Dois brasileiros tentam o título do QS 6000 de Newcastle

Alex Ribeiro (BRA) (@WSL / Tom Bennett)Alex Ribeiro (BRA) (@WSL / Tom Bennett)

O potiguar Jadson André, o paulista Alex Ribeiro e o peruano Miguel Tudela, venceram suas baterias no sábado e seguem na disputa do título do Burton Automotive Pro, que será decidido neste domingo na Austrália. O peruano já aparece em quarto lugar no ranking do WSL Qualifying Series liderado por Jadson André e vai enfrentar o vice-líder Jack Robinson na primeira quarta de final. Jadson entra na segunda com o americano Tanner Gudauskas e o Alex vai brigar pela última vaga nas semifinais com o francês Charly Quivront.

Diferente do primeiro QS 6000 do ano em Fernando de Noronha, com o Oi Hang Loose Pro Contest sendo disputado em altas ondas na Cacimba do Padre, na Austrália as condições do mar durante toda a semana foram de ondas pequenas e difíceis para competir em Merewether Beach. O Brasil chegou no sábado com maioria nas oitavas de final, mas os australianos conseguiram igualar o número de dois classificados para o último dia.

Na primeira bateria do dia, o novo top do CT, Deivid Silva, foi barrado pela promessa do surfe australiano, Jack Robinson, que está na briga direta pela ponta do ranking. Ele recebeu 7,83 em sua melhor onda, nota que só foi ultrapassada pelos seus compatriotas. O jovem Caleb Tancred conseguiu a maior nota do Burton Automotive Pro esse ano em sua última onda, 9,23, porém já havia cometido uma interferência e foi eliminado pelo italiano Leonardo Fioravanti. Depois, Matt Banting fez o maior placar do dia, 15,90 pontos somando notas 8,03 e 7,87 contra o japonês Hiroto Ohhara na sexta bateria das oitavas de final.

A segunda foi um duelo sul-americano entre dois Miguels e o peruano Tudela surfou as melhores ondas que entraram na bateria, para superar Miguel Pupo por 12,34 a 9,30 pontos. Com a classificação para as quartas de final, Miguel Tudela subiu para a terceira posição no ranking, mas depois caiu para o quarto lugar com a vitória de Matt Banting. Esta é a melhor colocação que um surfista do Peru já alcançou em toda a história do Circuito Mundial e Miguel Tudela é uma das esperanças do país andino ter seu primeiro top na elite do CT.

No terceiro confronto do dia, o potiguar Jadson André largou na frente com notas 6,20 e 7,77 nas primeiras ondas para vencer por 13,97 pontos. Mas, o sul-africano Beyrick De Vries quase consegue a vitória sobre o líder do ranking no final. Ele também tinha uma nota 6,20 e depois surfou a sua melhor onda, mas precisava de um pouco mais do que o 7,67 recebido. Ele atingiu 13,87 pontos com essa nota, ficando a apenas 1 pontinho de diferença do brasileiro.

Na disputa seguinte, o norte-americano Tanner Gudauskas mostrou uma precisão incrível na escolha das ondas contra o capixaba Krystian Kymerson. Ele só surfou três em toda a bateria e ganhou notas 7,00 e 7,33 nas duas últimas para vencer tranquilo por 14,33 a 10,40 pontos. O troco veio no último confronto do dia, com o paulista Alex Ribeiro despachando o irmão mais velho de Tanner, Patrick Gudauskas.

Foi mais uma bateria fraca de ondas, mas Alex controlou bem a vantagem conseguida desde o início para ganhar a última vaga para as quartas de final por 11,93 a 9,90 pontos. Os dois já fizeram parte da elite do CT e o americano ainda ameaçou no final, acertando um layback animal numa onda que o brasileiro deixou passar. Mas, Pat Gudauskas precisava de 7,16 pontos e os juízes deram nota 5,13, confirmando a vitória de Alex Ribeiro.

“Eu vi que aquela onda não tinha muito potencial, então deixei mesmo ele pegar, mas fiquei até um pouco nervoso porque ele poderia conseguir os pontos que precisava com uma manobra forte”, disse Alex Ribeiro. “Estou feliz que ele não conseguiu e deu tudo certo pra mim. Em condições difíceis de competir como hoje (sábado), uma onda boa pode surgir do nada, então eu tive que ser inteligente. Estou me sentindo bem aqui e muito animado para as quartas de final amanhã (domingo)”.

Compartilhe.