Avancini e Novak retomam liderança no XC da Brasil Ride

Henrique Avancini e Jiri Novak (Marina Magalhães / Brasil Ride)Henrique Avancini e Jiri Novak (Marina Magalhães / Brasil Ride)

Na quinta vitória de uma dupla diferente na Brasil Ride 2017, a dos italianos Michele Casagrande e Fabian Rabensteiner, outra vez a decisão ficou para os metros finais, com as duas equipes postulantes ao título cruzando juntas a linha de chegada em Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro. Se na etapa 3, Avancini e Novak venceram por terminarem à frente do segundo atleta da Trek Selle San Marco, desta vez Michele e Fabian concluíram antes de Novak. A diferença na liderança da open segue a mesma, 10 segundos de vantagem para os italianos.

Na quinta etapa, Henrique Avancini e Jiri Novak tentaram tomar a ponta algumas vezes. Porém, foram sempre bem marcados, não só pelos líderes Michele Casagrande e Fabian Rabensteiner, mas também pela segunda equipe da Trek Selle San Marco, formada por Andrea Righettini e Samuele Porro. Assim, a definição ficou para os quilômetros finais, após os ciclistas terem passado pelo Parque Nacional do Pau Brasil (PNPB), já nas proximidades do Uiki Parracho, em Arraial d’Ajuda, onde está montada a Vila Brasil Ride.

“Etapa difícil, porque foi muito longa. Minhas pernas não estavam bem, mas a partir dos 15 kms finais melhorei e, ao lado do Fabian, conseguimos chegar bem na última serra, e vencemos o Henrique e o Jiri, no sprint, ao entrar na Vila Brasil Ride em Arraial. Estou bem feliz e agora é o cross country, que será depois de cinco etapas, ou seja, será bem duro para mim”, contou Michele. “Trabalhamos bem junto com nossa equipe reserva, que nos ajudou muito. No final, vencemos, porém, sei que será difícil defender a camisa de líder, porque o Avancini é bem forte no cross country, assim como o próprio Jiri”, disse Fabian.

Quarto colocado no Mundial de XCO (cross country olímpico) na Austrália, há cerca de um mês, Henrique Avancini avaliou a disputa e também destacou o estilo da prova nesta sexta-feira (20). “A disputa está mais quente do que nunca. Se alguém esperava um dia tranquilo, não foi nem um pouco, com ataques do começo ao fim. Ou seja, uma corrida extremamente agressiva. Abrimos três vezes e, por terem uma dupla bem descansada, eles conseguiram nos alcançar. Perdemos pouco tempo e nesta sexta será diferente. Uma hora e trinta minutos de intensidade, com um esforço bem diferente, após cinco dias de grande volume percorrido”, contou Avancini.

“Temos mais dois dias e a corrida está aberta. São poucos segundos de diferença, ou seja, nada definido. Esta corrida desta quinta etapa foi chata para mim. Longa, com mais de 5h, e apenas nos quilômetros finais foi divertido, por conta da briga pela vitória. Acredito que o Henrique lutará pela vitória e teremos mais uma bela disputa no cross country”, previu Jiri.

Por Gustavo Coelho

Compartilhe.