Silvana Lima “is back in 2017”

A cearense Silvana Lima confirmou o seu retorno a divisão de elite da World Surf League com chave de ouro na Austrália. No último domingo (06), ela venceu a decisão do QS 6000 Sydney International Women´s Pro com a australiana Philippa Anderson, para fechar a temporada em primeiro lugar no ranking do WSL Qualifying Series. É a segunda vez que Silvana volta ao CT como campeã do QS. Silvana Lima recoloca o Brasil e a América do Sul no grupo das melhores surfistas do mundo e, com 32 anos de idade, será a mais experiente entre as top-17 do Tour em 2017. “Nem posso acreditar, é uma emoção incrível. Eu me senti bem confiante neste evento e minhas pranchas estavam ótimas, então acho que isso realmente me ajudou a vencer o campeonato. Estou pronta para voltar ao CT, com certeza”, disse Silvana Lima.

Silvana Lima (CE) / Foto Bennett

Silvana Lima (CE) / Foto Bennett

Esta foi a terceira etapa que a cearense ganhou esse ano. A primeira vitória foi na estreia do QS 1500 Praia do Forte Pro apresentado pela Oi no litoral norte da Bahia. A segunda aconteceu no QS 3000 da Costa Rica e agora no QS 6000 Sydney International Women´s Pro, que fechou o WSL Qualifying Series feminino na Austrália. Silvana chegou na grande final já com o primeiro lugar no ranking garantido e a ex-líder, Nikki Van Dijk, terminou em segundo, empatada com mais duas australianas, Bronte Macaulay e Keely Andrew. Silvana brilhou com grandes apresentações nas ondas de Cronulla Beach, tirando as maiores notas e fazendo os maiores placares em cada fase da competição. Quando começaram os confrontos diretos, a cearense despachou a jovem australiana Kirra-Belle Olsson nas oitavas de final por 16,34 pontos com duas notas 8,17. E nas quartas, recebeu outro 8,17 para ganhar fácil da havaiana Coco Ho por 15,84 a 4,50.

Ela só não conseguiu repetir a dose na semifinal contra outra australiana de uma geração bem mais nova do que a dela. Dessa vez, foi sua oponente quem surfou a melhor onda, mas Isabella Nichols acabou cometendo um erro na disputa de uma onda com a brasileira no final da bateria. Os juízes assinalaram a penalidade de “interferência” e a australiana só computou a sua maior nota, 8,0, contra duas na casa dos 6 pontos de Silvana Lima. “Para ser honesta, estou bastante chateada”, lamentou Isabella Nichols. “Eu tive que ir naquela onda no final com a Silvana (Lima) e acabou que deram (os juízes) interferência para mim. Eu não acho que tenha feito e teria vencido a Silvana se não recebesse a penalidade. Eu estou feliz com o meu surfe nesse campeonato, mas gostaria mais se tivesse feito melhor”.

Com a passagem para a final, Silvana já ultrapassava as australianas Nikki Van Dijk, Keely Andrew e Bronte Macaulay no QS, que naquele momento estavam empatadas em primeiro lugar no ranking. Na decisão do título do Sydney International contra Philippa Anderson, o mar já estava mais difícil em Cronulla Beach, não entraram muitas ondas boas e a baixinha cearense fechou a temporada com vitória por 11,30 a 8,60 pontos. O título valeu um prêmio de 10.000 dólares para Silvana Lima, que mais uma vez coloca o Brasil na elite feminina da World Surf League. Para o próximo ano as outras novidades são a australiana Bronte Macaulay, 22 anos, e a francesa Pauline Ado, 25. As outras três vagas do ranking de acesso foram conquistadas por surfistas que já estão na elite deste ano, as australianas Nikki Van Dijk, 21, Keely Andrew, 21, e a havaiana Coco Ho, 25.

Por João Carvalho

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