Renan Castro vence o SP Contest

Renan Castro / Foto Aleko StergiouRenan Castro / Foto Aleko Stergiou

Morador do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, Renan Castro comemorou sua primeira vitória no SP Contest, encerrado em ondas de até 1 metro na praia de Maresias, em São Sebastião. Solto durante todo o evento, Castro não economizou no repertório de manobras pra conquistar as maiores notas e sair da praia carregado pela torcida com a conquista do título Open GSP. “Nunca ganhei este evento e é uma alegria muito grande vencer aqui nesta praia, aonde vivi durante oito anos da minha vida. É um lugar especial. Como eu estudo também aos fins de semana, conquistar esta vitória é ainda mais gratificante”, comenta ele, de 22 anos, estudante de moda/design automotivo.

Pódio Open / Foto Aleko Stergiou

A bateria final literalmente pegou “fogo”, considerada uma reedição de confrontos paulistanos da nova geração, com Castro levando a melhor, seguido por Pedro Tanaka, de 20 anos, outro destaque do evento, em segundo. Tetracampeão Júnior do circuito, Thiago Meneses já havia garantido o título da temporada e ficou com a terceira colocação na etapa. Representando os veteranos, o tetracampeão Pedro Oliveira (2016, 2015, 2014, 2013/Master), que obteve o quarto lugar na etapa e a terceira posição no ranking com 1319 pontos. Destaque também para Leo Romano, campeão Júnior que chegou junto na Open e foi vice da temporada.

Entre os masters, Pedro Regatieri surfou em sintonia com as ondas de Maresias e assegurou o quarto título da carreira no SP Contest (2015, 2006, 2015 na Open) para o Tatuapé, na Zona Leste. Na segunda posição ficou Fabiano Lion, que tem mostrado constância e chegou junto em diversas finais, garantindo a terceira posição no ranking. Danilo Rebello, que possuía chances matemáticas de tirar o título de Regatieri acabou em terceiro colocado com o segundo lugar na classificação geral. Na quarta posição na prova ficou Freddy Jacob. “Tive uma temporada muito boa e buscava muito este título. Fiquei chateado por ter perdido na Open, e não quis deixar escapar. Venho bastante pra cá, tenho meu amigo Alê que me ajuda muito aqui com as dicas. Apostei na esquerda e tentei garantir no início uma onda boa para depois administrar a disputa”, explica Regatieri, gerente comercial, que no dia-a-dia reveza-se entre o trabalho e bate-voltas ao Guarujá. “Saio de moto às 4h30 da manhã para garantir o surf semanal e chegar renovado ao escritório”, explica ele, que competiu como atleta amador durante anos no circuito paulista e brasileiro.

Uma disputa onda a onda até o último minuto marcou a Grand Master. Claudemir Martins surpreendeu e garantiu seu primeiro título do circuito ao somar 11.50 pontos na final, contra 10.30 de Freddy Jacob (2o) e pular para o primeiro lugar no ranking com 1810 pontos – contra 1800 de Jacob. Em terceiro na etapa ficou Taciano Parri (também terceiro no ranking) e em quarto Wilson Lampoli. Ausente da prova porque acompanhou seu filho Ryan Kainalo na decisão do paulista amador, Alex Miranda foi o terceiro colocado no resultado geral. Policial aposentado e trabalhando na área de marketing da Embaixada Tailandesa no Brasil, Martins se garantiu nas esquerdas no pico em frente ao palanque. “Esse campeonato é uma oportunidade incrível para quem se dedica tanto aos bate-voltas. Todo mundo aqui pega bem e tem potencial pra título”, comenta ele, que vive na Parada Inglesa, Zona Norte da cidade.

No pranchão, mais surpresas. Michel Asfo superou os adversários e dominou a final, levando o título da prova para a Freguesia do Ó, na Zona Norte. Bastou a segunda colocação em Maresias para Leo Paioli chegar ao octacampeonato. Paulo Giachetti, que vinha na liderança, não encontrou as ondas e obteve a quarta posição, enquanto Tullio Dalpiaz foi o terceiro colocado. “O nível aqui é muito próximo de um brasileiro. O Paulo (Giachetti) merecia este título porque está surfando muito. Mas estou bem feliz por integrar esta família e conquistar meu oitavo título (venceu também entre 2002 a 2009). Fiquei um bom tempo sem vencer e voltar ao pódio como campeão é muito bom”, comenta ele, aos 41 anos, arquiteto que representa a região da Zona Oeste, ao vive no Butantã.

Leo Romano e Phillipe Neves mantiveram o duelo à parte na Júnior. Romano levou a melhor pelo critério de desempate, após vencer a etapa e Phillipe ficar em segundo. No Stand Up Paddle, Alex Durand venceu a final e assegurou seu primeiro título invicto do circuito. No Feminino, Yohanna Sarandini conquistou o bicampeonato depois de sair invicta da temporada, com Natalia Araújo em segundo na prova e na classificação geral.

Por Nancy Geringer

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