Rogério Mendes quer novamente pódio no Aloha Spirit Festival

Rogério Mendes / Fabio MottaRogério Mendes / Fabio Motta

Os importantes títulos individuais na canoagem va’a falam por si: campeão master e overall de OC1 no Aloha Spirit Festival 2017 com 100% de aproveitamento e o mais recente, o Desafio Salvador Morro de São Paulo, na Bahia, remando 60 km ininterruptos no início deste ano, numa verdadeira prova de superação. O canoísta Rogério Mendes é hoje um dos grandes nomes da modalidade, também conhecida canoa havaiana, e une o talento à disciplina militar, com foco e preparação física e técnica para sua evolução.

Rogério Mendes / Foto Carla Falleiros

Depois da conquista no litoral baiano, o atleta de 41 anos compete ainda mais motivado e quer remar forte novamente na abertura do Aloha Spirit Festival, de sexta-feira a domingo (23 a 25), na Praia do Perequê, em Ilhabela. Além da prova de va’a, ele disputará o Waterman, que reúne natação, stand up paddle (modalidade onde também já figurou como um dos principais nomes do País) e paddleboard.

“No ano passado, venci as três etapas e espero remar bem de novo. Estou muito bem preparado fisicamente. Treinei muito para o Desafio Salvador, mas hoje é difícil apostar quem sairá vencedor. Temos quatro, cinco remadores que ninguém sabe quem vai ganhar. Disputa muito intensa. Tem o Murillo Pinheiro, que ganhou o Brasileiro várias vezes, o Felipe Neuman, outro grande rival, que pode surpreender, além do Leão, do Paulão”, comenta Rogério, citando Rafael Leão e Paulo dos Reis, que compete em casa.

Major do Exército, Rogério tem o esporte em sua vida diária, sobretudo as remadas. A ida e volta para o trabalho, no Forte dos Andradas, em Guarujá, é feita numa OC1, num percurso de 11 km, desde sua casa, na Ilha Porchat, em São Vicente. “Geralmente meu meio de transporte é a canoa. O pessoal já acostumou. Quando não é possível, vou de bicicleta ou até correndo”, conta Rogério, casado com Milena Amaral, outra conhecida atleta ligada ao mar, que iniciou com bodyboard, migrou para o stand up paddle e canoas.

“O esporte é minha válvula de escape para os problemas diários. Se não tiver meu momento, não consigo dormir”, comenta o atleta, que rema de canoa desde 2014 e este ano mostrou estar em grande forma na prova em Salvador. “Foi a mais difícil que já participei. Cometi um erro no início, logo no primeiro quilômetro e tive de fazer um pequeno retorno, mas caí para a última colocação. Foi uma prova de superação total e muita dor”, relata.

No Waterman, a expectativa é tentar um pódio, mas ele adianta que há adversários muito fortes e com mais experiência na disputa. “Estou longe de ser o favorito. Os caras feras são o Patrick Winkler, o Cláudio Brito e o Tiago Giacomelli. Eu participei em Salvador no ano passado e fiquei em terceiro. Minha prova mesmo é a canoa”, admite o atual campeão do Aloha Spirit Festival na canoa havaiana.

Por Fabio Maradei

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