Os melhores nas categorias de base de sampa

A 4ª e decisiva etapa do Circuito das categorias de base mais tradicional do Brasil foi disputada dias 5 e 6 de novembro, na Praia de Itamambuca, em Ubatuba. Alax Soares, de Guarujá, faturou o título da categoria júnior (até 18 anos), o catarinense Lucas Vicente levou a melhor na mirim (no máximo 16 anos), com Pedro Dib, de São Sebastião, sendo o vice e declarado campeão paulista. Na iniciante (limite de 14 anos), Eduardo Motta, também de Guarujá, aumentou a sua coleção de títulos, enquanto que na estreante (sub12), Caio Costa, de São Sebastião, confirmou a ponta. Já na petit, Ryan Kainalo, defendendo Ubatuba, já era o bicampeão por antecipação e terminou o circuito como o único atleta com 100% de aproveitamento com mais uma vitória. Na disputa por equipes, Ubatuba voltou ao lugar mais alto do pódio, faturando o prêmio especial de R$ 2 mil, oferecido pela Federação Paulista de Surf, como incentivo ao trabalho de base. O título foi conquistado na última bateria do dia, a decisão da júnior, com vitória do pernambucano radicado na cidade, Raul Reis, virando o placar nas duas ondas finais. Dos campeões do Circuito, apenas Lucas Vicente, sem dúvida um dos principais nomes do Circuito, e Ryan Kainalo, uma das grandes promessas paulistas, venceram. Na iniciante, quem faturou foi Kauê Germano, de São Sebastião, enquanto que na estreante, mais uma vitória para Santa Catarina, com Léo Casal, atleta da equipe Hang Loose.

Hang Loose Surf Attack / Foto Munir El Hage

Hang Loose Surf Attack / Foto Munir El Hage

Os quatro títulos individuais em disputa (lembrando que na petit já estava definido) foram comemorados antes das finais. O primeiro foi na estreante, logo no começo do domingo, quando Caio Costa avançou à final. Depois, foi a vez da estreante, onde Caio ainda tinha chances, mas foi derrotado nas quartas-de-final e Mottinha chegou à decisão. Na mirim, o mesmo cenário com Lucas Vicente garantindo lugar na bateria decisiva e Pedro Dib, seu concorrente, parando na semi. Já na júnior, onde a lista era maior, Alax chegou à terceira final seguida e nem precisou se preocupar com o resultado. Os campeões Lucas Vicente, Eduardo Motta, Caio Costa e Ryan Kainalo ainda terminaram a temporada com outras posições de destaques nas categorias acima de suas idades. Lucas também foi o vice da júnior, Caio o segundo da iniciante, Eduardo o terceiro da mirim (onde foi campeão em 2015) e Ryan o terceiro da estreante. “É um título muito importante para mim. Ainda mais pelo alto nível dos surfistas que estavam disputando. O Hang Loose é o principal campeonato do pais e estou muito feliz em ser campeão”, vibrou Alax Soares. “Só tenho de agradecer a Deus e a todos que estão me ajudando por mais essa importante conquista. Muito bom vir aqui para São Paulo para vencer esse circuito tão importante”, comemorou Lucas Vicente, que manteve a tradição de títulos de atletas de Santa Catarina no Paulista.

Hang Loose Surf Attack / Foto Munir El Hage

Hang Loose Surf Attack / Foto Munir El Hage

Eduardo Motta também festejou ter alcançado o objetivo traçado desde o início do Circuito, de levar na iniciante, a sua faixa etária, ao invés de tentar o bi da mirim. “Estou muito feliz de ter conseguido mais esse título. Foi bem difícil, mas deu tudo certo”, afirmou o recordista do evento, que somou 17,50 pontos de 20 possíveis. Para Ryan, o objetivo também foi cumprido de terminar o ranking com as quatro vitórias. “O Hang Loose é sempre bem disputado e é muito bom competir e vencer em casa, ao lado de amigos. Ano que vem vou tentar ser campeão da estreante”, anunciou o surfista. Ainda na etapa, merecem citações, Daniel Templar, do Rio de Janeiro, finalista em duas categorias, com o segundo na mirim e quarto na iniciante; Eduardo Motta, também presente nas mesmas decisões, com o terceiro na mirim e segundo na iniciante; além de Ryan Kainalo, também o terceiro na final estreante. Fora do mar, a competição contou com muita diversão aos atletas, nas tendas montadas pela Hang Loose ao lado do palanque. Coordenadas pelo sempre bem-humorado Júlio Osório, o Bro, as atrações contaram com ping pong, pebolim, gincanas e jogos educativos, além da distribuição de frutas. “Estamos num campeonato com molecada é preciso ter esse lado de diversão, descontração”, destacou Bro.

Fotos Munir El Hage

Por Fabio Maradei

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