Margaret River Pro oficialmente cancelado

A WSL tomou a decisão de cancelar o restante das etapas do Margaret River Pro devido aos ataques separados de tubarões que ocorreram na última segunda-feira, dia 16, em Gracetown, a aproximadamente 6 km do local principal do evento, em Main Break. A presença de baleias encalhadas na área atraiu tubarões e contribuiu para as agressões.

O cancelamento foi tomado após muitas horas de reuniões por parte de todos os interessados e também visando a segurança dos surfistas. “Os tubarões são uma realidade ocasional das competições da WSL e do surfe em geral. Todos os associados ao nosso esporte sabem disso. Houve incidentes no passado – e é possível que haja incidentes no futuro – que não resultaram (e não resultarão) no cancelamento de um evento. No entanto, as circunstâncias atuais são muito incomuns e preocupantes, e decidimos que o risco elevado durante o Margaret River Pro desta temporada ultrapassou o limite para o que é aceitável”, explicou a CEO da WSL Sophie Goldschmidt, em comunicado à imprensa.

Ela informa que a WSL mantém infraestruturas e protocolos de segurança, monitoramento e suporte fortes e em constante aprimoramento, e normalmente teriam um alto grau de confiança e capacidade de proteger os atletas. No entanto, eles decidiram pela não continuação do para evitar algo pior. A WSL não descarta a chance de finalizar as baterias faltantes em outro lugar durante o ano, apesar de a Liga ter a possibilidade dividir os prêmios e a pontuação da etapa.

Os surfistas Gabriel Medina, Adriano de Souza, Italo Ferreira e Julian Wilson se manifestaram em suas páginas na rede social. Medina comentou que não se sente seguro nem para treinar e nem para competir “nesse tipo de lugar”. Mineirinho seguiu o mesmo raciocínio de Medina e cutucou. “Parece que temos que perder alguém no nosso grupo para aí, sim, abrirem os olhos. Obrigado, Gabriel Medina”.

Julian Wilson, líder do ranking também seguindo a linha da segurança dentro da água tanto para treinar como na competição também alertou que a vida é muito mais valiosa pelo risco em questão. “Dois ataques de tubarão em menos de 24h aqui na Austrália. Detalhe, a apenas alguns quilômetros de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso, não acham? A vida vale mais do que isso! ”.

Redação InnerSport

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