Decisão do título segue à espera das ondas no Havaí

Pipe Master 2019 / Foto Cestari Pipe Master 2019 / Foto Cestari

Na terça-feira foi mais um dia de expectativa no Havaí, mas o mar não melhorou durante toda a manhã e mais um day-off teve que ser anunciado no Billabong Pipe Masters em homenagem à Andy Irons, na chamada das 11h em Pipeline. O prazo está acabando e tem que escolher até sexta-feira, o melhor dia de ondas para fechar o World Surf League Championship Tour 2019 e decidir o campeão mundial, as últimas vagas para a elite de 2020 e para as Olimpíadas de Tokyo, e o título da Tríplice Coroa Havaiana. As oitavas de final vêm sendo adiadas desde quinta-feira da semana passada.

Pela primeira vez na história, três brasileiros chegaram na última etapa na briga direta pelo título mundial. Filipe Toledo ficou na terceira fase, assim como o sul-africano Jordy Smith. O californiano Kolohe Andino está na disputa, mas sua única chance é a derrota dos líderes do Jeep Leaderboard nos duelos brasileiros das oitavas de final e ainda vencer o Pipe Masters para ganhar o título. Já a batalha entre o potiguar Italo Ferreira e o paulista Gabriel Medina, é fase a fase, com o campeão podendo até ser definido em uma grande final entre eles.

Se ambos perderem na mesma fase, Italo se torna o primeiro surfista da Região Nordeste do Brasil a ser campeão mundial. Ele vai entrar na primeira bateria daqui pra frente e, caso perca antes da final, Medina terá que passar a dele para conquistar o título e entrar no seleto grupo de cinco tricampeões na história da World Surf League, desde o início do Circuito Mundial em 1976: Mark Richards, Tom Curren, Kelly Slater, Andy Irons e Mick Fanning, que conseguiu seu terceiro título no ano antes de Gabriel Medina ganhar o primeiro dele em 2014.

Os dois terão que enfrentar outros brasileiros nas oitavas de final, que abrem o último dia do Billabong Pipe Masters em homenagem à Andy Irons. Italo Ferreira entra na primeira com o paranaense Peterson Crisanto, que está na briga pelas últimas vagas para o CT 2020, em uma ameaçada penúltima posição no grupo dos 22 primeiros do ranking que são mantidos. Gabriel Medina está na quinta bateria com o também paulista Caio Ibelli, que o derrotou na etapa de Portugal, impedindo-o de seguir tentando o tri mundial antecipado na Europa.

Mais dois brasileiros vão disputar classificação para as quartas de final no último dia da temporada. Ambos estão fora dos top-22 e ameaçam a permanência de Peterson Crisanto na divisão principal da World Surf League. O catarinense Yago Dora entra na segunda bateria com o australiano Julian Wilson, mas já confirmou seu nome entre os dez indicados pelo ranking do WSL Qualifying Series, junto com o potiguar Jadson André e os paulistas Alex Ribeiro, Miguel Pupo e até Deivid Silva, que é o último dos top-22.

Yago consegue superar a pontuação de Deivid Silva se passar essa bateria com Julian Wilson. Já a única chance do paulista Jessé Mendes continuar na “seleção brasileira” do CT é chegar nas semifinais. Se Yago passar então, já terá que ser finalista do Billabong Pipe Masters para entrar no G-22. Jessé está na penúltima oitava de final com um concorrente direto, o californiano Griffin Colapinto, que divide o vigésimo lugar no ranking com Peterson Crisanto.

O último dia do Billabong Pipe Masters também vai decidir os últimos classificados pelo ranking da World Surf League, para a estreia do surfe como esporte olímpico no Japão. O time brasileiro já está definido e terá Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb, disputando medalhas nas Olimpíadas de Tokyo 2020. Só restam duas vagas, a segunda dos Estados Unidos que está entre John John Florence e Kelly Slater e a segunda da Austrália, com Jack Freestone tendo que vencer o Pipe Masters para ir junto com Owen Wright, mas só se Julian Wilson perder para Yago Dora nas oitavas de final.

Kolohe Andino é o outro classificado pelos Estados Unidos e mais seis surfistas já garantiram seus nomes, entre os dez indicados pelo ranking masculino da WSL, para disputar medalhas para os seus países nas Olimpíadas de Tokyo, Italo Ferreira e Gabriel Medina pelo Brasil, Jeremy Flores e Michel Bourez pela França, Jordy Smith pela África do Sul e Kanoa Igarashi pelo Japão.

O ranking feminino do World Surf League Championship Tour classificou oito surfistas: Carissa Moore e Caroline Marks pelos Estados Unidos, Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons pela Austrália, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima pelo Brasil, Johanne Defay pela França e Brisa Hennessy, pela Costa Rica.

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