Freshwater Pro começa nesta quinta-feira no Surf Ranch

Italo Ferreira / Foto Kelly Cestari Italo Ferreira / Foto Kelly Cestari

Começa nesta quinta-feira a oitava etapa do World Surf League Championship Tour nas ondas do Surf Ranch em Lemoore, no interior da Califórnia, Estados Unidos. O Freshwater Pro apresentado pela Outerknown é o único da temporada em que as chances são exatamente iguais para todos os competidores, sem depender de previsão de swell ou da melhor maré. É só ligar a máquina que ela vai formar as mesmas ondas para cada um surfar uma direita e uma esquerda, na sua vez de entrar na piscina. No ano passado, os mais completos surfando de frontside e de backside, foram o bicampeão mundial Gabriel Medina que ficou com o título e Filipe Toledo, que vai competir no Surf Ranch com a lycra amarela do Jeep Leaderboard.

Os dois estarão na coletiva de imprensa oficial do Freshwater Pro nesta quarta-feira, que será realizada entre as 11h00 e 12h00 na Califórnia, das 15h00 as 16h00 no Brasil. Depois da coletiva, Medina e Filipe atenderão aos fãs brasileiros numa Live pelo Instagram da WSL Latin America, respondendo perguntas que forem enviadas para eles. Outro brasileiro com chances de brigar pela liderança do ranking no Surf Ranch é o potiguar Italo Ferreira.

Ele vem embalado pela vitória incrível no ISA Surfing Games, conquistando a medalha de ouro com nota 10 na final contra dois concorrentes ao título mundial que estão a frente dele no ranking, o próprio Medina e o californiano Kolohe Andino. Depois do Freshwater Pro, restarão apenas três etapas para definir o campeão da temporada, os top-22 que ficarão na elite do CT e os classificados para as Olimpíadas de Tokyo 2020. As próximas serão em outubro na França e em Portugal, última parada antes da grande final em dezembro em Pipeline, no Havaí.

Entre os onze titulares da “seleção brasileira” no CT, o único desfalque no Freshwater Pro é justamente o capitão do time, Adriano de Souza. O campeão mundial de 2015 voltou a sentir uma lesão após a ótima participação no Tahiti Pro Teahupoo e não vai competir no Surf Ranch. Mas, será bem substituído pelo atual campeão mundial Pro Junior da WSL, Mateus Herdy. O paulista Caio Ibelli também segue entrando na vaga do contundido John John Florence, então doze brasileiros vão disputar o título na Califórnia, um terço dos 36 participantes.

Esta etapa tem um formato de competição especial, diferente das outras realizadas no mar, que dependem da Natureza, do swell, da maré, ventos. No Surf Ranch, as condições são iguais para todos os competidores. Será sempre a mesma onda produzida pela máquina idealizada por Kelly Slater, para todos surfarem uma direita e uma esquerda perfeitas, com tubos, sessões para usar a borda nas manobras e até voar nos aéreos. Eles terão que mostrar suas habilidades surfando de frontside (de frente para a onda) e de backside (de costas), pois serão computadas a maior nota recebida na direita e a maior na esquerda.

Os 36 participantes da categoria masculina e as 18 da feminina, foram divididos em grupos de seis competidores na primeira fase e todos entrarão duas vezes na piscina, para surfar uma esquerda e uma direita. Serão somadas a maior nota na direita com a maior na esquerda e os dois que obtiverem as maiores pontuações de cada bateria, passam para a segunda fase. No masculino, serão doze classificados nas seis baterias e mais doze também avançarão, os que tiverem mais pontos entre todos que não ficaram entre os dois primeiros das baterias.

No feminino, são seis classificadas entre as duas melhores de cada bateria e mais seis que conseguirem as maiores somatórias no total também passam para a segunda fase. A gaúcha Tatiana Weston-Webb e a cearense Silvana Lima, são as representantes do Brasil na elite das top-18 do CT 2019. As duas já estão praticamente garantidas nas Olimpíadas de Tokyo 2020, entre as oito indicadas pelo ranking do World Surf League Championship Tour.

No masculino, são dez que se classificam com o mesmo limite de dois atletas de cada país. No momento, as vagas do Brasil estão com o líder do ranking, Filipe Toledo, e com Gabriel Medina, quarto colocado. Italo Ferreira, em sexto lugar, está na briga porque a medalha de ouro no ISA Surfing Games não lhe garantiu um lugar nas Olimpíadas. Os tops da elite do CT competiram no Japão como premissa para legitimar as classificações pelo ranking da WSL.

Os outros que estão conseguindo suas vagas para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos pelo CT, são o sul-africano Jordy Smith (2.o do ranking), Kolohe Andino (3.o) e John John Florence (5.o) pelos Estados Unidos, Kanoa Igarashi (7.o) pelo Japão, Owen Wright (8.o) e Julian Wilson (11.o) pela Austrália e Michel Bourez e Jeremy Flores pela França. No feminino, são Carissa Moore (1.a) e Lakey Peterson (4.a) pelos Estados Unidos, Sally Fitzgibbons (2.a) e Stephanie Gilmore (3.a) pela Austrália, Tatiana Weston-Webb (8.a) e Silvana Lima (13.a) pelo Brasil, Brisa Hennessy (9.a) pela Costa Rica e Johanne Defay (10.a) pela França.

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