Baixas brasileiras em Gold Coast

Gabriel Medina (SP) (@WSL / Ed Sloane)Gabriel Medina (SP) (@WSL / Ed Sloane)

Adriano de Souza não conseguiu se classifiar para as quartas de final no Quiksilver Gold Coast e começa a temporada em nono lugar. Outros três perderam na terceira fase e ficaram em 13º lugar. A derrota mais surpreendente foi a do campeão mundial Gabriel Medina, para o mesmo Mikey Wright que havia eliminado o bicampeão John John Florence na repescagem. O australiano foi novamente preciso para escolher as melhores ondas e começou na frente com nota 7,67 na primeira que surfou.

Enquanto Medina ficava mais ativo, pegando mais ondas, ele parecia mais sintonizado com as séries e usava bem a prioridade de escolha para ir nas melhores. Foi assim que Mikey entrou em outra direita com potencial para fazer várias manobras e conseguir um 8,40 que decidiu a bateria. O brasileiro seguiu insistindo e surfou bem também, explorando ao máximo cada oportunidade com seu ataque feroz de backside, porém, as notas 7,70 e 7,20 recebidas nas melhores não foram suficientes. Com elas, Medina venceria todas as cinco baterias disputadas até ali, mas Mikey Wright barrou mais um campeão mundial por 16,07 a 14,90 pontos.

O australiano Owen Wright mostrou o melhor conhecimento de Snapper Rocks no mar difícil que amanheceu o dia, mexido, com séries fechando na maré cheia. Ele pegou duas ondas boas seguidas para construir o placar da tranquila vitória por 14,50 a 9,04 pontos sobre Willian Cardoso. O catarinense não conseguiu mostrar a potência das suas manobras dessa vez e ficou em 13.o lugar em sua estreia na divisão de elite do esporte.

Os dois começaram forte, pegando boas ondas. Filipe Toledo variou mais as manobras, alongando as curvas de frontside, enquanto Italo Ferreira mostrou um surfe mais vertical nas batidas de backside de cabeça pra baixo. A nota de Filipe saiu 6,67 e a do potiguar valeu mais, 7,50. O potiguar liderou quase toda a bateria a partir daí e Filipe só reagiu nos 15 minutos finais.

Foi quando ele encontrou uma onda boa e já dropou dentro de um bom tubo, na saída faz um cutback pequeno e aí conecta com o inside para ir variando uma manobra forte atrás da outra com velocidade, para voltar a liderança com nota 7,93. Italo também surfa seu primeiro tubo de backside, mas foi rápido e o que valeu mesmo foi uma batida muito forte que acertou. O potiguar precisava de 7,11 para vencer e a nota foi 6,20. Depois, não entrou mais nada de ondas e Filipe Toledo ganhou a bateria por 14,60 a 13,70 pontos. Filipinho agora terá outro confronto verde-amarelo nas quartas de final, contra o catarinense Tomas Hermes.

Por João Carvalho

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