Nadar em mar aberto, pedalar e correr em uma das provas mais dif\u00edceis do mundo, superando 515 quil\u00f4metros de muitos desafios. O Ultraman World Championships ser\u00e1 realizado a partir desta sexta-feira (29) e at\u00e9 domingo (1\u00ba\/12), no Hava\u00ed (EUA). O carioca Edson Maisonnette Junior, 40 anos, far\u00e1 sua estreia na disputa, vivendo a expectativa de participar do primeiro Mundial, sua terceira prova na dist\u00e2ncia Ultraman.<\/p>\n
O Ultraman, disputado anualmente desde 1983, ter\u00e1 nesta edi\u00e7\u00e3o 2019 a presen\u00e7a de 28 atletas, representando 11 pa\u00edses \u2013 Alemanha, Argentina, Austr\u00e1lia, Brasil, Canad\u00e1, Col\u00f4mbia, Espanha, Estados Unidos, Fran\u00e7a, Honduras e \u00cdndia. Edson chegou no in\u00edcio desta semana ao Hava\u00ed, fase final de prepara\u00e7\u00e3o para a prova.<\/p>\n
\u201c\u00c9 dif\u00edcil falar em rendimento e tempo em um lugar t\u00e3o surpreendente como o Hava\u00ed. Aqui as condi\u00e7\u00f5es s\u00e3o a grande surpresa da prova. Podemos pegar desde chuva e muito vento contra como um sol de rachar. Ent\u00e3o a ideia \u00e9 sempre fazer o melhor poss\u00edvel, principalmente em uma disputa de tr\u00eas dias, onde um erro no primeiro ou no segundo dia pode custar todo o trabalho de meses\u201d, explica Edson.<\/p>\n
\u201cSer\u00e1 minha terceira prova na dist\u00e2ncia Ultraman, mas a primeira vez no Mundial. Espero que a primeira de muitas. J\u00e1 estou apaixonado por esse lugar. A energia \u00e9 fant\u00e1stica aqui em Kona e parece que a gente se sente abra\u00e7ado pela Big Island\u201d, afirma o triatleta.<\/p>\n
O Brasil estar\u00e1 representando por Edson e por Alessandro Medeiros, 49 anos. \u201cO Ale mora nos Estados Unidos h\u00e1 alguns anos e \u00e9 um grande amigo. Foi o capit\u00e3o do meu time no Ultraman Florida este ano\u201d, observa.<\/p>\n
No primeiro dia ser\u00e3o 10 quil\u00f4metros de nata\u00e7\u00e3o em mar aberto, seguido de 145 quil\u00f4metros de ciclismo. O segundo ser\u00e1 totalmente das bikes, com mais 276 quil\u00f4metros pedalando. O Ultraman termina no domingo, terceiro dia de disputas, com a dupla maratona: 84 quil\u00f4metros. Um evento que explora ao extremo tanto a parte f\u00edsica como mental do atleta, um desafio de resist\u00eancia.<\/p>\n
\u201cPara mim, mais do que um desafio, \u00e9 uma ben\u00e7\u00e3o. Estar tr\u00eas dias vivendo intensamente o esporte que amo e sendo cuidado de perto por um staff com pessoas especiais. Espero que a alegria e leveza que me fazem ser completamente apaixonado pelo triatlo estejam sempre presentes nesses dias m\u00e1gicos, mesmo sabendo que tem horas que o corpo sofre um pouquinho\u201d, garante.<\/p>\n
\u201cMinha prepara\u00e7\u00e3o foi at\u00edpica por diversos fatores pessoais como mudan\u00e7a de cidade, troca de equipe, alterando um pouco a metodologia de treino. Sem falar na perda da minha m\u00e3e. Todos estes fatores de alguma forma influenciam na prepara\u00e7\u00e3o, mas acabam nos tornando um pouco mais fortes e com muito mais vontade de cruzar a linha de chegada\u201d, completa Edson.<\/p>\n
Edson est\u00e1 h\u00e1 mais de 10 anos participando das principais provas do calend\u00e1rio nacional e internacional, percorrendo todas as dist\u00e2ncias. Em 2019, terminou na 11\u00aa coloca\u00e7\u00e3o geral no Ultraman Fl\u00f3rida (EUA) e garantiu qualifica\u00e7\u00e3o para o Mundial, fazendo a quarta melhor dupla maratona do dia. Em 2018, nove meses depois de passar por uma cirurgia no tend\u00e3o de Aquiles, disputou a prova de Triathlon Extremo na Patag\u00f4nia chilena \u2013 3,8 km de nata\u00e7\u00e3o em \u00e1guas frias (10 graus), 180 km de ciclismo pela Carretera Austral e 42,2 km em trilhas, ficando na 30\u00aa coloca\u00e7\u00e3o no geral. Em 2017, foi quinto colocado no Campeonato Ultraman Brasil (UB515). Em 2015, recebeu o Ironman Warrior, t\u00edtulo concedido pela Latin Sports aos \u00fanicos sete atletas que correram todas as etapas brasileiras da marca Ironman.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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