Yago Dora vence com aéreos, o inédito Red Bull Airbone France

Yago Dora (SC) (@WSL / Poullenot)Yago Dora (SC) (@WSL / Poullenot)

Na segunda-feira, dia 8, as disputas rolaram em ondas de 3-4 pés na praia Les Culs Nus, onde aconteceu a primeira competição especial de aéreos da World Surf League e deu Brasil mais uma vez. O catarinense Yago Dora conquistou o título do Red Bull Airbone France e depois três baterias da segunda fase do Roxy Pro fecharam o dia.

Yago Dora (SC) (@WSL / Masurel)

Yago Dora (SC) (@WSL / Masurel)

“Eu nem consigo acreditar que venci”, disse Yago Dora. “Estou exausto, porque uma hora de bateria é muito tempo. Tive sorte por ter ficado sozinho mais embaixo do pico e ali consegui duas boas ondas, enquanto todos ainda estavam lá fora. O Griffin (Colapinto) precisava de uma nota baixa, mas felizmente ele não conseguiu e foi muito legal vencer o primeiro Red Bull Airbone. Os aéreos são o futuro do esporte e os juízes estavam querendo ver aqueles aéreos progressivos e inovadores, então conseguir a vitória foi incrível para mim”.

O Red Bull Airbone France foi disputado por dezoito surfistas convidados, alguns da elite do World Surf League Championship Tour, como Yago Dora, o também brasileiro Italo Ferreira e o sul-africano Jordy Smith, junto com outros especialistas em manobras aéreas. Os seis melhores do Qualifying se classificaram para disputar a grande final. Yago Dora avançou em terceiro lugar, mas Italo Ferreira não foi bem e ficou em 15.o, entre os últimos colocados.

Na bateria final, com os seis competidores dentro d´agua, o catarinense construiu a vitória logo nos primeiros cinco minutos, sem perder a liderança em toda a decisão do título. Ele começou com um enorme “slob air” de frontside que valeu nota 6,67. Foi a sua maior nota e ela teve peso dobrado no resultado. Logo Yago Dora pegou outra onda para mandar um “full rotation” e atingir imbatíveis 18,27 pontos.

Quem chegou mais perto disso foi o também top do CT, Griffin Colapinto. O norte-americano totalizou 17,21 pontos e terminou em segundo lugar, seguido pelo australiano Jack Freestone com 15,30. Os outros não conseguiram achar boas ondas para mostrarem as manobras que os levaram até a bateria final. Kalani David ficou em quarto lugar com apenas 5,66 pontos, o também havaiano Matt Meola em quarto com 5,40 e o norte-americano Eithan Osborne foi o sexto colocado sem surfar nenhuma onda, com zero no placar.

Quiksilver Pro France -Depois de quatro dias de espera, finalmente as ondas chegaram em Hossegor na segunda-feira, 8 de agosto, mas o início do Quiksilver Pro France foi adiado mais uma vez, porque as condições prometem ficar bem melhores. A primeira chamada da terça-feira será às 7h45 na França, 2h45 da madrugada no Brasil.

Por João Carvalho

 

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