Maçaneiro e Baggio deixam a presidência da FPS, após 12 anos de gestão

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Depois de mais de uma década à frente do skate no Estado, Maçaneiro valoriza a caminhada e o novo cenário do skate

Segundo o dicionário, transformar é fazer algo ou alguma coisa mudar de estado, status ou condição. Se analisarmos a passagem de Roberto Maçaneiro na Federação Paulista de skate, e mais precisamente no cargo de presidente da mesma, podemos dizer que ele transformou a entidade.

Quando assumiu como presidente da Federação Paulista de skate, em 2010, Roberto Maçaneiro não encontrou um cenário nada animador. Com problemas financeiros, documentais, técnicos, estruturais e sem caixa para tentar mudanças rápidas, Roberto teve que encarar e projetar alterações na forma como a modalidade era levada no estado em pequenos passos. Em 12 anos e três mandatos após sua chegada, Maçaneiro deixa a presidência da entidade estadual com um enorme legado para o esporte, sabendo que a FPS é respeitada pelo que faz com o esporte, que hoje possui grande representatividade, totalmente certificada pelos órgãos, estruturada tecnicamente, atuante em diversas frentes não apenas com competições e circuitos mas com as formações e capacitações técnicas, congressos, entrega dos melhores do Estado, gestão de escolas de skate, gestão de skate em clubes e equipes, escolas e associações, além de outro cenário financeiro e principalmente deixando a entidade pronta como uma plataforma atrativa de novos negócios e oportunidades que a era Olímpica está trazendo. A Federação Paulista de Skate tornou-se referência de gestão para as demais entidades federativas da modalidade no Brasil.

“Usar o skate como um instrumento de desenvolvimento esportivo, socioeducacional e cultural transformando o presente e o futuro em vários níveis e aspectos”. Essa é a definição de Roberto Maçaneiro sobre o que significou os 12 anos como presidente da FPS.

Com o skate na sua vida desde pequeno, o Professor de Educação Física Roberto Maçaneiro chegou na Federação Paulista de skate com um grande desafio. O momento e o cenário não era favorável. Por diversos motivos e aspectos, a entidade estadual não estava bem e precisava melhorar. Por conta disso, a alternativa encontrada foi ir aos poucos, melhorando cada detalhe e fazendo com que o todo caminhasse para o objetivo final.

“Acredito que a maior mudança nesses 12 anos foi ter inserido ao skate um olhar de que ele é uma ferramenta poderosa de transformação social e educacional, conduzir e construir a ponte entre o skate institucional de base e o olímpico e ter estruturado questões técnicas esportivas, fazendo a Entidade ser real e ter representatividade. Hoje a gente consegue ver o skate em diferentes ambientes institucionais, mantendo sua cultura de rua. Além disso, hoje a modalidade é respeitada e olhada de maneira igual para com os demais esportes. Acreditamos muito nessa mudança do skate”, comenta Maçaneiro. Outro ponto importante foi o crescimento de novas Associações de Skate pelo Estado e todo o suporte dado pela Entidade, trazendo novos braços e ramificações da modalidade e seu desenvolvimento.

A FPS passou a ser reconhecida pelos feitos, mantendo um Circuito cada vez mais forte e organizado, com o maior número de participantes do Brasil rankeados, maior número de modalidades e categorias, chegando a atingir 50 categorias desenvolvidas em 8 diferentes modalidades em um mesmo ano, números nunca vistos no Brasil e no mundo e termos de desenvolvimento esportivo, a estrutura passou a melhorar e as condições para que o skate fosse tratado de maneira mais séria e esportiva chegaram às categorias de base. Desta forma, o sucesso dos atletas do estado nas pistas de São Paulo, pelo Brasil e ao redor do mundo foi inevitável.

“Acredito que nós também entendemos a mudança de caminho que o skate fez nos últimos anos, principalmente no que se diz respeito ao esporte ser olímpico. Temos um projeto esportivo que é capaz de conduzir o skatista a fazer toda a trajetória desde a idade inicial até sua profissionalização”, revela o ex-presidente da FPS.

Para além das pistas

A mudança na Federação Paulista de skate durante o período em que Roberto esteve no comando não se limitou ao que acontecia nas pistas. Sabendo também da necessidade de melhora em outros quesitos, a entidade como um todo seguiu o trabalho e hoje colhe os frutos da dedicação.

“O maior benefício do período é ter uma entidade estruturada. Lá atrás quando nós chegamos não tínhamos nenhuma estrutura e hoje é possível dizer que a Federação Paulista de skate possui gestão, está autônoma, sendo auto sustentável. Hoje a FPS é aberta a novos ideais e em constantes ideias de vanguarda. Conseguimos valorizar o skate, o skatista e a cultura da modalidade. Conseguimos gerar e passar informação e conhecimento para todos, ampliar mercados e atingir instituições.”

Uma prova disso é que hoje, a Federação Paulista de skate é a responsável pelo único curso do país de formação de professores da modalidade. Além disso, a entidade estadual é capaz de dialogar com todos os níveis da modalidade, desde festivais comunitários até grandes eventos mundialmente reconhecidos.

O skate olímpico

Não bastasse o sucesso na estruturação da Federação Paulista de Skate, Roberto Maçaneiro ganhou um bônus já na reta final de sua passagem pela entidade. Com a transformação do skate em esporte olímpico, em 2016, a entidade, já em um patamar completamente diferente do que estava em 2010, passou a ter mais possibilidades de crescimento.

Chamando mais a atenção nos últimos cinco anos, por conta de sua estreia olímpica, o skate se agigantou mais ainda. Sem perder suas raízes, a modalidade passou a chamar a atenção do público em geral e foi um sucesso em Tóquio. Responsáveis por grande parte desse sucesso, Pâmela Rosa, bicampeã mundial de skate street, e Kelvin Hoefler, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, sabem o tamanho da importância da Federação Paulista de skate para o sucesso de ambos hoje.

A relação com o esporte e a escolha pela carreira

Assim como a grande parte dos skatistas, sejam eles amadores ou profissionais, a relação de Roberto Maçaneiro com o skate começou muito cedo. Por influência de um amigo de seu irmão, Roberto tomou conhecimento e gosto pelo esporte, primeiro como forma de divertimento e locomoção e depois como forma de vida.

Apesar do contato ter acontecido quando Maçaneiro era criança, o skate passou a fazer parte de seu dia a dia. Desta forma, conforme os anos foram passando, a modalidade e seu lifestyle foram passando a ser encarados de forma cada vez mais séria em sua vida e a opção de levar o skate para sua carreira profissional passou a ser uma realidade.

A escolha pela faculdade de educação física fez com que o skate não saísse de seu dia a dia. Através dela, nasceu a ideia de, sempre que possível, trazer a modalidade à tona com trabalhos e projetos. Em um deles, a semente do que seria um diferencial em toda sua trajetória profissional.

Com a ideia de utilização do skate como agente social e educacional transformador, Roberto Maçaneiro passou a ter a chance, através de escolas e clubes da cidade de São Paulo, o, agora, ex-presidente da Federação Paulista de skate passou a popularizar a modalidade e ganhou destaque com o destaque do projeto. Desta forma, Roberto caminhou até a entidade estadual e mudou o status dela nos últimos 12 anos.

Coheça alguns feitos da gestão Maçaneiro e Baggio

Ampliação do Circuito Paulista para outras modalidades e inclusão de mais categorias, inclusive o Feminino. O reconhecimento de campeões em todas as modalidades e categorias de base. Organização de rankings e circuito estadual de oito modalidades de skate e cerca de 50 categorias. Organização das idades das categorias de base com embasamento técnico e científico. Realização da Copa Intercolegial de Skate 2010.

Realização do Circuito Paulistano de Skate Overall, atendendo as demais modalidades do skate como Down Hill e suas vertentes e Freestyle, além das modalidades Olímpicas.
Realização de eventos em parques estaduais e municipais como Parque Do Ibirapuera, Parque Cittá de Maróstica, Parque Ana Brandão, Parque do Ipiranga, Parque Jacui, Parque Sororoca, Parque das Águas, Praça Roosevelt, Praça do Palácio do Governo entre outros.

Fomento ao Skate Feminino incluindo a categoria em todos os eventos, dando suporte a Associação Feminina de Skate. Inclusão do Skate nos Jogos Regionais do Estado de São Paulo, durante os anos de 2016 e 2017, percorrendo todo o Interior e Litoral. Inclusão do skate na Virada Esportiva de São Paulo, desde 2014.

Organização e realização das finais brasileiras de skate no Estado de São Paulo de 2017, 2018 e 2019, em todas as modalidades e categorias. Criação da Delegação Paulista de Skate para representar o Estado nas finais brasileiras de skate com apoio e subisidio para participação dos atletas desde 2016, nas modalidades Olímpicas das categorias de base.

Formação da Seleção Paulista de Skate Categorias de Base, entre outras dezenas de ações, além de organizar internamente a Federação Paulista de Skate em todos os sentidos.

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