Segunda etapa decidida em Maresias

Podio Cidades Hang Loose Surf Attack Maresias / Foto Munir El HagePodio Cidades Hang Loose Surf Attack Maresias / Foto Munir El Hage

Sophia Medina, Ryan Kainalo e Anuar Chiah mantiveram 100% de aproveitamento em suas categorias e Rodrigo Saldanha voltou a vencer depois de dois anos, na 2ª etapa do Hang Loose Surf Attack 2018, encerrada no último domingo (29), na Praia de Maresias, em São Sebastião. Na disputa por equipes, os “donos da casa” somaram três das seis vitórias e foram os melhores com folga sobre os principais, os surfistas de Ubatuba.

Rodrigo Saldanha Hang Loose Surf Attack Maresias / Foto Munir El Hage

Sophia, talento local, faturou a feminina sub16, novidade este ano; Ryan, que compete por Ubatuba, levou a melhor na sub12, abrindo boa vantagem para o bicampeonato; e Anuar, vindo de Matinhos/PR, foi o melhor entre os caçulas da sub10. Já Rodrigo, que também mora em Maresias, já tinha a maior nota de todo o evento, nove pontos, e confirmou a boa performance, faturando a sub14.

No sábado, foram definidas outras duas vitórias, para as categorias mais velhas, com Daniel Adisaka, mais um surfista que mora em Maresias, foi o primeiro na sub18, e Eduardo Motta, de Guarujá, ganhou na sub16, se despedindo oficialmente do Circuito, para se dedicar às disputas do QS. A competição mais tradicional do surf brasileiro reuniu 236 surfistas com até 18 anos, de nove estados e também da Argentina e até do Havaí.

No domingo, com sol e ondas de meio metro, mas constantes, a garotada mostrou um excelente nível técnico. A primeira final no mar foi dos mais jovens e assim como na etapa inicial, Anuar Chiah foi o grande vitorioso, tendo Kailani Rennó, de Ubatuba filho do big rider Zecão, ficando em segundo. João Victor, prata da casa, foi o terceiro, enquanto que Keone Roitman, que nasceu no Havaí e está de férias no Brasil, terminou em quarto.

Na sub12, Ryan Kainalo voltou a se destacar. O surfista de 12 anos competiu em quatro categorias, foi o segundo na sub16 na véspera e, na sua faixa etária dominou a bateria decisiva desde o início. Pegou uma ótima direita, terminando a onda praticamente com as quilhas na areia, para garantir 6,75. Depois ainda aumentou a vantagem, com um 6,45.

Murillo Coura, mais um talento de Maresias, fez frente ao rival, garantiu a melhor onda da final, 7,25, também indo até a areia, mas não conseguiu virar o resultado. Guilherme Fernandes ficou em terceiro e Ryan Coelho completaram o pódio. “Valeu muito a pena competir nas quatro categorias. Na sub16 fiquei em segundo e nessa final, o mar baixou e sabia que seria difícil, porque a molecada é muito leve, os três muito bons, mas consegui mais esse bom resultado”, vibrou Ryan.

Na feminina, Sophia Medina teve um torcedor ilustre, o irmão primeiro brasileiro campeão mundial de surf, Gabriel Medina. Na água, ela abriu com um 6,75 com uma onda bem trabalhada até a areia e depois em sua quarta onda, a melhor da bateria, ficou isolada na liderança, ao garantir 7,75. Pamella Mel, que já morou em Maresias e hoje está em SC, ficou em segundo, com Nairê Marquez, outra surfista que conhece bem as ondas locais e voltou a morar em Ubatuba, em terceiro e Mayara Zampieri, revelação local, em quarto.

“A bateria foi muito divertida. Como eu comecei pegando uma onda boa, me dei um pouco de confiança. Fiz o que treinei. Isso tudo é resultado de muito treino. Foi uma bateria forte e difícil”, comentou Sophia, vibrando por vencer em casa. “É muito bom, com toda a família aqui, amigos, onde surfo quase todos os dias”, relatou.

A última final do dia foi a sub14 e Rodrigo Saldanha entrou no mar como o dono da melhor onda surfada no evento, um nove pontos. Abriu com 6,75 e disparou na quarta apresentação com um 7,60. Heitor Mueller, de SC, chegou a ameaçar a vitória, com uma nota 7, mas não conseguiu assumir a ponta. O também catarinense Léo Casal, que passou alguns meses na Austrália, foi o terceiro, com o potiguar radicado em Maresias, Fabrício Rocha, em quarto.

“Vencer em casa é a melhor parte. Não tinha muita onda, mas merrequeiro gosta (risos). Passei todas as baterias em primeiro, fiz a melhor onda do evento e estou muito feliz com tudo isso. Obrigado Senhor”, vibrou Rodriguinho, considerando-se um surfista especialista em ondas pequenas. “Fazia tempo que eu não ganhava no Hang Loose, foi em 2016, e agora estou na briga e vou para cima”, completou.

Além das disputas no mar, o evento contou com vários atrativos na areia, como brincadeiras, gincanas, ping pong, pebolim, pintura de pranchas com o artista Jefferson Guedes, o Jefinho, além do suporte da equipe do doutor Frans Burini, com nutrição, fisioterapia, acompanhamento médico, aquecimento e avaliação. O Circuito terá mais duas etapas, com o próximo encontro nos dias 28 a 30 de setembro e a grande final de 26 a 28 de outubro.

Por Fábio Maradei

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