. Ele estava na expectativa de estrear na Vans World Cup desde a quinta-feira, mas o evento foi adiado, assim como na sexta-feira e no sábado. Jessé entrou na terceira bateria e surfou bem uma onda enorme, com a nota 6,33 recebida lhe garantindo a vitória por 9,23 a 9,20 pontos do americano Conner Coffin. Eles barraram dois havaianos, Billy Kemper e Imaikalani Devault.

Jessé é um dos onze titulares da seleção brasileira no CT deste ano, mas está fora do grupo dos 22 primeiros do ranking que são mantidos na elite, então tenta garantir sua permanência entre os dez indicados pelo WSL Qualifying Series. Os dois surfistas que estão na rabeira da lista, perderam no domingo, o havaiano Barron Mamiya e o francês Jorgann Couzinet. O americano Jake Marshall, que está acima deles, já tinha sido eliminado na quarta-feira, então a porta de entrada no G-10 está aberta. Entre os 32 que vão disputar as oitavas de final do QS 10000 de Sunset Beach, quatorze tem chances matemáticas de ultrapassá-los.

Jessé é um dos quatro que precisam ser, no mínimo, vice-campeão da Vans World Cup, para entrar na zona de classificação para o CT 2020. Quem está mais perto é o australiano Morgan Cibilic, que já tira um do G-10 se passar sua próxima bateria e será a mesma do Jessé Mendes. Este segundo confronto das oitavas de final é completado pelo sul-africano Matthew McGillivray que já garantiu sua vaga e o americano Nolan Rapoza.

O outro único brasileiro que estava na briga pelas quatro últimas vagas no G-10 do QS, era o pernambucano Ian Gouveia, mas ficou em último na bateria em que Frederico Morais também perdeu, para o taitiano Michel Bourez e o havaiano Cody Young. O português fazia sua primeira defesa da liderança do ranking e da Tríplice Coroa Havaiana, então o potiguar Jadson André pode recuperar o primeiro lugar, perdido com a vitória do Kikas em Haleiwa Beach. Para isso, precisa chegar nas semifinais da Vans World Cup, ou seja, passar mais duas baterias.

Já na Tríplice Coroa Havaiana, o italiano Leonardo Fioravanti também perdeu e o principal concorrente para tirar a liderança de Frederico Morais nesta competição passou a ser Kelly Slater, que conquistou este título 21 anos atrás. O onze vezes campeão mundial, nem estava inscrito para competir em Sunset, mas Gabriel Medina cancelou sua participação para se preparar para a batalha final do título de 2019 em Pipeline, então Slater entrou na sua vaga. Não só entrou, como foi o melhor do dia no domingo.

Ele conseguiu uma nota 8,33 e totalizou 15,16 pontos, logo depois de dois brasileiros serem eliminados, o cearense Michael Rodrigues e o catarinense Yago Dora, por dois que estão na briga direta pelas últimas vagas no G-10, o francês Gatien Delahaye e o costa-ricense Carlos Muñoz. Yago é um dos ponteiros do ranking, que tinha até chances de terminar como campeão do QS 2019. Outros dois brasileiros que já estão confirmados no CT 2020 e poderiam superar o português Frederico Morais, também perderam, Alex Ribeiro e Miguel Pupo.

Carlos Muñoz é o 16.o do ranking e, para entrar no G-10, precisa passar pelas oitavas de final e, ainda, ficar no mínimo em terceiro na bateria das quartas de final. É a mesma situação para o australiano Ethan Ewing. O americano Nat Young e o australiano Stu Kennedy, tem que chegar nas semifinais. Mais dois australianos, Jack Robinson e Jacob Willcox, ultrapassam os três últimos do G-10 com a classificação para a grande final.

Aí vem a lista dos quatro que precisam do vice-campeonato no mínimo, Jessé Mendes, o sul-africano Beyrick De Vries e os franceses Joan Duru e Gatien Delahaye. E tem dois que a única chance é a vitória na Van World Cup, o havaiano Ezekiel Lau e Alonso Correa. O peruano venceu a bateria que o catarinense Willian Cardoso foi barrado por Joan Duru. Assim como o francês, Willian está fora dos top-22 do CT e agora sua única chance de permanecer na elite é no Billabong Pipe Masters, que começa em 8 de dezembro em Banzai Pipeline.

O peruano Alonso Correa segue na briga em Sunset Beach e nas oitavas de final vai competir junto com o campeão sul-americano da WSL Latin America em 2019, o saquaremense João Chianca. Eles estão na quinta bateria com dois australianos, Jack Robinson que também tenta vaga e Soli Bailey. O catarinense Alejo Muniz entra na seguinte com três tops da elite atual do CT, o americano Kolohe Andino que está na briga pelo título mundial em Pipeline, o francês Joan Duru e o australiano Wade Carmichael.

O paulista Weslley Dantas venceu o penúltimo confronto do domingo em Sunset Beach e vai disputar as duas últimas vagas para as quartas de final, com o americano Nat Young, o havaiano Ian Gentil e o neozelandês Billy Stairmand. Os outros dois brasileiros estão na chave de cima, que vai apontar os dois primeiros finalistas da Vans World Cup. O paulista Jessé Mendes entra na segunda bateria com o sul-africano Matthew McGillivray, o australiano Morgan Cibilic e o americano Nolan Rapoza. E o potiguar Jadson André na quarta, com Kelly Slater, o francês Gatien Delahaye e o havaiano Cody Young.

Compartilhe.