Miguel Pupo quer tubarões longe

Miguel Pupo tem apenas 24 anos, mas já pode ser considerado um “veterano” na elite mundial de surf. Hoje é o representante dos brasileiros no Conselho da World Surf League (WSL). Para a sexta etapa do Circuito, que começa dia 6, em Jeffreys, na África do Sul, o surfista divide a expectativa de uma boa atuação nas longas direitas, com a preocupação em relação aos ataques de tubarões. “A expectativa é sempre boa, melhor agora, depois de duas semanas em casa, trabalhando o físico, mental e a alimentação. Gosto da onda, acho que aquelas paredes longas favorecem o meu surf e tenho de tirar proveito disso. Espero que seja um bom evento e dê altas ondas”, afirma o atleta de Maresias, atual 22º no ranking.

Sobre os tubarões, Miguel não esconde o medo de ataques. “Tubarão sempre é um medo na Austrália e África. As últimas notícias que recebemos é que vamos ter vários dispositivos para detectar e espantar tubarões, mas somente durante as baterias. O que me preocupa mais, pois parece que não estão realmente preocupados com a integridade dos atletas e só estão tomando precauções para que nada aconteça ao vivo. Espero que o foco mude nos próximos anos”, enfatiza o representante dos surfistas brasileiros no WCT.

Polêmicas e preocupações à parte, Miguel segue confiante em uma ascendente no Circuito nesse segundo semestre, demonstrando muita animação. “Estou feliz de conseguir me encontrar como competidor novamente e como consequência, os resultados virão. Então é só questão de tempo”, afirma o surfista, quinto colocado na etapa do Rio, 13º em Fiji, Margaret e Bells Beach (ambas na Austrália) e tendo como pior resultado a 25ª posição na Gold Coast.

Por Fábio Maradei

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