Tatiana Weston-Webb estreia com vitória no Oi Rio Pro

Tatiana Weston-Webb of Brazil advanced directly to Round Three of the OI Rio Pro after winning Heat 6 of Round 1 at Itaùna Beach, Saquarema, Brazil.Tatiana Weston-Webb of Brazil advanced directly to Round Three of the OI Rio Pro after winning Heat 6 of Round 1 at Itaùna Beach, Saquarema, Brazil.

O Oi Rio Pro 2018 teve início na sexta-feira, 11, e as meninas foram as primeiras a estrearem as ondas de Saquarema. E o primeiro dia terminou com a estreia vitoriosa da gaúcha Tatiana Weston-Webb. A havaiana competindo com a bandeira do Brasil gravada em sua lycra do World Surf League Championship Tour. “Eu fui criada na ilha Kauai (Havaí) e pra mim foi uma decisão superdifícil mudar de nacionalidade”, disse Tatiana Weston-Webb, que sempre competiu como havaiana desde o início da carreira e só agora decidiu defender o Brasil no Circuito Mundial. “Como o Havaí não será representado nas Olimpíadas e eu quero muito participar do maior evento esportivo do mundo, então achei melhor mudar para o Brasil. A torcida aqui é fenomenal, sempre me senti muito bem aqui e poder representar o Brasil nas Olimpíadas vai ser um sonho”.

Silvana Lima of Brazil will surf in Round 2 of the OI Rio Pro after placing Third in Heat 4 of Round 1 at Itaùna Beach, Saquarema, Brazil.

Tatiana fez a segunda melhor apresentação da primeira fase do Oi Rio Women´s Pro na sexta-feira de ondas pequenas na Praia de Itaúna. Ela derrotou a australiana Keely Andrew e a francesa Johanne Defay, vice-campeã em Saquarema no ano passado, por 13,16 pontos somando notas 5,83 e 7,33 em duas ondas seguidas.

Porém, Carissa Moor foi a melhor do dia, ela atingiu imbatíveis 13,67 pontos com notas 7,67 e 6,00. Esta bateria marcou a estreia da cearense Silvana Lima na etapa brasileira do WSL Championship Tour, mas ela só conseguiu achar uma onda para surfar e vai ter que disputar a repescagem, assim como a surfista local de Saquarema, Taís de Almeida, derrotada na última bateria da manhã. “Eu acho que é preciso um pouco de sorte em baterias assim com poucas ondas e tem que saber aproveitar as poucas chances que surgirem para surfar”, disse Carissa Moore. “Pra mim, o mais importante é manter o foco na água e não deixar o nervosismo tomar conta. Foi difícil manter a concentração com um intervalo tão grande como hoje (sexta-feira). Eu estava meio ansiosa antes de voltar para a água, mas as condições melhoraram e sinto que foi a decisão certa esperar a maré encher de novo”.

As duas brasileiras derrotadas na primeira fase, ainda têm uma segunda e última chance de continuar na disputa do título. A cearense Silvana Lima foi escalada na segunda bateria da primeira rodada eliminatória da etapa brasileira em Saquarema, contra a australiana Bronte Macaulay. E a saquaremense Taís de Almeida entra no confronto seguinte com a vice-campeã do Oi Rio Pro no ano passado, Johanne Defay, da França.

Pela manhã, as australianas Tyler Wright, Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons, conquistaram as primeiras vagas para a rodada classificatória para as quartas de final. Competindo com a lycra amarela, Stephanie Gilmore começou a defender a primeira posição no ranking com vitória no último confronto. A saquaremense Taís de Almeida ficou em terceiro lugar, mas terá outra chance de classificação na repescagem. “É até engraçado, porque tinha bastante swell (ondulação) antes do início do evento, mas hoje (sexta-feira) as ondas estão bem fracas e difíceis de conseguir notas mais altas”, disse Stephanie Gilmore. “É sempre ruim estar na bateria antes do evento parar, mas a previsão está mostrando que o mar vai baixar ainda mais, então entendo que tem que aproveitar o restante do swell. Como eu venci, estou feliz, mas se perdesse, ia ficar muito brava (risos)”.

A atual líder do ranking entrou no mar quando a bicampeã mundial e também bicampeã do Oi Rio Pro, Tyler Wright, saía de outra bateria muito fraca de ondas na Praia de Itaúna. Mesmo com o placar mais baixo do dia, 7,53 pontos nas duas notas computadas, a australiana cumpriu o objetivo, que era vencer para passar direto para a terceira fase. “A minha bateria foi muito lenta, fraca de ondas, então foi um alívio passar direto para a terceira fase”, disse Tyler Wright, que falou sobre as duas vitórias consecutivas no Oi Rio Pro. “Eu acho que posso melhor muito ainda aqui no Brasil. Mas, sei que esse tipo de onda daqui é necessário você se adaptar rapidamente com as constantes mudanças nas condições do mar”.

Por João Carvalho

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