O SHISEIDO Tahiti Pro apresentado por Outerknown vai promover a primeira etapa após o corte da elite no meio da temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT). Será a última chance para a torcida ver os melhores surfistas do mundo desafiando os tubos de Teahupo´o, antes da disputa por medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. A competição do surfe será realizada nesta mesma perigosa bancada de corais, que não permite erros. Quatro surfistas vão representar a seleção brasileira da WSL a partir desta sexta etapa do CT 2024, os campeões mundiais Gabriel Medina e Italo Ferreira, Yago Dora e Tatiana Weston-Webb.
O prazo do SHISEIDO Tahiti Pro começa na próxima quarta-feira e vai até o dia 31 de maio na Polinésia Francesa. Se o evento for iniciado pela categoria feminina, o Brasil estreará na primeira bateria, com Tatiana Weston-Webb enfrentando a costa-ricense Brisa Hennessy e a havaiana Gabriela Bryan. Com a redução do número de participantes de 18 para 12 surfistas, a vitória nas baterias da primeira fase já vale passagem direta para as quartas de final. Quem ficar na segunda e terceira posições, têm uma segunda chance de classificação na repescagem.
Na competição masculina, a quantidade de surfistas caiu de 36 para 24 e quem estrear com vitória, avança para as oitavas de final, com os dois derrotados indo para a repescagem, quando as baterias passam a ser no sistema homem a homem. Yago Dora será o primeiro brasileiro a desafiar os tubos de Teahupo´o. Ele foi escalado na segunda bateria, com o havaiano John John Florence e o indonésio Rio Waida. Italo Ferreira entra na quarta com o californiano e líder do ranking, Griffin Colapinto, e o vencedor da triagem entre surfistas locais, que ainda será disputada.
O tricampeão mundial Gabriel Medina estreia na sexta das oito baterias da primeira fase, com o californiano Jake Marshall e o havaiano Imaikalani deVault. Medina é um dos favoritos ao título do SHISEIDO Tahiti Pro e pela medalha de ouro nas Olímpiadas também. Ele será um dos representantes do Brasil nos Jogos de Paris, junto com Filipe Toledo, João Chianca, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel. O Brasil é o único país que terá seis surfistas disputando medalhas nas Olimpíadas da França. O Gabriel, a Tainá e a Luana, se classificaram no último ISA Surfing Games em Porto Rico esse ano, enquanto Filipe, João e Tatiana, confirmaram seus nomes pelo ranking da WSL de 2023.
Gabriel Medina já surfou quatro tubos perfeitos em Teahupo´o, que receberam nota 10 dos juízes e decidiu o título da etapa taitiana seis vezes. Ele só não supera o GOAT, Kelly Slater, que chegou em sete finais e venceu cinco títulos. O brasileiro ganhou a sua primeira decisão em 2014 e venceu também em 2018, nos dois anos que conquistou os seus primeiros títulos mundiais. Os vice-campeonatos foram em 2015, 2017, 2019 e no ano passado, quando perdeu para o australiano Jack Robinson. Já Slater, que é um dos convidados do SHISEIDO Tahiti Pro, foi campeão em 2000, 2003, 2005, 2011 e 2016. Só não ganhou em 2013 e em 2014, quando foi derrotado por Gabriel Medina.
LEXUS WSL FINALS – Depois do corte na elite na Austrália, os 22 homens e as 10 mulheres que permaneceram, já com suas vagas garantidas na elite do ano que vem, vão brigar agora para terminar entre os top-5 e as top-5 dos rankings. Os brasileiros terão que buscar uma recuperação para chegar neste grupo, que vai disputar os títulos mundiais de 2024 no Lexus WSL Finals, em setembro nas ondas de Trestles, na Califórnia. No momento, Italo Ferreira ocupa o 16.o lugar no ranking, com Gabriel Medina em 19.o e Yago Dora em 22.o. Já Tatiana Weston-Webb ficou em nono, entre as 10 que escaparam do corte.
Desde que a World Surf League mudou o formato para definir os campeões mundiais, em um sistema mata-mata entre os 5 melhores da temporada e em um único de competição, só deu brasileiro sendo campeão. As três primeiras edições aconteceram nas ondas de alta performance de Trestles, em San Clemente, na Califórnia, mesmo palco do Lexus WSL Finals este ano também. Gabriel Medina conquistou o tricampeonato mundial em 2021, numa final brasileira com Filipe Toledo, que foi bicampeão em 2022 e 2023.