Willian Cardoso é vice-campeão no QS 10000 da África

Willian Cardoso of Brazil advances to the Semifinals of the Ballito Pro presented by Billabong after winning Quarterfinal Heat 4 at Willard Beach, Ballito, South Africa.Willian Cardoso of Brazil advances to the Semifinals of the Ballito Pro presented by Billabong after winning Quarterfinal Heat 4 at Willard Beach, Ballito, South Africa.

O catarinense Willian Cardoso não conseguiu a terceira vitória consecutiva do Brasil nas etapas da “perna sul-africana” do WSL Qualifying Series. Mas, o vice-campeonato na final do QS 10000 Ballito Pro, o levou da 29.a para a segunda colocação no ranking liderado por Jessé Mendes, que já garantiu sua vaga na elite da World Surf League em 2018 por antecipação na África do Sul. No sábado, Willian só perdeu para o grande favorito ao título em KwaZulu-Natal, o ídolo local Jordy Smith, vice-campeão mundial no ano passado. Agora, tem duas etapas seguidas na América do Sul, o QS 1000 Rip Curl Pro San Bartolo Peru que começa na quinta-feira e o QS 3000 Maui and Sons Arica Pro Tour no Chile na semana seguinte, antes do segundo QS 10000 do ano no início de agosto nos Estados Unidos.

A potência das manobras de frontside de Willian Cardoso nas direitas de Willard Beach, dizimou mais dois adversários no último dia do QS 10000 Ballito Pro apresentado pela Billabong em KwaZulu-Natal. A primeira vítima foi o português Vasco Ribeiro nas quartas de final, quando o catarinense conseguiu notas 8,33 e 7,50 para vencer por 15,83 a 12,77 pontos. Depois, barrou o recordista absoluto do campeonato, Mikey Wright, por 14,00 a 10,84, somando notas 8,00 e 6,00 na semifinal com o australiano.

“Eu sabia que o Jordy (Smith) ia vir com tudo pra vencer o campeonato e eu fiquei tentando encontrar as ondas realmente boas para supera-lo, mas só consegui achar uma e não deu”, disse Willian Cardoso. “Mesmo assim, estou feliz pelo resultado, pois já fazia dois anos que eu não chegava numa final. O segundo lugar me coloca em uma posição muito boa no ranking, mas já vivi isso algumas vezes e acabei não conquistando a vaga pro CT. Então, espero obter outros bons resultados nas etapas do QS 10000 e nos QS 6000 também que ainda vem por aí, para chegar no final do ano no Havaí mais relaxado”.

Além de Willian Cardoso, mais dois brasileiros competiram no último dia do QS 10000 Ballito Pro, porém foram barrados pelos sul-africanos nos primeiros duelos do sábado. O líder disparado do ranking e já com vaga confirmada no CT 2018, Jessé Mendes, perdeu por 15,33 a 12,43 pontos para Michael February. Já Miguel Pupo deu mais trabalho para Jordy Smith e tirou a maior nota da bateria, 8,03, mas o sul-africano levou a melhor na soma das duas ondas computadas e venceu por uma pequena vantagem de 14,50 a 14,20 pontos.

Willian Cardoso (SC) (@WSL / Kelly Cestari)

Willian Cardoso (SC) (@WSL / Kelly Cestari)

O resultado do QS 10000 Ballito Pro provocou quatro mudanças no G-10. O vice-campeão Willian Cardoso recebeu 20.000 dólares e 8.000 pontos que o levaram do 29.o para o segundo lugar no ranking. Mas, o primeiro a entrar na zona de classificação para o CT 2018 foi o norte-americano Griffin Colapinto, que subiu da 11.a para a sétima colocação com o nono lugar nas oitavas de final. Os outros dois foram os que perderam nas semifinais. Michael February pulou da 21.a para a quarta posição, enquanto Mikey Wright saltou da 87.a para a 11.a e está fechando o G-10 porque Jordy Smith dispensa a vaga do QS.

Os quatro acabaram tirando da lista o francês da Ilha Reunião, Jorgann Couzinet, que caiu do quarto para o 12.o lugar no ranking, o australiano Soli Bailey, de sexto para 15.o, o norte-americano Ian Crane, de oitavo para 21.o, e o brasileiro Flavio Nakagima, de décimo para 14.o. O catarinense Alejo Muniz chegou a entrar no G-10 durante a semana, mas parou na quarta fase da competição e até caiu no ranking, pois chegou em Ballito em 14.o lugar e agora é o 18.o colocado na classificação geral das 31 etapas completadas na África do Sul.

Entre os seis que permaneceram no G-10, o líder Jessé Mendes sai de Ballito com a vaga no CT 2018 confirmada por antecipação no meio da temporada. O catarinense Yago Dora subiu do quinto para o terceiro lugar. O havaiano Keanu Asing foi de nono para sexto. Já os outros três perderam posições. O australiano Cooper Chapman só desceu uma, da sétima para a oitava. Mas, o ex-vice-líder Alex Ribeiro e o japonês Hiroto Ohhara caíram sete. O brasileiro tinha vencido as duas etapas anteriores da “perna sul-africana” e perdeu na estreia em Ballito, despencando para o nono lugar. E Ohhara foi da terceira para a décima posição.

Por João Carvalho

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