![\"\"](\"http:\/\/1.bp.blogspot.com\/-cIepG86cMeI\/TaJNm99idaI\/AAAAAAAAGqE\/-C2Zb1seqV8\/s1600\/70750.jpg\")
<\/a><\/div>\nFischer dedica parte de seu tempo para causas sociais, atrav\u00e9s da Associa\u00e7\u00e3o Suprema, a qual preside, al\u00e9m de manter uma escolinha de surf totalmente gratuita para crian\u00e7as com o objetivo de conscientiz\u00e1-las e acrescentar valores sobre o meio ambiente. Nos \u00faltimos anos ingressou na pol\u00edtica, pois acredita que, quanto maior o n\u00famero de surfistas alcan\u00e7arem espa\u00e7o neste cen\u00e1rio, consequentemete, o surf tamb\u00e9m ser\u00e1 beneficiado.<\/p>\n
Jornalista de forma\u00e7\u00e3o, Fischer, cursa sua segunda faculdade, Direito, e h\u00e1 poucos meses, assumiu a presid\u00eancia da Associa\u00e7\u00e3o S\u00e3o Vicente de Surf (ASVS), com o foco voltado ao fortalecimento do surf vicentino.\u00a0A entrevista que voc\u00eas ter\u00e3o a oportunidade de ler, recordar\u00e1 esses e outros assuntos sobre um dos Big Riders brasileiros que j\u00e1 dropou ondas havaianas, surfou Mavericks, na Calif\u00f3rnia, entre outras “morras” mundo afora. Segundo Daniks, foi o primeiro a investir num jet-sky no Brasil, em 98, para a pr\u00e1tica do surf rebocado e j\u00e1 praticou tow in ao lado de Big Riders renomados como Romeu Bruno, Formiga, Carlos Burle e Eraldo Gueiros. Confira!<\/p>\n
Como profissional, quais t\u00edtulos voc\u00ea j\u00e1 alcan\u00e7ou?<\/b> A experi\u00eancia nos eventos profissionais foi muito agregadora principalmente pela versatilidade que adquiri em v\u00e1rias categorias como, por exemplo, surfar com pranch\u00e3o, pranchinha, e Stand Up. Isso possibilita muita habilidade e precis\u00e3o na hora de finalizar as manobras, o que acaba interferindo na pontua\u00e7\u00e3o. Acredito que esta versatilidade me ajudou a vencer no Universit\u00e1rio.<\/p>\n Divulga-se muito sobre os nossos atletas de TOW-IN, por\u00e9m, pouco sobre os picos brasileiros para a pr\u00e1tica do mesmo. O que voc\u00ea pode nos contar sobre esses locais?<\/b> Qual a situa\u00e7\u00e3o mais “cabulosa” que voc\u00ea passou fazendo TOW-IN?<\/b> Qual foi a emo\u00e7\u00e3o que voc\u00ea sentiu ao se tornar not\u00edcia no Hawaii ao dropar Jaws gigante?<\/b> A pr\u00e1tica do stand-up \u00e9 relativamente nova no Brasil, contudo, j\u00e1 ganhou v\u00e1rios adeptos. Quais as condi\u00e7\u00f5es ideais para a pr\u00e1tica? \u00c9 necess\u00e1rio algum preparo f\u00edsico especial? Qual \u00e9 o equipamento apropriado?<\/b> Em 2012, voc\u00ea completar\u00e1 30 anos de surf, dedicados ao free surf e ao profissional. Voc\u00ea acredita que algo mudou internamente com rela\u00e7\u00e3o ao esporte?<\/b> Falando de carreira pol\u00edtica, visto que voc\u00ea j\u00e1 se candidatou \u00e0 vereador, trabalhou com o deputado federal Willian WOO e exerce a presid\u00eancia na Suprema e ASVS, sinaliza que teremos um surfista na pr\u00f3xima elei\u00e7\u00e3o? Se positivo, quais suas propostas para o surf?<\/b> \u00c9 not\u00f3rio que houve muitas mudan\u00e7as no surf, desde a performance dos atletas \u00e0 formatos de campeonatos. Quais foram as mudan\u00e7as no cen\u00e1rio pol\u00edtico em prol do surf?<\/b>
\nComo profissional ganhei uma etapa do Paulista em Santos, que valia para o Circuito brasileiro. Fora isto, conquistei alguns p\u00f3dios na Bahia, Esp\u00edrito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Tamb\u00e9m cheguei a uma semifinal do WQS na Indon\u00e9sia.<\/p>\n<\/a>Durante alguns anos voc\u00ea esteve envolvido no circuito universit\u00e1rio de surf, sendo vencedor em alguns. Conte-nos um pouco sobre a sensa\u00e7\u00e3o da vibe das competi\u00e7\u00f5es, considerando a sua experi\u00eancia nos circuitos profissionais?<\/b><\/div>\n
\nOs picos conhecidos n\u00e3o precisam ser contados (risos). Mas, a Garganta do Diabo, onde treino, em S\u00e3o Vicente, \u00e9 alucinante, nada t\u00e3o heavy como outros picos espalhados pelo Brasil, por\u00e9m, \u00e9 um playground para um surf em ondas medianas. Existem v\u00e1rias lajes sendo desbravadas. Na verdade, ningu\u00e9m comenta muito, para evitar o ac\u00famulo do crowd.<\/p>\n
\nFoi numa situa\u00e7\u00e3o em que soltei a corda que puxa o surfista e fiquei no meio do caminho de v\u00e1rios outros jets ao tentar entrar numa onda sem sucesso, em Jaws. Rola um pavor tremendo achar que algu\u00e9m pode te atropelar, ou, que a s\u00e9rie (ondula\u00e7\u00e3o) pode te pegar (risos).<\/p>\n<\/a><\/div>\n
\nMais que a emo\u00e7\u00e3o pelo fato de se tornar not\u00edcia, foi o fato de surfar um tubo de backside (costas para onda) numa onda de 10 metros e ouvir do surfista campe\u00e3o mundial de big surf Garret Mc Namara dizer que se eu fiz isso ali (em Jaws), consigo em qualquer outro lugar (risos). N\u00e3o tem pre\u00e7o (risos). Fiquei emocionado (risos).<\/p>\n
\nJ\u00e1 ganhou v\u00e1rios adeptos porque n\u00e3o existe nenhum preparo f\u00edsico espec\u00edfico, al\u00e9m do que, n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o dif\u00edcil quanto parece. O SUP, em regra, acaba sendo o pr\u00f3prio preparo f\u00edsico (risos). \u00c9 a oportunidade que o surfista consegue ter a sua fam\u00edlia envolvida com o esporte, pois a facilidade para se equilibrar num SUP permite com que qualquer pessoa, independentemente do f\u00edsico ou idade, divirtam-se com facilidade. Para iniciar \u00e9 melhor num local sem ondas, porque se pratica a remada na ess\u00eancia. Com o tempo, o interessado busca evoluir e o desafio \u00e9 entrar nas ondas e surf\u00e1-las harmonicamente com o remo. Justamente por isso, o legal \u00e9 ter no m\u00ednimo dois tipos de pranchas, uma maior, para remadas longas, e, outra, menor, para surfar nas ondas. As medidas dos remos e quilhas influenciam na performance.<\/p>\n
\nSim, bastante coisa! Como sempre viajei muito e fui vers\u00e1til nas diversas categorias do surf, e, hoje, me considero um veterano, n\u00e3o tenho mais tantos desafios a buscar no surf como atleta dentro daquilo que sempre desejei. Mas, como o surf \u00e9 minha paix\u00e3o e me proporcionou muita coisa na vida, tenho uma esp\u00e9cie de dever moral de trabalhar o lado pol\u00edtico, organizacional, incentivando os mais jovens e tamb\u00e9m fomentar a ind\u00fastria do surf, ainda que os esfor\u00e7os sejam desgastantes. No fim, tudo gera uma satisfa\u00e7\u00e3o e nos preenche qualitativamente.<\/p>\n<\/a><\/div>\n
\nBem, como j\u00e1 me candidatei a vereador em S\u00e3o Vicente nas \u00faltimas duas elei\u00e7\u00f5es, tendo sido bem votado na \u00faltima, e articulado muitos recursos para o Surf com o ent\u00e3o deputado William Woo, \u00e9 ineg\u00e1vel que meu nome n\u00e3o apare\u00e7a como pretenso candidato na pr\u00f3xima. Entretanto, devo lembrar que, quando me candidatei em 2004, eu tinha uma forte dificuldade, na \u00e9poca, de ser recebido por vereadores e at\u00e9 pelo prefeito para implementar um projeto de bolsa-atleta para surfista profissional em S\u00e3o Vicente. Passado o tempo, e gra\u00e7as a (sem crase) Deus, adquiri um leque de relacionamentos que me permite ser recebido por vereadores, secret\u00e1rios, deputados e at\u00e9 pelo prefeito, de maneira que, se eu tiver condi\u00e7\u00f5es de desenvolver projetos para o surf e, assim, sua cadeia produtiva ser atendida n\u00e3o vejo mais o porqu\u00ea de me candidatar. Mas, como assumi novos compromissos e aumentei minha rede de relacionamentos, a decis\u00e3o n\u00e3o caber\u00e1 somente a mim. Mas, uma certeza eu tenho se me candidatar, trabalharei muito para dignificar ainda mais o esporte Surf.<\/p>\n
\nEm se tratando de pol\u00edtica em prol do surf, e n\u00e3o de pol\u00edtica do surf, vejo que os pol\u00edticos perceberam, h\u00e1 certo tempo, que o surf agrupa uma diversidade de pensamentos e formadores de opini\u00f5es. O povo consome o Surf e isso traz votos. O segmento tem m\u00eddias especializadas. Pesquisas mostram que o n\u00famero de pessoas simpatizantes \u00e9 cerca de 10 vezes maior do que o n\u00famero de praticantes. S\u00e3o pessoas que vestem as mesmas roupas, freq\u00fcentam os mesmos lugares e admiram os \u00eddolos do esporte. Mas, na contram\u00e3o desse progresso, a veia que pulsa o setor est\u00e1 obstru\u00edda. N\u00f3s temos um corpo (uma ind\u00fastria), sarado por fora, mas enfermo por dentro. Os atletas est\u00e3o carentes de patroc\u00ednios. E \u00e9 a\u00ed que mora o perigo, pois a eminente participa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica, cada vez mais presente no surf, n\u00e3o rompe paradigmas e ataca sistematicamente essa car\u00eancia, eles atuam na distribui\u00e7\u00e3o de cargos para a maioria dos dirigentes acreditando que apoiar as entidades \u00e9 como se estivesse apoiando o surf e seus atletas. Assim, estes (dirigentes), ao inv\u00e9s de aproveitar o bom tr\u00e2nsito com os pol\u00edticos e sair em defesa de excelentes programas de incentivo aos atletas, tendem a se acomodar, e os pol\u00edticos, que em regra, n\u00e3o s\u00e3o surfistas, entendem que est\u00e3o sendo bem representados neste nicho eleitoral. Isso \u00e9 um engano. Mas, de uma forma geral, o surf est\u00e1 bem mais presente na vida pol\u00edtica do que o pol\u00edtico na vida do surf. Isso tem que mudar.<\/p>\n