Temporada 2021 da World Surf League começou na ilha de Maui no Havaí

A disputa pelos títulos mundiais do World Surf League Championship Tour 2021 teve início pela categoria feminina na sexta-feira (4), no Havaí. O prazo do Maui Pro apresentado pela Roxy nas ondas de Honolua Bay é até 15 de dezembro, enquanto a abertura do CT masculino no Billabong Pipe Masters apresentado pela Hydro Flask, começa nesta terça-feira (8) e vai até o dia 20 na ilha de Oahu. Os brasileiros são maioria entre os 34 concorrentes ao título mundial, com 11 surfistas, mas a gaúcha Tatiana Weston-Webb é a única na elite das top-17 na temporada 2021. Os dois eventos serão transmitidos ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo canal ESPN no Brasil.

Depois do cancelamento do CT 2020 por causa da pandemia do Covid-19, é grande a expectativa para a retomada do Circuito Mundial. A primeira batalha será travada no palco que vinha fechando a temporada e as previsões das ondas para Honolua Bay estão boas para começar o Maui Pro apresentado pela Roxy na sexta-feira na ilha de Maui. O fuso no Havaí é de 7 horas a menos do Brasil. Esta será a primeira vez que as mulheres terão um circuito com doze etapas para competir. As cinco primeiras do ranking final, decidirão o título mundial no WSL Finals, marcado para 8 a 17 de setembro de 2021 em Trestles, na Califórnia.

“Não poderíamos estar mais animadas para começar a temporada do Championship Tour em Maui”, disse Jessi Miley-Dyer, vice-presidente de circuitos e competições da WSL. “Tivemos que cancelar o circuito deste ano (2020), então será especial dar as boas-vindas às melhores surfistas do mundo em Honolua Bay. Planejamos realizar a competição em um ambiente seguro e responsável, graças a um cuidadoso protocolo e aos procedimentos desenvolvidos por nossas equipes, em colaboração com funcionários de saúde pública, especialistas médicos e agências governamentais locais”.

A heptacampeã Stephanie Gilmore venceu o Maui Pro apresentado pela Roxy em 2019, mas quem festejou o título da temporada foi a havaiana Carissa Moore. A nova tetracampeã vai estrear na terceira bateria em Honolua e a australiana entra na seguinte. Já a brasileira Tatiana Weston-Webb, foi escalada para fechar a rodada inicial, disputando as duas últimas vagas diretas para a terceira fase com duas norte-americanas, Courtney Conlogue e Sage Erickson.

A gaúcha mora na ilha de Maui desde criança e já enfrentou suas primeiras adversárias várias vezes nos seus cinco anos na divisão de elite da World Surf League. Ela entrou no grupo das melhores surfistas do mundo em 2015 e foi barrada por Courtney Conlogue em três etapas na primeira temporada. Em baterias eliminatórias, Courtney ganhou 9 contra 4 da brasileira, que supera Sage Erickson com 7 vitórias nos 9 confrontos que tiveram em 5 anos.

Tatiana ganhou um evento na carreira, o US Open of Surfing de 2016 em Huntington Beach, Califórnia. No ano seguinte, chegou em mais duas finais, justamente contra as surfistas que vai enfrentar na primeira fase do Maui Pro apresentado pela Roxy. Perdeu a decisão nas ilhas Fiji para Courtney e para Sage quando tentava o bicampeonato no US Open. Depois, também foi derrotada nas duas finais que disputou em 2018 e na única de 2019 na Austrália, em Margaret River, onde passou por Courtney nas quartas de final, último confronto entre elas.

“Neste período sem campeonatos, eu procurei surfar bastante e deu para corrigir muita coisa no meu surfe. Mas, a gente perde um pouco o ritmo de competição”, disse Tatiana Weston-Webb. “Eu adoro competir. É quando me sinto bem e, com a proximidade do CT, a cabeça fica melhor ainda, mais focada. Não vejo a hora de chegar o dia”.

Esta próxima temporada promete ser emocionante. Tatiana vem treinando forte para tentar um primeiro título mundial do Brasil na categoria feminina, enquanto Stephanie Gilmore corre atrás de um igualmente inédito octacampeonato e Carissa Moore quer ser pentacampeã. As três terão outra disputa importante em 2021, na estreia do surfe como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio. A cearense Silvana Lima, que perdeu sua vaga na elite em 2019, será a companheira de Tatiana na equipe feminina do Brasil para brigar por medalhas no Japão.

COVID-19 – A World Surf League trabalhou com especialistas da área médica e dos governos estadual e municipal, para garantir que o Maui Pro apresentado pela Roxy seja seguro para as atletas, funcionários e comunidade local, em relação à proteção do Covid-19. Para evitar aglomerações, haverá controle de público na praia e o evento será realizado como uma produção de filme para a transmissão ao vivo. O protocolo desenvolvido pela WSL e já usado com sucesso nos eventos do WSL Countdown esse ano, terá aplicação de vários testes Covid-19 nos atletas, seus acompanhantes e funcionários, com verificações diárias de temperatura, medidas de distanciamento social, desinfecção frequente em todas as áreas comuns e com pessoal mínimo no local. Esses padrões foram desenvolvidos com base nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e deverão ser utilizados em todos os eventos da WSL.

O prazo de realização do Maui Pro apresentado pela Roxy começa nesta sexta-feira e vai até 15 de dezembro. A competição será transmitida ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e no aplicativo da WSL, além da ESPN no Brasil e pelo Spectrum Surf Channel no Havaí.

PRIMEIRA FASE DO MAUI PRO APRESENTADO PELA ROXY:
1.a: Lakey Peterson (EUA), Nikki Van Dijk (AUS), Keely Andrew (AUS)
2.a: Caroline Marks (EUA), Isabella Nichols (AUS), Tyler Wright (AUS)
3.a: Carissa Moore (HAV), Bronte Macaulay (AUS), Bettylou Sakura Johnson (HAV)
4.a: Stephanie Gilmore (AUS), Malia Manuel (HAV), Macy Callaghan (AUS)
5.a: Sally Fitzgibbons (AUS), Johanne Defay (FRA), Brisa Hennessy (CRI)
6.a: Tatiana Weston-Webb (BRA), Courtney Conlogue (EUA), Sage Erickson (EUA)

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