Italo Ferreira avança e garante a Lycra nas grandes ondas de Bells

Italo Ferreira (RN) (Kelly Cestari / WSL via Getty Images)Italo Ferreira (RN) (Kelly Cestari / WSL via Getty Images)

Em um mar épico, com altas ondas de 10-12 pés e séries maiores de até 15 pés durante a tarde da sexta-feira em Bells Beach, foram decididos os oito classificados para as quartas de final da segunda etapa do WSL 2019 na Austrália.

Três brasileiros, entre eles Italo Ferreira, que passou um perrengue no mar gigante de Bells, segue na busca pelo bicampeonato defendendo a lycra amarela de número 1. O potiguar teve que trabalhar bastante para se classificar. QUebrou prancha, foi varrido pelas séries enormes até Winkipop, teve problemas com os pilotos do jet-ski, assim como seu adversário na bateria, precisou correr bastante pela praia, enfim, foi quase um triatlo para Italo Ferreira superar o francês Jeremy Flores por 13,10 a 11,03 pontos.

No ano passado, Italo e Medina se encontraram nas semifinais e isso pode acontecer de novo, se ambos ganharem suas baterias.

Gabriel Medina e Filipe Toledo também passaram para o último dia, que promete ser de mar clássico, com condições desafiadoras no Bowl de Bells.
“Eu tive que trabalhar bastante, levei algumas séries pesadas na cabeça e estou muito cansado agora”, disse Gabriel Medina, logo após sair da sua melhor apresentação nas ondas enormes de Bells Beach, na oitava de final brasileira com Willian Cardoso.

Italo Ferreira esgotado após competir (Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

Italo Ferreira esgotado após competir (Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

“As condições estão muito difíceis, ondas grandes e com muita água se movimentando. Muitos surfistas tiveram mais problemas, quebraram pranchas ou o leash (cordinha que une a prancha ao atleta), mas eu adoro competir em condições assim. Eu me sinto bem preparado e será um sonho ganhar esse campeonato. Eu cresci vendo meus ídolos vencendo aqui e significaria muito para mim e para o Brasil se eu conseguir escrever o meu nome no troféu dos campeões esse ano”, disse o bicampeão mundial.

Na disputa seguinte, Willian Cardoso com seu “power surf” característico, ganhou o duelo catarinense com Yago Dora para enfrentar Gabriel Medina nas oitavas de final.

Duas baterias depois, o havaiano John John Florence foi espetacular contra o potiguar Jadson André, estabelecendo novos recordes nas morras de Bells Beach, nota 9,50 com seus laybacks incríveis e 17,67 pontos de 20 possíveis.

O defensor do título do Rip Curl Pro, Italo Ferreira, entrou no confronto seguinte e despachou o australiano Jack Freestone por 13.76 a 9.10.

Nas oitavas de final, Kelly Slater ganhou a primeira bateria do paranaense Peterson Crisanto, que não conseguiu surfar bem nas grandes ondas da sexta-feira.

Na terceira, Filipe Toledo passou um sufoco e teve que sair do mar duas vezes para trocar de prancha. A primeira quebrou quando ele subia no jet-ski após surfar uma onda.

A outra se partiu com a própria força das séries enormes. Mesmo assim, Filipe derrotou o havaiano Seth Moniz por 14,10 a 7,13 pontos.
O paulista Deivid Silva também estava se classificando até o último minuto da bateria seguinte, quando o australiano Jacob Willcox pegou uma onda para virar o placar para 11,80 a 10,04 e seguir para enfrentar Filipe Toledo nas quartas de final.

Gabriel Medina também já estava no mar competindo, porque na sexta-feira foi utilizado o sistema “dual heat” com duas baterias sendo disputadas simultaneamente.

E o bicampeão mundial deu outro show no duelo brasileiro com Willian Cardoso. Ele chegou perto do recorde de pontos de John John Florence, com os 17,27 que totalizou somando notas 9,00 e 8,27.

Só que o havaiano voltou a brilhar no confronto seguinte, aumentando suas próprias marcas com a nota 9,63 e os 18,16 pontos da vitória na bateria fantástica contra Owen Wright, que também surfou bem e atingiu 16,97 com notas 8,80 e 8,17.

Compartilhe.