Rip Curl Pro Playa Grande QS 1000 abre a temporada 2022/2023

Cauã Costa foi o recordista de pontos da quarta-feira na Playa Grande (Crédito: Mariano Antúnez / Rip Curl Pro)Cauã Costa foi o recordista de pontos da quarta-feira na Playa Grande (Crédito: Mariano Antúnez / Rip Curl Pro)

Argentina – PLAYA GRANDE, Mar del Plata – O Rip Curl Pro Playa Grande abriu nesta quarta-feira a temporada 2022/2023 da World Surf League (WSL) Latin America em Mar del Plata, na Argentina. Em um lindo dia de Sol e boas ondas na Playa Grande, 39 surfistas de 6 países competiram nas 12 baterias das duas primeiras fases. Apenas 16 seguem na briga pelos primeiros 1.000 pontos no ranking regional classificatório para o Challenger Series de 2023.

A recém-coroada campeã sul-americana de 2021/2022 da WSL Latin America, Sophia Medina, irmã mais jovem do tricampeão mundial, Gabriel Medina, está na primeira bateria da quinta-feira na Playa Grande, junto com mais duas brasileiras, Naire Marquez e Pamella Mel. Mais 27 surfistas do Brasil, Argentina, Peru, Chile e Equador, vão competir nas outras sete baterias da primeira fase feminina do Rip Curl Pro Playa Grande. Depois das meninas, serão realizados os oito confrontos da rodada de estreia dos cabeças de chave da categoria masculina.

Quem vai abrir esta terceira fase é Santiago Muniz, único representante da Argentina classificado para o Challenger Series 2022, único caminho para se chegar na elite do World Surf League Championship Tour. Ele e o também argentino Joaquin Muñoz Larreta, são os cabeças de chave da primeira bateria e vão enfrentar dois dos cinco chilenos que passaram pela quarta-feira, Noel De La Torre e Gustavo Dvorquez. Entre os 32 surfistas que vão brigar pelo título em Mar del Plata, 19 são do Brasil, 6 da Argentina, 5 do Chile, 1 do Peru e 1 do Uruguai.

No primeiro dia, os argentinos se destacaram na primeira fase, conseguindo as maiores notas da quarta-feira nas direitas e esquerdas da Playa Grande. Juan Ruggiero foi quem ganhou a primeira no critério excelente do julgamento, 8,25. “Eu estava um pouco nervoso, porque era minha primeira bateria. Mas, estou contente por ter pegado uma boa onda para mostrar meu surfe. O dia está lindo, as ondas estão boas e espero seguir assim”, disse Juan Ruggiero.

No entanto, ele depois terminou em último na sua bateria da segunda fase, contra três brasileiros. Juan só conseguiu surfar uma onda boa, que valeu 6,75. Chegou a liderar o confronto, até o cearense Cauã Costa achar as rampas para voar nas esquerdas e ganhar notas 7,65 e 8,25, com seus aéreos de backside em duas ondas seguidas. Ele é o recordista de pontos do Rip Curl Pro Playa Grande 2022, com os 15,90 que totalizou.

“Estou muito feliz por ter avançado essa minha primeira bateria”, disse Cauã Costa. “Graças a Deus, eu consegui mandar dois aéreos ali no finalzinho da bateria, porque não tinha achado nada no começo. Ainda bem que vieram essas duas ondas perfeitas e consegui completar os aéreos, para garantir minha classificação para a próxima fase. Essa é a primeira vez que venho à Mar del Plata e estou gostando bastante”.

Cauã Costa só não conseguiu encabeçar a outra lista de recordes do Rip Curl Pro Playa Grande. A maior nota continuou sendo a 8,60 recebida por Nicolas Hermida, na bateria que fechou a primeira fase. Ele também perdeu depois e Julian Honores foi o único argentino a passar para a quinta-feira, entre os 13 que competiram no primeiro dia. A classificação foi em segundo lugar na bateria vencida por Manuel Selman, com ambos eliminando outro chileno, Leon De La Torre, além do único participante do Panamá, Tao Rodriguez.

Quem chegou mais perto dos 15,90 pontos de Cauã Costa, foi outro chileno, Roberto Araki, que venceu a penúltima bateria da quarta-feira em Mar del Plata. Ele atingiu 14,25 pontos, somando notas 7,90 e 6,35. O brasileiro Luan Carvalho avançou junto com ele, barrando mais dois argentinos, Radziunas Franco e o recordista de nota, Nicolas Hermida. Dos seis surfistas do Chile que já estrearam no Rip Curl Pro Playa Grande, apenas um não se classificou.

“Perder na primeira bateria é muito ruim. Aconteceu comigo semana passada no Brasil, mas aqui eu consegui passar e espero seguir assim nas próximas fases”, disse Roberto Araki. “Eu comecei bem a bateria com uma nota 7,90, depois tentei um aéreo que não completei, mas consegui avançar. A última vez que disputei esse campeonato aqui em 2019, eu fiquei em terceiro lugar, só perdi nas semifinais, então espero melhorar esse resultado esse ano”.

Na terceira fase do Rip Curl Pro Playa Grande, Roberto Araki já vai enfrentar o surfista que tirou sua chance de disputar o título da etapa argentina do World Surf League (WSL) Qualifying Series em 2019, o campeão mundial Pro Junior daquele ano, Lucas Vicente. O vencedor foi outro catarinense, Matheus Navarro, que não foi defender seu título em Mar del Plata. Além de Lucas, mais dois brasileiros estarão na bateria com Roberto Araki, o ex-top do CT, Alejo Muniz, e o paulista Daniel Adisaka.

Compartilhe.