Suelen Naraísa sai na frente no Brasileiro de Surf Feminino

Suelen Naraísa / Foto Suellen NobregaSuelen Naraísa / Foto Suellen Nobrega

Bicampeã brasileira profissional, Suelen Naraísa garantiu as melhores performances na abertura do Brasileiro Feminino de Surf, nas duas apresentações, com a maior nota, 7,75 pontos e as maiores somatórias, 14,0 e depois 14,5, num dia de ondas de 1 metro e muito sol. Para Suelen, prevaleceu o conhecimento do pico e a experiência, além da dedicação. “Foi um pouco de cada, mas o foco. Este ano estou bem mais concentrada, sabendo o que estou fazendo. Apesar do conhecimento, da experiência, o treino e a dedicação contam bastante”, afirmou a surfista de 33 anos.

“Esse ano fiz o meu trabalho, o que fiz a minha vida toda, o que não aconteceu nos dois últimos anos”, argumentou. “Estava bem desanimada. Desde o meu resultado do ano passado, eu coloquei na cabeça que esse ano seria diferente”, desabafou a atleta, que foi apenas a 17ª colocada em 2016. “Agora, quero me divertir, estou no quintal de casa, com a família”, afirmou.

O campeonato segue até domingo e está reunindo mais de 130 surfistas de oito estados e também uma convidada da Costa Rica, Emily Gussoni, outro grande destaque do dia. No total, são sete categorias em ação, com a atração principal o título brasileiro profissional, distribuindo R$ 15 mil de premiação. Também estarão no mar a longboard profissional e as disputas de base sub10, sub12, sub14, sub16 e sub18.

A melhor do Brasil em 2009 e 2010 falou com carinho e orgulho da iniciativa de seu irmão, um dos brasileiros do WCT, em patrocinar e revitalizar o surf feminino, pelo terceiro ano seguido. “Fico muito orgulhosa. Sempre falo em casa: a gente tem de retribuir tudo o que nos foi dado um dia. Ele, como o nome que tem, os patrocinadores acreditam decidiu ajudar, retribuir para o surf feminino, por ter uma atleta dentro de casa, por sempre ter visto a dificuldade que foi o surf feminino”, relatou.

Ainda na sexta-feira, outro grande destaque do evento, Sophia Medina, irmã caçula do primeiro brasileiro campeão mundial, Gabriel Medina, surfou na sub12 e se classificou. Quem também fez bonito foi Isabela Saldanha, de São Sebastião, competindo em três categorias sub14, sub16 e sub18. A carioca Maria Julia Freitas, a Maju, filha do campeão mundial de longboard, Marcelo Freitas, foi mais uma surfista com ótima atuação, somando 13,65 na sub16, junto com suas conterrâneas Julia Camargo e Julia Duarte.

Por Fábio Maradei

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