Quatro brasileiros avançam em Teahupoo

Gabriel Medina (SP) (@WSL / Poullenot)Gabriel Medina (SP) (@WSL / Poullenot)

O Billabong Pro Tahiti começou com quatro vitórias brasileiras na sexta-feira de ondas pequenas de 3-5 pés em Teahupoo, sem os grandes tubos da etapa mais desafiadora do World Surf League Championship Tour. A previsão não é boa para a janela do evento, até dia 22, então foi iniciado em condições difíceis para competir, com poucas ondas boas entrando nas baterias. O número 5 do Jeep WSL Leader, Adriano de Souza, foi o primeiro a passar direto para a terceira fase e Italo Ferreira achou um tubo para vencer o confronto seguinte. Semifinalista no ano passado, Gabriel Medina também estreou com vitória e Ian Gouveia ganhou a bateria que fechou a primeira fase com o maior placar do dia, 15,00 pontos.

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Adriano de Souza (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Essa foi a primeira vez que Ian competiu em Teahupoo, onde o seu pai, Fábio Gouveia, conseguiu a primeira nota 10 da carreira no Circuito Mundial num tubaço enorme, em condições bem diferentes da sexta-feira na bancada de corais mais perigosa do mundo. Mas, Ian mostrou a mesma atitude para achar os tubos e pegou até dois em sua melhor onda, que valeu nota 7,83. Com ela somada ao 7,17 recebido na anterior, o pernambucano atingiu 15,00 pontos, superando os 14,90 do atual campeão mundial, John John Florence, que era o maior placar do dia. Ian Gouveia deixou o taitiano Michel Bourez em segundo lugar com 10,67 pontos e o português Frederico Morais em terceiro com 9,56.

Italo Ferreira (RN) (@WSL / Poullenot)

Italo Ferreira (RN) (@WSL / Poullenot)

O pernambucano não foi a única surpresa do primeiro dia de mar difícil no Billabong Pro Tahiti. Depois de Ian Gouveia fazer o recorde de pontos na bateria que fechou a primeira fase, foram iniciados os duelos eliminatórios e outro novato na elite dos top-34 aprontou no penúltimo confronto da sexta-feira. O australiano Ethan Ewing não tinha vencido nenhuma bateria nas seis primeiras etapas e conseguiu quebrar o tabu justamente contra um brasileiro, Filipe Toledo, que vinha de uma vitória espetacular e inédita do Brasil nas direitas de Jeffreys Bay, na África do Sul. Filipe não achou as ondas e foi batido por 10,06 a 6,56 pontos, já perdendo a sétima posição no Jeep WSL Ranking para outro australiano, Julian Wilson.

Ian Gouveia (PE) (@WSL / Poullenot)

Ian Gouveia (PE) (@WSL / Poullenot)

O próximo que pode superar Filipe agora é Gabriel Medina, se passar mais uma bateria no Taiti. A primeira ele venceu até com certa facilidade na sexta-feira. Medina começou bem com nota 7,33 e dominou todo o confronto, até fechar a tranquila vitória por 14,06 pontos com o 6,73 da sua última onda. O também paulista Caio Ibelli ficou em terceiro com 6,50 nas duas notas e o australiano Stu Kennedy em segundo com 8,60. Medina já venceu o Billabong Pro Tahiti surfando altos tubos em 2014, quando foi campeão mundial. No ano passado, também deu um show, mesmo perdendo uma semifinal eletrizante com John John Florence.

Wiggolly Dantas (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Wiggolly Dantas (SP) (@WSL / Kelly Cestari)

Apesar das quatro classificações diretas para a terceira fase, o Brasil começou e terminou a sexta-feira com derrotas. Na penúltima bateria do dia, Filipe Toledo foi eliminado pelo novato Ethan Ewing. E na primeira, Jadson André perdeu competindo com uma prancha emprestada, porque todas as que levou para o Taiti foram quebradas durante o voo. Ele até começou bem, manobrando forte numa onda sem tubo, mas o australiano Joel Parkinson foi melhor para vencer por 10,00 pontos, contra 8,30 do potiguar e 7,50 do francês Jeremy Flores. Jadson também será o primeiro brasileiro a competir no sábado, contra o taitiano Michel Bourez no segundo duelo do dia.

Por João Carvalho

Compartilhe.